Rodolfo Juarez
Afinal, por onde anda o vice-governador
Jaime Nunes?
Sumiu, escondeu-se ou anda muito ocupado
com questões que não são públicas e prefere ficar à sombra dos acontecimentos.
Nesse momento de dificuldade na gestão
estadual a população via no tino empresarial do vice-governador a possibilidade
de serem construídas saídas para que o Governo parasse de andar para traz,
acendesse as luzes do desenvolvimento e anunciasse um futuro melhor para os
descendentes daqueles que desbravaram essas terras e à declararam promissoras.
A presença de um empresário no comando
do Estado era visto, pelo eleitor, como uma oportunidade para que as teorias
empresariais vencedoras fossem aplicadas na Administração Estadual e houvesse
reflexo na melhoria da qualidade de vida dos que moram aqui, exatamente como
foi dito, pelo próprio candidato a vice-governador do Estado.
Sair do circuito por onde anda o
desenvolvimento ou subdesenvolvimento pode não ser o melhor caminho, mesmo para
aqueles que se decepcionaram com as companhias, com as alianças ou com as
promessas feitas e não cumpridas.
Acontece que o vice-governador abriu uma
janela no rumo da esperança, vendeu muito bem essa ideia e, agora, de freio
puxado, vai ficando para traz sem qualquer justificativa e, desaparecendo aos
poucos para a sua conveniência e para a decepção da população.
O vice-governador Jaime Nunes dava
atenção a todas as camadas e distinguia cada uma delas com tratamento
diferenciado. Agora, sem exceção, aqueles que tinham o hábito de comunicar-se
com o empresário perderam o canal, ou melhor, ele desapareceu de circulação,
agindo como a maioria dos políticos que assumem cargo público e dele não quer
prestar contas, preferindo ficar à sombra.
No momento a Administração Estadual
enfrenta greve dos professores que pedem mais de 50% de reposição salarial, uma
investigação na administração da Companhia de Água e Esgotos do Amapá – Caesa.
A administração estadual também passa por aperto financeiro que atrasa o
cronograma de obras importantes e não dá fôlego para iniciar novas obras ou
criar condições para que se toque as obras, por exemplo da BR-156.
São mais de 100 obras paradas em todo o
Estado, a maioria de infraestrutura, que precisam de mais de um bilhão de reais
para serem concluídas e, nesse sentido, não se move um graveto.
De vez em quando o Ministério Público do
Estado se vê obrigado a pedir à Justiça Estadual o bloqueio de contas para
conclusão de obras de escolas estaduais ou, como recentemente, dá prazo para a
conclusão da maternidade da Zona Norte.
Nesse momento, diga-se, o
vice-governador aparece nas fotos, emprestando a credibilidade que ainda resta
e a confiabilidade na palavra.
Até quando vai conseguir agir assim?
Daqui a pouco se não tiver o comando de parte do Governo sua voz não será
ouvida por ninguém e, só a partir daí declarar que está insatisfeito como fez o
vice-governador anterior, o médico João Bosco Papaléo Paes, vencido pelo
puxa-saquismo e pela falta de atenção, teve que renunciar ao cargo.
Para o vice-governador Jaime Nunes ainda
há tempo para abrir o braço e não deixar-se engolir pela vaidade, pelo poder e
principalmente, pela arrogância. Religar o seu antigo telefone e falar
normalmente com as pessoas, como Jaime, empresário e dirigente empresarial.
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