Rodolfo Juarez
As
autoridades do Governo do Estado e da Prefeitura de Macapá que estão cuidando
do distanciamento social, da não aglomeração e da permanência em casa com o
propósito de diminuir a possibilidade de contaminação da população com o
coronavírus, estão dando a impressão que perderam o rumo e já temem assumir as
consequências das ordens que dão em decretos, tanto do Governo quanto da
Prefeitura.
O
inegável abalo econômico nas receitas do Estado e da Prefeitura seria um dos
motivos desse momento de pouca segurança experimentado pelos administradores
públicos e, por isso, é possível que estejam se agrupando para emitir
documentos iguais, mesmo que as circunstâncias sejam diferentes.
Os
governadores não conseguiram construir a unanimidade dos dirigentes estaduais e
do Distrito Federal para funcionar como bloco político monolítico à pressionar
o Governo Federal por mais dinheiro para cobrir buracos orçamentários já
verificados pelos governadores estaduais e prefeitos municipais, com projeção
de maiores dificuldades orçamentárias até o final do ano.
Esse
procedimento retrata a politização de um assunto de inegável delicadeza
política e não dispõem dos meios para combater o vírus e tratar a doença que
ele provoca nas pessoas.
O
recente levantamento percentual da utilização das vacinas que foram entregues
aos dirigentes estaduais e do Distrito Federal, de tirarmos o Estado do Amapá
como exemplo, apenas 47% das vacinas foram aplicadas e, mesmo assim, os
governadores alegam que pretendem, eles mesmos, a comprar o imunizante dos
fornecedores internacionais.
A
realidade indica que essa proposta está estruturada e acabada, tendo como
insumo principal a vertente política, o menos recomendado para se alcançar o
objetivo proposto.
Macapá
está na iminência de ficar sob o toque de recolher. A alegação principal é
conter o contágio.
Agora,
como conter o contágio?
Ora, o
principal agente é a população e, assim, não seria preciso nenhum decreto tentando
obrigá-la a mudar os costumes, de muitos anos, vivento sem monitoramento e
sendo feliz.
Entendo
que é preciso focar na população, mas sem pressão, com convencimento, fazendo-a
parte da solução do problema, discutindo o assunto e não criando obstáculos
para essa mesma população, como fica parecendo os decretos do governo do Estado
e dos prefeitos municipais.
Há
outras condições para alcançar o objetivo com a participação da população. Não
adianta ficar identificando comportamentos, principalmente porque os próprios
mandatários não agem como querem que o povo aja.
Um
exemplo muito claro está nos portos fluviais em Macapá e Santana, ou arremedo
de portos, que são usados pelas embarcações regionais. Não há qualquer controle
tanto no embarque como no desembarque das pessoas, tanto passageiros como
tripulantes.
O caso
é que há muito falatório, cópias de outras estados, para pouca ação.
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