Rodolfo Juarez
Os serviços públicos, todos eles, são o
resultado dos filtros que a sociedade consegue instalar na sua sabedoria em
decorrência de suas necessidades básicas, diárias e para as quais paga os
tributos que os governos arrecadam para devolver, exatamente prestando aqueles
serviços.
O elenco é muito conhecido e, todos os dias,
se fala muito neles. As necessidades primárias elencadas então pelo menos 6
títulos que precisam ser cuidados com zelo e presteza, considerando a
importância que tem para todos os que formam a sociedade local.
Saúde, educação, mobilidade, energia
elétrica, fornecimento de água tratada e transporte coletivo urbano estão, não
necessariamente nesta ordem, na lista de prioridades de serviços públicos que
precisam ser prestados, com um mínimo de qualidade para a população.
Faz tempo que as gestões municipais, aqui no
Amapá, têm adotado um critério estranho para escolha dos seus auxiliares, onde
o principal indicador é de ter sido um aliado na campanha eleitoral, mesmo que
tenha participado apenas nos últimos dias antes do segundo turno de votação.
Basta rememorar e olhar os prejuízos que a
administração e, em consequência, a população, acabou tendo com os critérios de
recompensa adotado pelo prefeito de Macapá eleito em 2018.
Depois do primeiro turno de votação e vendo
que teria poucas chances na disputa com o adversário, no afã de ganhar a
eleição a qualquer preço, o candidato que ficara em segundo lugar, transformou
a sua proposta de gerência pública em uma grande pizza e prometeu uma fatia
para todos os que quisessem vir.
Os chamados e as promessas foram feitos
especialmente para aqueles que haviam ficado fora da disputa. Ora, não custava
nada aceitar. E aceitaram!
Vencida a eleição pelo atual prefeito, a
população é quem paga o preço da promessa política, considerado um grave erro.
A questão do transporte coletivo urbano é um
caso destes. A população é quem está enfrentando o problema pela falta de
gestão e por não conseguir, sequer, realizar uma licitação sem vícios ou
ajustar a tarifa para um preço real sem que para isso tenha que contrariar a
todos, inclusive o usuário do transporte coletivo.
Para mostrar que é responsável (coisa que
todos sabem) o prefeito de Macapá usou de um artifício previsto, para
circunstâncias extremas na Lei Orgânica Municipal, e decretou estado de
emergência no transporte coletivo.
A decisão, tomada em momento errado, não
poderia dar certo!
Não estavam os agentes públicos municipais preparados
para a tarefa que teriam que realizar, nem a companhia municipal que cuida do
trânsito na Capital, nem a administração da prefeitura, nem o próprio usuário.
Se antes havia emergência, depois da
decretação do estado de emergência, a situação piorou.
Agora está a administração em um beco sem
saída, não podendo recuar pelo momento políticos e não tendo condições de
melhorar por lhes faltarem condições de logística para substituir as empresas
que atuam no setor.
A situação piorou e o que era para ser um
“golpe de mestre” em um momento político, passou a ser um desastre
administrativo, provocando desgastes, inclusive nos políticos que o prefeito
apoia.
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