Rodolfo Juarez
Hoje, 17 de
dezembro de 2024, estou completando 53 anos que recebi o grau de Engenheiro
Civil pelo Centro Tecnológico da Universidade Federal do Pará, Escola de Engenharia,
Turma Engenheiro Fernando Guilhon – Engenheiros Civis de1971.
A solenidade
aconteceu no Theatro da Paz, nave principal do teatro, em Belém do Pará. O
teatro foi inaugurado em 15 de novembro 1878, com a apresentação da ópera “As
Duas Órfãs”, e tombado pelo serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (IPHAN), em 21 de junho de 1963, continua sendo hoje uma das
referências culturais de toda a Amazônia.
Em 1971 o
Brasil estava no 3.º governo da era militar e tinha como presidente da
República Emílio Garrastazu Médice (1969 a 1974). O governador do Pará era o
Engenheiro Fernando Guilhon, que havia assumido o cargo no dia 15 de março de
1971, onde permaneceu até 14/03/1975.
Governava o
Amapá, em 1971, Ivanhoé Gonçalves Martins (10/04/1967 a 06/10/1972). O prefeito
de Macapá era João Oliveira Côrtes, que havia assumido o cargo no dia 1.º de
maio de 1968, onde ficou até 31 de julho de 1972.
O reitor da
Universidade Federal do Pará, em 1971, era Aloysio da Costa Chaves (1969-1973)
e o diretor do Centro Tecnológico da UFPA, em 1971, era João Maria de Lima Paes
(1967-1975).
O dia 17 de
dezembro de 1971 foi uma sexta-feira especial para todos os formandos daquela
turma. Antes, no sábado imediatamente anterior, dia 11 de dezembro, quando se
comemora o Dia do Engenheiro Civil, a turma havia feito a despedida, com
passeata pelas ruas da Cidade Velha, em Belém.
Vivi aquela
semana inesquecível, morando na Rua de Óbidos, Vila Dom Bosco, casa 16, na
Cidade Velha, mesmo sendo semana de prova na Escola Estadual Santo Afonso, no
Bairro da Sacramenta (Perpétuo Socorro), onde lecionava Matemática para o
Ginásio e Colégio no período noturno, com 18 horas semanais. Nas horas vagas da
semana letiva, considerando o 5.º ano de Engenharia, lecionava Matemática no
Ginásio Patria e Cultura, na Avenida Nazaré, no bairro do mesmo nome, em Belém.
O traje da
colação de grau (tenha uma idéia!) foi smoking. Eu estava tranquilo com a
indumentária. Minha mãe (linda!) Raimunda Pureza Juarez, minha paraninfa,
trazia, na bolsa, o anel de formatura, e no coração, uma alegria especial,
cheia de indisfarçável orgulho, protegidos pela alegria de ver o seu primeiro
filho formado em Engenharia Civil. Certamente era uma grande conquista! Meu pai
estava em Belém, mas no Ver-o-Peso, cuidando do embarque de mercadoria no Iate
Juarez, que sairia para Macapá no dia seguinte.
A solenidade
foi maravilhosa e ainda tenho, na memória e como lembrança, cada detalhe do
inesquecível momento que vivi com outros 71 colegas homens e uma colega mulher.
Éramos 73 formamos. Durante todo o curso, fomos divididos em duas turmas (“A” e
“B”), eu era da Turma “B”.
O momento do juramento é inesquecível: “Juro que, no cumprimento do meu dever de Engenheiro, não deixarei cegar pelo brilho excessivo da tecnologia, de forma a não esquecer que trabalho para o bem do homem, e não da máquina. Respeitarei a natureza, evitando projetar ou construir equipamentos que destruam o equilíbrio ecológico ou poluam, além de colocar todo o meu conhecimento científico a serviço do conforto e desenvolvimento da humanidade. Assim juro!”
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