Rodolfo Juarez
Em um tempo em que a Democracia
recebe tantas definições e é injustamente moldada para caber em qualquer
discurso, muitos se preparam para exercer, no dia 2 de outubro, o sagrado
direito de votar, uma conquista democrática verdadeira e simbólica, muito
diferente das justificativas que muitos, inclusive autoridades em postos
importantes, usam para justificar o que dizem ou o seu ideário lógico.
Até mesmo o respeito a uma luta
que levou à independência política do país tem sido entendido diferente do que,
mesmo em tempos de governos de exceção, no 7 de setembro todos estavam prontos
a homenagear aqueles que tiveram a honra de participar dos movimentos da
independência e que culminaram, no dia 7 de setembro de 1822, com o grito
símbolo de “independência ou morte”.
Uma só pessoa fez a declaração,
mas o momento teve antecedentes importantíssimos quando honrados brasileiros
abriram o caminho porá a declaração da Independência do Brasil no dia 7 de
setembro de 1822.
Lembro ainda quando das
comemorações do sesquicentenário (150º ano) da Independência.
Houve mobilização nacional,
comandada por uma rede de televisão que instalou em Macapá e noutras capitais
brasileiras, um relógio que informava a aproximação do momento exato em que D.
Pedro I, há 150 anos, fez “o brado retumbante”.
Bem, depois abandonou o relógio
que passou a marcar a hora errada até parar e ser levado para sucata.
Agora, por circunstâncias
políticas – não há outra explicação diferente – muitos brasileiros, não
patriotas, estão procurando boicotar ou atrapalhar, uma comemoração justa para
aqueles que, nesse momento, têm a sorte de ver o Brasil completar 200 de
independência daqueles que os colonizaram por muito tempo e, daqui levaram
riquezas que deram condições de vida fidalga a membros de outros povos.
Ao invés de estarem juntando
informações para entregar à população sobre a luta (quase guerra civil) que
antecedeu o movimento e prosseguiu e prossegue até hoje, ajustando esse Brasil
que todos nós deveríamos querer próspero, em condições de atender todos os seus
moradores, brasileiro natos ou naturalizados, para poder experimentar uma
qualidade de vida que é possível, muito embora existam aqueles que não cooperam
com o processo e dificultam que o melhor
patamar seja alcançado.
Não se trata de ufanismo, se
trata de oportunidade para fazer, outra vez, o grito de independência ecoar,
também por aqui, pelo Amapá e por toda a Amazônia que é avaliada, todos os
dias, por “analistas” que nunca aqui viveram ou que não estão dispostos a
conhecer pelo menos o valor que essa parte do Brasil agrega à nação.
Tomara que o 7 de setembro de 2022 também entre para a História do Brasil como um momento de rara união do povo, mesmo que para isso contrarie interesses políticos e ideológicos daqueles que preferem o caos e o desajuste de uma população que se mostra ordeira, colaborativa e interessada no Brasil.
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