quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

A demora na conclusão de projetos prejudica a avaliação do Governo

Rodolfo Juarez

O ano de 2024, mesmo considerando alguns avanços havidos, não foi um grande ano para a administração pública e para a população do Estado do Amapá.

Foram evidentes avanços em uns municípios e retrocessos em outros. A constatação dessa realidade está sendo feita da maneira mais frustrantes que se pode esperar, alguns pela comparação dos resultados administrativos, outros por comparação com os resultados práticos e avaliados diretamente pela comunidade.

Poucos estão satisfeitos com os resultados!

A população só não está mais frustrada ainda pelo fato de algumas prefeituras que contaram com recursos extraorçamentários, sejam oriundos de emenda de parlamentares eleitos para essa legislatura, seja por emenda de parlamentares que, inclusive, não conseguiram a reeleição, mas conseguiram fazer com que as emendas chegassem ao destino proposto.

O que ainda preocupa a população e os próprios agentes públicos, funcionários de carreira, contratados CLT ou comissionados que, estes como servidores públicos, assumem responsabilidades caberiam perfeitamente no rol de compromisso do funcionários de carreira.

Muitas trocas de dirigentes de importantes setores públicos prejudicam, substancialmente, a administração pública e os resultado esperado, mesmo nos setores das atividades meio, importante para o conjunto e para a organização e avaliação do trabalho e dos resultados.

Faz tempo que o cumprimento de metas ou mesmo de cronogramas, não estão no topo da referência para definir a permanência, ou não, de um determinado programa, elaborado a partir de levantamentos de necessidades, seja na observação registrada pela comunidade no PPA, seja na visão dos dirigentes que assumem os cargos.

Mudança sistemática não coopera para o gestor fazer uma boa administração, principalmente no governo do Estado.

Nos municípios, considerando que os projetos são de monta menor e, em regra, complementares, até que se entende os resultados fracos, mas, no gestão estadual, precisa haver mais comprometimento com o programa e com os planos estabelecidos nos orçamentos públicos.

Vê-se uma grande distância entre o desejado e a realidade!

Está difícil justificar para a população a demora na conclusão de projetos considerados simples e que, se transforma em um monte de problemas, sugerindo dúvidas no tamanho da responsabilidade e na resposta que é dada à população, ávida por melhoria da qualidade de vida.

Não é tão difícil gerenciar os interesses da população do Amapá que, até agora, se mantém em um expectativa, onde o crer nas pessoas é o seu maior apoio. Entretanto, as decepções se amontoam perigosamente, criando desconfianças que precisam ser evitadas e, se evitar não for possível, precisam ser muito bem explicada para que a população entenda o que está acontecendo.

Combater o desequilíbrio entre a oferta de dinheiro para os Poderes do Estado, ou procurar equalizar os poderes de forma racional deve ser sempre no interesse da população, para se consolidar como uma lógica administrativa.

Mas vem ai o ano de 2025, mais uma oportunidade se abre para um novo orçamento, um novo plano de trabalho, uma nova esperança para a população que não compreende as dificuldades alegadas, pois, está entendendo que existem mais erros do que acertos e essa lógica precisa ser retirada de contexto.

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