Rodolfo Juarez
Amanhã, dia 4 de
fevereiro, Macapá completa 265 anos. Faz tempo que venho testando a melhor
forma de agradecer o acolhimento e as primeiras oportunidades profissionais que
tive nesta cidade.
Logo, em seguida,
tive oportunidade de conhecer todas as outras sedes municipais dos outros 15
municípios do Estado, distribuídas por todas as regiões, cada uma com seu
problema específico, mas todas com a certeza que a comparação com Macapá lhe
serviria de paradigma no sentido de melhorar oferta das condições de vida por
aquelas urbes menores, mas no tamanho equivalente aos desejos e às aspirações
da população.
Ainda como capital
do Território Federal do Amapá, Macapá teve momentos próprio para despertar o
desenvolvimento prometido, mas um pouco sonolento, como também, momentos de
satisfação que orgulhou a todos e a população retribuía com os reconhecimentos
dos qualificativos que serviam para apresentar a cidade.
“Cidade Joia da
Amazônia”, lá pelos anos 70, foi o que mais identificou um momento de sucesso e
desenvolvimento da cidade. Naquele tempo os meios de comunicação, especialmente
rádio e televisão, começavam a impor a sua força. Essa foi uma força bem
aproveitada e que chegou a ser protegida pela população enquanto pôde.
Mas nem a força da
população foi suficiente para proteger o codinome. A “Cidade Joia da Amazônia”
acabou sendo uma referência que não motivava tanto, como antes, a população, e
a expressão caiu em desuso, inclusive pela própria imprensa local que, em um
momento de extrema visão e de oportunismo, emplacou uma das referências mais
poderosas.
Esse impulso,
movimentado principalmente pela emoção, não aguentou as evidências e foi sendo
esquecido pelos seus divulgadores, ao ponto de se tornar raro, mesmo sem perder
a importância.
Depois que virou
capital do Estado, teorias se confundiram com ideologias, em um processo de
ação que recebia reação e que permitiu que as cores azul e amarelo, além de
representar um específica ideologia, fossem predominante em todos os mastros e
vias da cidade, dependendo de quem ocupava o Palácio do Setentrião.
Agora Macapá está
com mais tempo de cidade, mas não consegue se impor ao ponto de os seus
prefeitos se concentrarem na solução dos problemas que se acumulam e desafiam
cada um.
Não adianta listar.
Entendo que, de todos os problemas urbanos possíveis, neste momento a Capital
do Estado carece de muito afago, aquele afago feito com realizações
permanentes, muito embora, pelo que se vê, ainda este ano vai prevalecer a festa,
pela festa, nas celebrações do aniversário de Macapá.
Nenhuma
inauguração, nem uma mostra que possa fazer a população entender que avança
para encontrar a melhoria no seu modo de viver e disponibilidade para o lazer,
que precisa, e muito.
O último momento de
grande alegria por um bem que fica para a população, ocorreu em 2006, quando da
inauguração das obras realizadas no Parque do Forte que, em seguida, foi
nominado, pela população, de Lugar Bonito.
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