Rodolfo Juarez
Ontem,
dia 10 de junho, o Lugar Bonito completou 13 (treze) anos, a contar do dia da
inauguração e, até hoje, é a maior e mais impactante obra urbana realizada em
Macapá mesmo considerando os pilares prioritários como educação, saúde e
segurança pública, sempre os citados nas justificativas e perspectivas dos
administradores do Estado.
A cada
ano do aniversário do Parque do Forte, conhecido como Lugar Bonito, procuramos
retratar a realidade no sentido de que as autoridades estaduais compreendam a
importância que esse lugar tem para a população de toda a cidade de Macapá e
para influenciar o turismo no Amapá.
A orla
do Araxá, do Santa Inês, do Perpétuo Socorro e do Jandiá poderiam ser
igualmente festejadas pela população, entretanto as condições a que foram
relegados acabam por afastar os visitantes e atrair aqueles que a sociedade
está deixando à margem, permitindo que estes enveredem pelas drogas, optem por
morar na rua, trazendo um aspecto decadente para pontos que poderiam ser
atrativos à população que frequenta o local.
Já foi
destacado que desde o primeiro trimestre de uso, as instalações do Lugar Bonito
são depredadas e deixadas de lado pela administração geral, uma vez que o local
não recebe fiscalização, a não ser da política que, não respeita as condições
do parque e, sob a justificativa de proteção aos frequentadores, trafegam em carros
da polícia sobre o gramado, destruindo-o, inclusive aqueles que foram
recuperados recentemente pela própria natureza.
Os
chafarizes foram os primeiros a serem desativados. Não resistiram à falta de
manutenção e toda a beleza e a função de amenizar o clima do entorno foram
perdidas depois da desativação de um equipamento que nem mesmo os mais atentos
lembram.
O mesmo
aconteceu com as redes de apoio como sanitários, mictórios, água potável e
tantos outros equipamentos que foram instalados e que faziam parte do projeto e
que foram desativados e nunca mais recuperados. Nesta situação está a
iluminação baixa, colocada nos balaustres de segurança do muro de arrimo, que
já está sem as lâmpadas e a maioria, sem as luminárias. Restaram os fios de
alta tensão e o perigo que isso representa para os frequentadores.
Hoje,
treze anos depois da inauguração da segunda parte do Projeto do Parque do
Forte, devido a não continuação do projeto, se transformou em um grande mercado
de variedades com vendas de pequenos objetos de plástico, batata frita, banana
frita, água de coco, tapioquinha, entre outros, se constituindo num emaranhado
de fios elétricos perigosos que se espalha por toda a área do parque, onde
adultos e crianças brincam e se divertem.
O lugar
passou a ser, devido a fraca iluminação, o local preferido para assalto. O
principal objetivo dos assaltantes que aproveitam a escuridão do Parque para
praticar os atos criminosos é o celular dos jovens que querem se comunicar, a
partir do Lugar Bonito, com quem desejar.
O
Trapiche Eliezer Levi, pensado para ser uma das principais atrações turísticas
da Cidade está fechado para os frequentadores há mais de 3 anos. Da “cabeça” do
trapiche se tem uma visão privilegiada da cidade. Isso deixou de ser sentido
pela população depois de uma série de erros dos agentes do Estado que não
souberam manter o bondinho que tinha a linha mais curta do mundo.
Do
outro lado do Lugar Bonito, a região que fica a partir do Trapiche Eliezer Levy
no rumo do Jandiá, o que se vê é um absurdo, primeiro pela cracolândia que se
instalou sob uma arquibancada do que, um dia, foi um campo de futebol.
Adiante,
já depois do Perpétuo Socorro, a destruição já levou o balaustre, a calçada, o
meio-fio, a linha d’água e boa parte do asfalto. As marés e o Rio Amazonas são
as desculpas que deixam apenas o muro de arrimo.
É assim
que estamos vendo o Lugar Bonito que, apesar desse abandono e poucas
intervenções do Governo, continua sendo a referência de muitos amapaenses que
lotam, todos os domingos aquele lugar que completou 13 anos de sua
inauguração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário