Rodolfo Juarez
O
Carnaval chegou e passou, finalmente!
Apesar
do esforço de alguns e as necessidades de todos, o ano só começa mesmo depois
das festas de Momo. Foi assim mais uma vez!
Desde o
primeiro dia do ano, quando houve a posse do presidente da República e dos
governadores de Estado e do Distrito Federal, que a população acompanha a
assunção de novos dirigentes e representantes do povo para que organize as
administrações setoriais e comecem o trabalho prometido para ser executado
conforme o interesse da população.
Depois
das posses dos chefes do Poder Executivo vieram as posses dos parlamentares da
Câmara Federal, do Senado da República e das Assembleias Legislativas e a
eleição e posse dos presidentes de cada um destes 29 dirigentes que se completa
no sentido de, também, trabalhar pelo que interessa à população.
Faltava
o começo do trabalho para os novos presidentes do Tribunal de Justiça, do
Tribunal de Contas e do Ministério Público que, agora, desde ontem, com a pose
dos novos dirigentes do Ministério Público, já conhecem os programas que serão
desenvolvidos em 2019.
Ufa!
Demorou!
Tomara
que agora, passado o Carnaval, se confirme a máxima que a população não deixa
de expressas: agora, sim, começou o ano.
Mas o
que aconteceu em Janeiro e Fevereiro se nem mesmo o Executivo completou o seu
processo de mudanças e mantém muita gente, principalmente aqueles que têm
vínculo precário com o Estado na forma de cargo comissionado, função gratificada
ou contrato administrativo?
Esses
dois meses acabam se constituindo em um espaço de tempo sem qualuer resultado
prático, muito embora tenha sido um tempo suficiente para gastar 1/6 do
orçamento anual do Estado o que representa algo muito próximo de um bilhão de
reais sem que haja qualquer resultado prático que interesse à população.
Até
mesmo as sucessivas declarações de dificuldades por qual passa o Estado não
servem para alertar os dirigentes para a necessidade de economizar e
transformar essa economia em bens e serviços que interesses à população.
Estamos
enfrentando um rigoroso período de chuvas, onde os serviços no campo estão
atrasados e os serviços nas cidades completamente parados desafiando aos
técnicos do serviço público, principalmente do Governo, a acionarem qualquer
dispositivo capaz de melhorar a confiança do povo nos seus dirigentes e, até,
neles mesmos.
O drama
social local apresenta sinais de agravamento sem a população poder contar com
as contenções que foram prometidas e que esperam por muito tempo. As redes
sociais aumentam o volume das reclamações, identificam prováveis culpados e
transformam essas pessoas ou instituições em vilões preferenciais e que passam
a receber ataque de todos os lados.
Como as
soluções não aparecem, o jeito que a massa encontra é entrar na corrente de
reclamação e começar a, também, caminhar em círculos, deixando de lado todos os
acertos outrora cometidos e se constituindo em mais um daqueles que grita
sabendo que não vai ser ouvido.
Passado
o Carnaval observa-se que estamos com os comandos administrativos renovados
restando saber a disposição de cada qual, uma vez que já é notório que este
processo funciona como uma corrente e que, dessa forma, a corrente é tão forte
como o elo mais fraco.
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