Rodolfo Juarez
Terminou
o primeiro trimestre de 2019 e são poucas as expectativas com relação à
modificações no comportamento daqueles que compõe, na atualidade, o Executivo
Estadual .
Os
outros Poderes já definiram suas metas para 2019 desde o ano passado, mesmo
tendo mudado o comando. O Tribunal de Justiça, o Ministério Público, o Tribunal
de Contas e até mesmo a Assembleia Legislativa já têm organizado o seu plano de
trabalho e a estratégia que vão adotar para torná-lo realidade.
O
Executivo não. Atrapalha-se no desenvolvimento do planejamento e não avança, ou
pior, recua ante tantos problemas que estão evidenciados que começam no tamanho
do Estado e vão se alojando em escaninho de obras paradas há mais de 5 anos.
No mês
de fevereiro de 2019, no momento do carnaval, podemos acompanhar notícias –
boas notícias – trazidas pelo senador Davi Alcolumbre, presidente do Congresso
Nacional, que apontavam saídas por algumas portas que poderiam ser abertas
pelos membros da Bancada Federal do Amapá, em Brasília.
Foi
divulgada inclusive para o Executivo Estadual, uma carta, denominada “Carta de
Brasília”, onde se listou pelo menos 16 títulos de inegável importância para o
desenvolvimento local e que poderiam integrar o plano de execução de obras para
o ano de 2019.
O
Governo do Amapá perdeu o andamento dos investimentos. Não consegue, há mais de
15 anos, gastar os recursos dentro dos prazos estabelecidos pelos financiadores
ou mesmo pelos seus próprios técnicos quando fecham os cronogramas de
desembolso.
Hoje
estão represadas, por todo o Estado, mais de 150 obras que foram iniciadas ou
prometidas e que não saem do chão. Aqui mesmo na capital, onde está concentrada
a maioria das obras iniciadas e que estão a desafiar os dirigentes públicos que
sempre alegam que a culpa é de terceiros.
São
obras com finalidades diversas nas áreas de saúde, educação, segurança pública,
infraestrutura, drenagem, esgoto, água, administrativa. Aliás, se hoje for
feito um balanço das áreas ocupadas pela Administração do Estado é provável que
o número de metros quadrados alugados para esse fim seja maior ou que as áreas
de prédios próprios ocupados pelo Executivo Estadual.
No
final do mês de março foi realizado, em Macapá, o 17.º Fórum de Governadores da
Amazônia Legal, que produziu, ao final, a Carta de Macapá, assinada pelos
governadores da Amazônia Legal e com completa desconexão da Carta de Brasília
que foi apresentada à sociedade pelos 11 parlamentares federais do Amapá em
Brasília.
Essa
descontinuidade é o reflexo do comportamento costumeiro das autoridades
amapaenses que não fazem a conexão dos projetos e provoca, entre outras
questões, desânimo e desinteresse dos técnicos do Governo, exatamente aqueles
que receberão a incumbência de “tocar” os projetos.
O tempo
passou, deixou mais um trimestre para traz, sem que o “placar” fosse
modificado. Assim o tempo vai embora, as coisas não acontecem, apesar das
reclamações da população e das promessas dos dirigentes.
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