Rodolfo Juarez
A
primeira semana dos novos parlamentares federais, seis deputados federais e um
senador, foi cheia de mimos e de afagos. Afinal todos eles estavam convocados
para eleger os membros da mesa que administrará os poderes da República
legiferante durante os próximos dois anos.
Dependendo
dos votos dos parlamentares da Câmara Federal, estavam os candidatos a ser o
terceiro na linha de sucessão na Presidência da República e, além disso, muitas
tomadas de decisão que dependem exclusivamente do Presidente da Mesa Diretora
da Câmara Federal.
Depois
da surpresa do principal partido do Governo, o candidato de oposição, mesmo
sendo do PMDB, venceu as eleições e definiu prioridades que não foram
antecipadamente combinadas com o Planalto.
Na outra
Casa Federal, o Senado da República, os opositores à situação, apesar de
apresentarem um candidato considerado bom para presidir o Senado, veio o
candidato da situação, que já ocupava o cargo, e com a força da máquina estatal
conseguiu vencer as eleições, permanecer no posto, muito mais para dizer “sim
senhora” do que para mostrar independência com harmonia.
Mas
esse é o jogo político que se instalou e quer ficar por muito tempo,
independentemente do que foi dito nas ruas pelos candidatos e respondido nas
urnas pelos eleitores.
O
Brasil está passando – tomara que seja passando – por uma fase ruim, onde o
crescimento projetado para este ano é zero, a inflação alta, aumento do imposto
descontrolado, escalada dos preços sem freio e o desemprego, entre outros
pontos, correndo para índices indesejados.
Tomando
por base o que aconteceu na primeira semana no Congresso Nacional em Brasília,
ninguém sabe do futuro de ninguém. De repente uma reviravolta pode arriscar
todas as conquistas e os aloprados serão citados apenas nas linhas dos livros
de história e não como referência para aqueles que os estarão substituindo no
comando do Brasil.
Enquanto
isso há uma disputa ferrenha para saber quem assume a coordenação da bancada
federal do Amapá em Brasília. Uma invenção que não tem contribuído em nada para
modificar a eficiência das transferências voluntárias federais para o Amapá,
por qualquer título, inclusive as emendas parlamentares.
Nem
mesmo o Orçamento Impositivo é aprovado.
Ora, se
os parlamentares não contarem com o Orçamento Impositivo não contarão,
certamente, com as emendas, isso porque, a não aprovação da obrigatoriedade é o
fortalecimento das emendas como moeda de troca entre os membros do parlamento e
os agentes públicos do Governo e com vantagem para estes.
Cabeça
no lugar, trabalho em equipe, busca de apoio em outras bancadas não são
decisivos por si só pra resolver os problemas, ainda mais uma bancada dividida,
com representantes do povo do Amapá trabalhando contra representantes do povo
do Amapá.
Esse é
o chamado e caracterizado “tiro no pé”.
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