Rodolfo Juarez
Durante
a campanha eleitoral de 2018, os então candidatos a governador do estado,
Waldez Góes, e a vice-governador, Jaime Nunes, apresentaram, os dois, uma
proposta de governo que revolucionaria a forma de administrar o Estado do
Amapá.
O
programa foi aprovado pelo eleitor e o resultado foi a vitória desses dois
candidatos que assumiram o Governo do Estado no dia 1.º de janeiro de 2019,
afirmando que iam mudar o rumo da gestão estadual, pois, trariam para o
exercício da gestão a experiência vitoriosa do agora vice-governador, Jaime
Nunes, na condução de importantes organizações empresariais amapaenses e da
empresa da família, considerada uma das mais sólidas do Estado.
Logo no
começo, utilizando-se das redes sociais, anunciaram os dois, lado a lado, a
edição e publicação de um decreto estadual que daria o tom da nova gestão e
para implementá-lo anunciaram que o próprio vice-governador Jaime Nunes seria o
coordenador de todo o novo processo.
Passados
cinco meses, nenhum reflexo de todo o que foi anunciado foi sentido durante o
que seria uma “gestão renovada” sem os vícios da gestão imediatamente anterior
e que teve o próprio Waldez Góes, ao lado do médico Papaleo Paes, como,
respectivamente, comandante e imediato na nau chamada Amapá.
A folha
de pagamento cresceu, o número de funcionários não diminuiu na margem
prometida, a gestão econômica e financeira do Estado não mudou e continuaram os
mesmos costumes de todo o mandato anterior que se sustentava no anuncio de uma
crise sem fim e que levou ao parcelamento do salário.
Ainda
nem se completou o 5.º mês da gestão do novo mandato e o cenário, além de não
mudar, dá a impressão clara de que piorou.
A
primeira reunião do ano com a União Sindical foi para anunciar pontos que
jamais fariam parte de uma agenda de quaisquer dos sindicatos das categorias
que trabalham para o Governo do Estado: não aumento na data base, não
encerramento do parcelamento de salários e a redução para 30% do adiantamento
do 13.º salário, isto é, tudo o que os representantes dos funcionários não
queiram ouvir.
Para
onde foi a proposta de radical modificação que seria implementada a partir da
participação do vice-governador Jaime Nunes?
O que
houve? Não foram prestigiadas as propostas do vice ou ele não as fez?
O
vice-governador Jaime Nunes, aliás, está colecionando uma série de decepções da
parte daqueles que ele mesmo convenceu em votar a chapa da qual fazia parte.
Até o telefone, antes tão disponível, ele atende mais. Dá a impressão que o
vice-governador foi cooptado pelo sistema carcomido, ineficiente e baseado na
mordomia, que tem trazido grandes prejuízos para o desenvolvimento do Estado.
Ficar
“por traz da cortina” não o que os amigos e correligionários do vice-governador
esperavam dele. Queria um Jaime Nunes ativo, influente, importante no Governo
do Amapá, como foi na Associação Comercial e Industrial do Amapá, na Federação
do Comércio do Estado do Amapá, no Serviço de Apoio à Media e Pequena Empresa,
na própria empresa da família.
Não é
possível encontrar sombras quando não tem sol!
Tomara
que Jaime Nunes ressurja com força, o suficiente para dar uma guinada no
comando do Governo do Estado do Amapá, pois, por enquanto, está acomodado em
uma cabine sem importância.
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