DE MARCHA A RÉ: O AMAPÁ PERDE O DNIT LOCAL.
Rodolfo Juarez
Estamos
andando para traz mais uma vez.
A
recente volta da administração das questões do Amapá para o Pará é o reflexo de
erros que são cometidos por agentes públicos e rapidamente esquecidos pela
população. Estamos refletindo sobre a exclusão da Superintendência do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) dos limites do
Estado do Amapá.
Mesmo
tendo, o Estado, duas importantes rodovias federais, a BR-156 e a BR-210, a
gestão das suas construções foi devolvida para o Estado do Pará, como castigo
pelo mau comportamento, no dizer da Operação Pedágio, deflagrada semana passada
pela Polícia Federal, dos dois últimos chefes da Superintendência do Dnit que funcionava
em Macapá.
O
apadrinhamento político do cargo de superintendente do Dnit era evidente e o
funcionário público que estava à frente daquela superintendência, tinha que
atender os caprichos e vontades do deputado federal que o designava e que
recebia o cargo como moeda de troca pelas votações que fazia na Câmara Federal,
o reconhecido “toma lá dá cá”.
Para o
Amapá é um prejuízo imensurável dado às dificuldades que os usuários, das duas
rodovias, estão passando nesse momento.
A
BR-156 divida em dois tramos, os dois saindo de Macapá: um no rumo do Vale do
Jari, e outro no rumo de Oiapoque, não é poupada pelas reclamações daqueles que
precisam usar a estrada para deslocamento de pessoas e cargas.
Hoje
usar a trecho da BR-156 para ira de Macapá para Laranjal do Jari ou Vitória do
Jari é uma aventura no dizer de todos, sem exceção, que precisam usar a
rodovia. Buracos, valas imensas, leito da base completamente destruído é um
risco de acidente para todos os que decidem, por extrema necessidade, enfrentar
os mais de 260 quilômetros da estrada.
Essa
parte da rodovia foi objeto de um anúncio festejado no Palácio do Governo com a
presença de autoridades do Dnit de Brasília, do Dnit do Estado do Amapá, do
Governo do Estado e do detentor das nomeações de superintendente do órgão,
deputado federal Vinícius Gurgel. Naquele dia foi apresentado um plano que
consistia, basicamente, na divisão do tramo em 4 trechos, sendo que dois deles
ficariam com o Governo do Estado e a informação dizia que já havia o dinheiro
na conta para fazer a obra, a empresa já estaria selecionada, a ordem de
serviço dada.
Para os
outros trechos foram anunciadas a construção com a participação do Exército
Brasileiro e de empresas privadas. Nada disso se confirmou até agora e nenhuma
explicação é dada aos usuários.
Na
direção norte, especialmente a parte bruta do trecho que fica entre Calçoene e
Oiapoque, está dividida em dois lotes que já haviam sido licitados e com ordem
de serviços dadas desde 2015, mas que não foram iniciados os serviços. Um disse
me disse sem justificativa.
A outra
rodovia, a BR-210, no trecho que vai de Porto Grande até Serra do Navio, a
estrada vive dos favores dos principais usuários, empresas de mineração da
região e que fazem terraplenagem quando a situação é crítica para o
deslocamento de caçambas trucadas.
Sem
qualquer projeto para o asfaltamento desse módulo indutor da rodovia, vão os
acidentes se repetindo devido às condições da rodovia que mantém,
sistematicamente, o nível de perigo muito alto.
Pois
esse cenário foi retirado do Amapá, certamente por incompetência, e passado
para o domínio administrativo do Estado do Pará, muito mais preocupado com as
suas próprias estradas e o seu próprio desenvolvimento do que daquele que o
Estado do Amapá precisa.
A
situação ficou mais difícil e ainda está sem qualquer definição.
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