Rodolfo Juarez
O
senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso Nacional, cumpriu no Amapá,
durante o período do recesso do Carnaval, uma agenda que não há precedente na
história política do Estado.
As
reuniões havidas no último dia de toda a programação refletiu todo o esforço
daqueles que acreditam que o Amapá é viável e que pode deixar os índices que
refletem o atraso no desenvolvimento local.
Durante
os primeiros dez dias de março o Estado foi movimentado com ações motivadoras e
que começaram pelos municípios, quando prefeitos e vereadores foram chamados
para conhecer as propostas do presidente, mas também apresentar as suas
necessidades e dar indicações de solução para problemas que se arrastam há
muito tempo.
Trazer
obras inacabadas como a BR-156, a BR-210, a ponte sobre o rio Jari, o Hospital
Metropolitano, o Hospital de Santana, para a ordem do dia é evidenciar
interesse pelas obras estruturantes e não perder tempo com justificativas que
visam apenas justificar o injustificável.
Para
que esse contexto seja eficaz é importante haver a definição de quem está em
condições de assumir a responsabilidade pelos serviços e pelas obras. De nada
adianta se for mantida a preferência pelo caos até agora demonstrados, com
alegações de que a responsabilidade pelo não feito ou pelo mal feito é sempre
do outro.
Todos
os agentes públicos precisam estar dispostos a interpretar o momento do Amapá
como delicado, mas considerando a abertura que o momento oferece tendo um dos
senadores do Amapá como presidente do Congresso Nacional.
Não dá
para garantir que os atuais mandatários (governador e prefeitos municipais) têm
o espírito público para compreender que a solução dos problemas do Estado ou do
Município que administram pode estar com um adversário político, mesmo que
investido em um cargo nacional e com capacidade de contribuir para a solução de
alguns dos problemas que se arrastam ao longo do tempo e por muito tempo.
Não
precisa ser seletivo ou imaginar que os interesses pessoais ou de grupos possa
superar os interesses coletivos e que possam resolver problemas que já
destacados e de outros que precisam ser cuidados, uma vez que pode levar à
contribuir com a melhoria dos índices sociais e econômicos dessa Unidade da
Federação.
Questões
que ainda não foram tocadas, provavelmente por ser complexas e desafiadoras,
como a questão da coleta do esgoto sanitário e o fornecimento de água tratada,
precisam entrar no calendário de resolução para que se dimensionem as necessidades
de recursos para ser aplicado nestes dois projetos.
Falar
em desenvolvimento econômico sem o correspondente desenvolvimento social é um
erro e uma frustrada empreitada como aquela que fez parte dos planos de
governo, ao que parece, muito mais para atender a uma exigência da regra da
eleição do que apresentar uma proposta séria de quem pretende eficiência na
execução de um plano de interesse da população.
Trata-se
de uma importante oportunidade e poderá ser abraçada por todos, evitando as
preferências por este ou aquele município ou, mesmo, o atendimento aos
interesses de um ou outro grupo político que está no poder ou a ele pretende
chegar.
Por
enquanto a realidade é a transpiração de poucos para uma plateia que não pode
ser apenas de observadores, mas também, de executores dispostos a tratar os
projetos como solução não para problemas do dia-a-dia, mas de médio e longo
prazo.
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