Rodolfo Juarez
As condições de
disputa do Campeonato Amapaense de Futebol Profissional são precárias e isso,
ao que parece, tem afugentado o torcedor das arquibancadas do Estádio Zerão, único
estádio autorizado a receber partida de futebol profissional local, que, neste
ano de 2022, começou na segunda quinzena de abril.
As condições de
disputa do campeonato propiciam dúvidas nos participantes que varia a cada ano,
sem ser preciso o estabelecimento de critérios de acesso e descenso por não ser
atraente a competição.
Para o campeonato
de 2022, que está em andamento em sua segunda rodada, houve um pedido
inesperado de afastamento de um dos que constavam no regulamento e na tabela,
como certo, depois que o clube pediu inscrição para participar e, às vésperas
da abertura da competição, resolveu pedir afastamento.
O desistente foi o
Ypiranga Clube, um dos que detém índice na avaliação da Confederação Brasileira
de Futebol e que, nem estava percebendo que, com o afastamento poderia perder
uma parcela, pequena, mas parcela, em torno de R$ 10 mil mensais, como
participante da divisão da Timemania, um dos módulos de sorteio da Loteria
Federal.
Percebeu que,
saindo da competição, dava um “tiro no pé”.
O Ypiranga Clube
vive ainda da lenda dos tempos da magia das partidas que jogava contra o São
José e que, por aquelas magias que só o futebol tem, chamava, de verdade, o
torcedor para o estádio.
Agora não tem São
José, como não tem Amapá Clube, lendas do tempo do futebol amador e do futebol
profissional que começou em 1991.
Mesmo tendo o
glamour da marca, isso não foi suficiente para, naquele momento decisivo,
sustentar a inscrição no campeonato de futebol de 2022.
Imediatamente ao
pedido de saída da competição veio o arrependimento. O pedido seguinte foi a
manutenção da inscrição da equipe profissional de futebol do Ypiranga Clube.
Nesse momento
entrou em cena a burocracia.
Os dirigentes da
entidade de administração do desporto, no caso a Federação Amapaense de
Futebol, e a entidade de prática desportiva, no caso o Ypiranga Clube, ambas
sem considerar os compromissos assumidos com os atletas, estenderam o “cabo de
guerra”, e passaram a apostar quem tinha mais força.
Imediatamente as
outras entidades de prática desportiva que haviam sustentado o início da
competição, se uniram à entidade de administração do desporto e arrastaram o YC
para longe de suas pretensões.
Não deu tempo nem
para olhar para uma decisão simplória tomada pela presidência em exercício da Federação
Amapaense de Futebol, homologando de forma direta um ACORDO ilegal e que coloca
em risco todos os atletas que participam da competição.
Dos quatro
considerandos da Resolução n.º 12/2022/GAB/FAF o segundo é ilegal, fora da lei,
impossível de ser firmado e tem como cerne que “nas partidas do Campeonato
Amapaense de Futebol Profissional de 2022 fosse utilizado somente um
profissional Médico, para atender ambas as equipes.
Na decisão está
estabelecida a aberração de que “o clube mandante ficará responsável, em cada
partida da competição, apresentar o profissional médico que atenderá ambas as
equipes”.
Um assunto também
para o Conselho Regional de Medicina do Estado do Amapá e para os profissionais
médicos.
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