Rodolfo Juarez
O programa de
asfaltamento da cidade de Macapá, com recapeamento da maioria das vias do
centro e primeiros asfalto em vias dos bairros que ainda não tiveram os
serviços prestados pelo Poder Público, foi elaborado e aprovado em 2019 quando,
através de convênios e recursos de emendas parlamentares, foi iniciado o fluxo
de dinheiro para a Prefeitura de Macapá.
Quem nunca usou o
transporte coletivo urbano ou entre cidades, ou um automóvel ou moto de
transporte individual, por uma vias esburacada e com problemas que prejudicam a
mobilidade. As autoridades dos governos do Estado e dos municípios no Amapá
entenderam que era preciso acabar com o programa “tapa buraco” que havia ser
tornado uma constante há, pelo menos 15 anos, em Macapá principalmente.
A pavimentação asfáltica, utilizada com preferência nas ruas, avenidas e
travessas de Macapá, nas cidades do interior e na ligação entre essas cidades
na construção da malha rodoviária estadual, é um composto nominado CBQU
(concreto betuminoso usinado a quente), que tem um custo, variando de R$ 50,00
a R$ 60,00 por metro quadrado, dependendo da base onde se está lançando o
asfalto e a infraestrutura que precisa ser construída antes da pavimentação
(última etapa antes do lançamento do asfalto).
O asfalto seria a última etapa da construção de uma via urbana ou de uma
rodovia classificada, o que raramente acontece, devido os custos que são
dispensados para a construção do sistema de coleta e transporte de esgoto, de
drenagem pluvial, água tratada, dutos para cabos elétricos de distribuição de
energia e outros elementos necessários que poderiam evitar escavações em
asfalto recentemente lançado.
Com tudo isso, ainda é preciso orçar a construção de linha d’água, meio
fio e calçada, além da sinalização horizontal, vertical e luminosa, que são
necessário para que uma via urbana esteja completa.
Em Macapá se vê escavações sendo feitas para lançamento de elemento de
infraestrutura, ou mesmo para conserto daquele que não foi reparado antes do
lançamento do asfalto. Aí vai embora a sinalização e a regularidade do
pavimento.
O preço de cada via depende da largura dessa via. Se sete, dez ou 14
metros e se tem área para escape ou mesmo para atender as exigências da moderna
acessibilidade, com pistas exclusivas seja para as bicicletas e as
motocicletas. Em Macapá nenhuma via ou rodovia, ainda reservou espaço para
pista exclusiva de motocicletas, mesmo com a quantidade de motos circulando na
cidade.
Uma via padrão, de 14 metros, como a avenida FAB, e com a carga de
trânsito que suporta todos os dias, tem o metro quadrado, no mínimo em R$
60,00. Com esta base de preço se chega que a faixa de 1,00 m x 14,00m custa R$
840,00/m (14m x R$ 60,00) e daí o valor do Km a R$ 840.000,00.
Na estrada ou a carga e a velocidade dos veículos são maiores, o preço
do Km se aproxima, para uma estrada de 2.ª classe (classe das estradas
estaduais e municipais, em regra) o preço chega a R$ 900.000,00 e para as
estradas de 1.º classe, com todos os elementos técnicos, inclusive sistema de
drenagem superficial, além do profundo e a distância da usina de asfalto, pode
chegar a R$ 1.500.000,00 por km.
Instalar um novo pavimento não é algo tão
simples. O processo costuma ser um pouco mais complexo. Por
isso que, muitos de nós não imaginam o quão trabalhoso é esse tipo de obra.
Porém, existem métodos de construção adequados que, se forem seguidos, podem
fazer com que o pavimento dure por muitos anos, outro parâmetro que
depende do momento da construção da via.
Cinco etapas são envolvidas na remoção e
substituição de uma estrutura de pavimento: 1) Planejamento e Design; 2)
preparação da base e sub-base; 3) mistura asfáltica e lançamento; 4)
articulação e transição; e 5) compressão final.
E o dinheiro para tudo isso vem de órgãos do
governo federal, emendas parlamentares, de bancada e individual, orçamento do
Governo Estado e orçamento de contrapartida das prefeituras municipais que têm
condições e previsão orçamentária. O orçamento da Prefeitura de Macapá, próximo
de R$ 1,4 bilhão, destina em torno de 60% para pessoal. O restante (40%) fica a
manutenção da máquina administrativa e para atender as contrapartidas que
puder.
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