Rodolfo Juarez
O mês de maio e as
cores que deram para ele se foi, agora só ano que vem. Aliás, acho que é uma
bobagem dar cores para um mês para caracterizar isso e aquilo, às vezes uma função
pública e de obrigação de uma instituição ou órgão que lança mão desse
artifício para, entendo, querer destacar uma ação que já é destaque nela mesma.
O maio só não foi
lembrado pelas suas tradições: mês das noivas, mês das debutantes, mês das
flores, mês das rainhas e, também, mês do meu aniversário há 78 anos.
E agora começou o
mês de junho. Daqui a pouco vão colocar cores no junho, com o objetivo de
destacar uma obrigação.
Mês de junho também
vem com suas características que, no momento, são mais fortes que as
características do mês de maio. Junho é o mês dos folguedos juninos, veja bem a
palavra “juninos”: o “h” sumiu, mas o que interessa são as festas, as cores as
danças e as disputas. Um festival de prêmios, casamentos, danças adaptadas e
poucas fogueiras.
Aliás eu queria
saber por que, à medida que a cidade ganha centro e bairro chique, as festas
nos modelos tradicionais se mandam para a periferia da cidade.
Queria saber!
Este ano o prefeito
da Capital escolheu a praça do mercado central de Macapá para receber as
disputas entre as quadrilhas, sejam as tradicionais ou as não tradicionais, ou
seja, aquelas que mantêm as características de tempos que já se foram e aquelas
que usam tipos de músicas e roupas diferentes daquelas que a tradição indica como
mais adequada, muito embora, para ganhar a disputa vale aquele grupo que fizer
a melhora apresentação.
E tem uma novidade
para junho: o Lugar Bonito teve parte de sua área fechada.
O Lugar bonito,
inaugurado no dia 10 de junho de 2006 e aprovado, de cara, pela população, que
esqueceu a singularidade da Fortaleza de São Jose, dos ventos mornos vindos do
rio Amazonas e elegeram, por conta própria, a área como sendo, simplesmente o
“Lugar Bonito”, pensando que era sua.
Pois bem, o Lugar
Bonito está fechado desde o final de semana que passou e vai ficar assim por
este final de semana. Lá, por dentro da grande cerca finalizada com tenhas
reusadas, algumas bem velhinhas mesmo, vai ter uma festa para poucos.
Acho que os
organizadores estão entendendo que pode fazer isso, justificando com a
apresentação de uma banda de sucesso nacional há 40 anos: Paralamas do
Sucessos.
Gosto muito do
Paralamas, do Herbert, do Bi, do Barone. Eles fizeram a alegria de muitos
adolescentes e pré-adolescentes que frequentaram o Baby Doll nos anos 80 e 90.
A música Óculos fechou as quermesses por um ano inteirinho.
Não concordo com a
licença que foi dado para a empresa Bravah Club fechar, por mais de 15 dias, o
ambiente que é da população e logo no começo do mês de junho.
A festa está
programada para o dia 3, sábado, e para entrar, os que estão acostumados a usar
a área para lazer, desta vez tem que pagar ingressos “salgados”: para receber a
pulseira (penso que vai ser assim) tem que desembolsar R$ 100,00 para a área
vip unissex e R$ 160,00 se quiser ficar mais perto do palco, na área que
chamaram de front stage unissex.
Na hora de limpar,
ninguém assume; na hora de ceder, muitos estão prontos para assinar a ordem e,
como se a área fosse deles (e não é)!
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