Rodolfo Juarez
São
inimagináveis as dificuldades pelas quais está passando a população do
município de Calçoene, no Norte do Amapá. Com grande parte dos serviços
paralisados, empresários, funcionários públicos, agricultores, pescadores e
todos aqueles que moram no município são unânimes em avaliar como um dos piores
momentos vividos pela por eles na história recente do município.
Transformado
em município em 25 de janeiro de 1956, completou recentemente 63 anos. Com uma
população de pouco mais de 10.500 habitantes tem, ainda, na atividade
garimpeira um dos setores que mais ocupa mão de obra, não a que tem carteira de
trabalho assinada, mas, constituída de pessoas que arriscam a vida para tentar
a sorte no garimpo.
O
Índice de Desenvolvimento Humano Médio (IDH-M) local em torno de 0,643 indica
que o município precisa de melhores condições de salubridade para garantir uma
população sadia e com atendimento de serviços básicos de maneira sofrível para
regular.
Atualmente
o prefeito do município está detido em Macapá, acusado de malversação de
dinheiro público e, sem vice-prefeito, a prefeita que foi eleita em outubro de
2016 e tomou posse em janeiro de 2017, renunciou ao mandato o que leva a
prefeitura do município a ser comandada pelo vereador presidente da Câmara
Municipal.
No
momento as vias de Calçoene estão completamente destruídas, com o pavimento
comprometido e a capa asfáltica tomada pelos buracos. O serviço de distribuição
de água potável está precário com equipamentos da CAESA com aspecto de
abandono, com falta de manutenção. Coleta de esgoto? Apenas com utilização de
fossa primária, sem qualquer tratamento, é um fator de risco para a saúde da
população.
Já faz
algum tempo que a população da sede do município viu ser desativada a agência
do Banco do Brasil que funcionava em Calçoene. Agora o prédio está abandonado
devido os serviços que o Banco prestava terem sido considerados encerrados. Até
o pagamento dos aposentados e pensionistas do INSS está suspenso, pois, também
a Caixa Econômica Federal não tem endereço no município.
Até
mesmo a loja da Casa Lotérica que funcionava e atendia bem a população, está
com as atividades em processo de desaceleração acentuada e contínua, criando
dificuldades para pagamentos de contas de água e energia elétrica. Até mesmo o
Caixa Eletrônico do Banco Bradesco que também está instalado na sede do
município passa grande parte do tempo “fora do ar” por dificuldades na
comunicação de dados.
A
internet disponibilizada para a população local é muito precária, prejudicando
até as audiências na Vara Única de Calçoene, provocando redesignações de
processo devido a dificuldade na comunicação.
Com
todos esses problemas o dinheiro, muito curto, não circula em Calçoene e os
empresários, mesmo os de lanchonete, padarias e mercearias com alimentos da
cesta básica, apresentam grandes dificuldades para serem mantidos.
A
população pede, permanentemente, que as autoridades do Estado do Amapá socorram
com as medidas simples de restabelecimento do funcionamento de, pelo menos um
banco comercial, a melhoria da internet, e a solução definitiva para o caso da
prefeitura, pois, a situação em que se encontra não dá confiança para o
prefeito em exercício desenvolver qualquer programa no sentido de melhorar a condição
de vida da população.
O
socorro pedido pela população do município de Calçoene é de urgência e pode ser
feito com uma ação conjunta de todas aqueles que podem melhorar a qualidade de
vida do povo do local.
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