Rodolfo Juarez
O
recente episódio levantado, principalmente pelo governo da Noruega, mas
explorando o prestígio do governo da Alemanha, o primeiro como principal
contribuinte do Fundo Amazônico e o segundo, como contribuinte complementar,
demonstram a arrogância como governos estrangeiros tratam a inserção de suas
“colaborações” no que é patrimônio exclusivo do povo brasileiro.
Tanto a
Noruega como a Alemanha, como os demais países do continente europeu não
souberam preservar as suas florestas, os seus rios, sua fauna e sua flora,
agora querem interferir, com seus Euros, permanentemente na gestão do meio
ambiente amazônico e brasileiro.
Exemplos
de cuidadores do meio ambiente não são. Então apelam para a riqueza do seu
povo, desviando bilhões de reias para interferir nas regras e nos costumes do
povo amazônico, através de projetos, como se esse povo estivesse necessitando
de tutor ou de guia para administrar o que é seu.
Divulgam
disfarçados ou duvidosos informes, com o objetivo de alarmar o brasileiro menos
avisado e a comunidade internacional, paciente de questões ambientais, também
provocadas por eles mesmos.
Por
algum tempo o Brasil permitiu que governos estrangeiros financiassem projetos
orientados por organizações não governamentais (ONGs) como a WWF que instalou
no Brasil a WWF-Brasil que, depois de acumular conhecimentos e importar
conceitos, passou a ser “autoridade” na emissão de opiniões de interesses de
outros governos e em desacordo com as propostas nacionais.
Recentemente
a WWF-Brasil fez um comunicado que desafia a soberania brasileira quando
propôs: “o governo brasileiro não pode retroceder em políticas ambientais que
promovem a conservação e o uso sustentável da Amazônia, beneficiando as
comunidades locais e consequentemente todo o povo brasileiro”.
Ora,
como é que um governo nacional sério interpreta essa imposição?
Dizer
que o governo, legitimamente escolhido pelo povo brasileiro, “não pode” fazer o
que define o seu programa para o meio ambiente é um desaforo imperdoável e de
uma arrogância só visto entre aqueles que dominam e os dominados.
As
reportagens dirigidas e certamente acertadas com a imprensa nacional, para
ganhar aspecto de verdadeiras, informam que, agora no mês junho foram
desmatados 88% a mais do que no mesmo período em 2018. Sem outros elementos
complementares a essa informação, como o período chuvoso diferente e as águas
de lançante ainda avançando pela floresta, a informação é incompleta,
tendenciosa e oportunista, não tendo nada a ver com o meio ambiente ou com
qualquer interesse nacional.
Antes,
sem ONGs ou qualquer intervenção internacional, a Amazônia passou 450 anos
preservada pelos seus próprios habitantes, como agora, nos últimos 50 anos,
essa geração pode ter desaprendido tudo?
O
interesse real é que o Brasil não se desenvolva. Que mantenha seu estado
primário intocável, que o povo continue com muitos problemas no alcance da
saúde, da educação, que afinal, o povo mantenha-se subdesenvolvido e aqueles povos
sem qualquer floresta, sujeitos aos problemas da natureza cuja solução está na
Amazônia, alegue esperança para as suas futuras gerações e paciência para os
que agora pagam e financiam essas intervenções que atrasam o desenvolvimento da
Amazônia.
É importante
debater os interesses ambientais do Brasil e do continente sul-americano entre
os brasileiros, adotando fronteiras ambientais proibidas para estrangeiros,
esses mesmos que estão ensinando os indígenas falar inglês, alemão e outras
línguas que não o português.
O
Brasil precisa desenvolver-se com soberania e conforme as orientações de seu
povo e não seguir as opiniões distorcidas e não nacionais de organizações
patrocinadas por governos que não souberam lidar com o seu patrimônio
ambiental.
Só o
Brasil tem mais que o dobro de floresta que o resto do mundo. Então os
brasileiros não estão errados quando pretendem administrar o que o povo
amazônida, principalmente o ribeirinho, o fez com muita sabedoria.
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