terça-feira, 14 de abril de 2020

No Amapá o novo coronavírus está ganhando!


Rodolfo Juarez

A forma violenta como o governador do estado do Amapá, Waldez Góes, e dos prefeitos de Macapá e Santana desmoralizaram os termos da Portaria 002/20 do Comitê de Decisões Estratégicas, que flexibilizava funcionamento das atividades econômicas. Juntando com a Nota Pública divulgada no dia 2 de abril por camelôs, comerciantes, vendedores ambulantes, funcionários do comércio e prestadores de serviços que declararam não aceitar como interlocutora da Fecomércio, em nome dos que firmaram Nota Pública, junto às autoridades do estado e dos municípios de Macapá e Santana.

Além da “Nota de Esclarecimento” da Fecomércio, o “Comunicado” da Associação Amapaense de Supermercados (AMAPS), a “contestação” da Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Estado do Amapá (ADAAP), a “Nota” da ACIA, e as manifestações diversas de sindicatos patronais, preocupados em solidarizar-se com o vice-governador, Jaime Nunes, designado, pelo governador para coordenador-chefe do Comitê de Decisões Estratégicas, podem ter despertado cidadãos que não estão vendo resultados efetivos na proposta do governador e dos prefeitos, que mandam todo mundo para casa, enquanto o novo coronavírus avança sobre a população amapaense, levando-a para o segundo lugar na macabra escala da doença, na lista dos estados brasileiros.

Pode ser por tudo isso que o empresário Pierre Alcolumbre e a desembargadora Sueli Pini, já foram aos meios de comunicação tradicional e às redes sociais, declarar a sua insatisfação com a situação no Amapá e falar em nome dos empreendedores que estão com imensas dificuldades e dos consumidores mais carentes, que “vivem em cubículos”, como disse a desembargadora, sem qualquer condição sanitária, diferente do governador e do prefeito que tem mais de um quarto para cada morador.

Por tudo isso é preciso encontrar um meio termo - esse é o desafio -, para não continuar com procedimentos autoritários que chegam à raia da ofensa à Constituição Federal vigente e à liberdade de povo que se acostumou a ser livre, tomar as suas decisões livremente e viver em democracia.

Até agora o governador, os prefeitos e os dirigentes empresariais, com honrosas exceções, não acertaram o passo e o método escolhido, os resultados mostram que não é o certo.

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