Rodolfo Juarez
O
Dia dos Pais é no domingo dia 9 de agosto. Há razões que justificam a escolha
do segundo domingo de agosto para a realização da celebração do Dia dos Pais.
Aqui no Brasil, a data é festejada desde
1953, quando um publicitário importou a ideia e, naquele ano, a comemoração
aconteceu no dia 14 de agosto, data coincidente com o aniversário de São
Joaquim, considerado o patriarca da família.
Muito antes, entretanto, o filho de
Nabucodonosor, Elmesu, teria moldado o primeiro “Cartão do Dia dos Pais” na
antiga Babilônia, fazendo uma placa em argila em que desejava sorte, saúde e
vida longa para o seu pai.
A data de 14 de agosto antes sugerida
para as comemorações do Dia dos Pais foi trazida para o segundo domingo de
agosto para que pudesse ser comemorada sempre nos finais de semana, quando a
maioria dos pais esta de folga do trabalho e podem aproveitar o momento com a
sua família.
A comunidade amapaense comemora o Dia
dos Pais, imagino desde que foi criado o Território do Amapá. Estão na memória
as histórias dos idos de1944 quando Janary Nunes fazia realizar naquele dia uma
grande festa comemorativa onde os convites, alem dos agentes do Governo, eram estendidos
à população em geral, com distribuição de brinquedos para os filhos dos
funcionários do Território e daqueles que participavam da festa.
Isso perdurou por bom tempo e chegou a
contar com a participação de artistas de outras partes do Brasil com o objetivo
de atrair mais gente para o grande momento.
Tornei-me adulto acostumado a essas
comemorações que, com o passar do tempo foram definhando ao ponto de ter sido
deixada de lado sob a alegação de falta de recursos, mas o que pareceu mesmo foi
negação da importância do evento e a vontade de não dar continuidade para um
projeto que não tinha sido idealizado pelo grupo que assumia o governo do
Amapá.
Assim a festa pública acabou, mas
ficaram os resultados na intimidade das residências locais, com as festas
particulares, sem conseguir enxergar aqueles que davam o tom de importância – a
população pobre, pais e filhos, que esperavam o Dia dos Pais para receber o
presente que dariam aos pais.
Essa mudança foi aprovada pela parte
mais abastada da sociedade, sem perceber que cada filho, inclusive os mais
carentes, tem um pai e que o segundo domingo de agosto é instigado e provocado
a oferecer o carinho para o pai, seja com presentes, seja com abraços ou
sorrisos.
Assim a sociedade passou a identificar
três tipos de pai: o herói, o kit básico e o progenitor. Felizmente a maioria
atual é do tipo 1. Querem ser o herói da família, exercendo vários papéis: o
herói financeiro, o que quebra todos os ganhos, troca todas as lâmpadas e que
mata todas as baratas.
Também tem o pai bonachão, aquele que
adora fazer surpresas, mas também tem aquele pai que faz tudo para os filhos
irem à luta, para ficarem sabendo que, quando casarem, constituírem família, o
pai é o porto seguro.
O segundo tipo é aquele que cuida dele
em primeiro lugar e, em segundo lugar, cuida dele de novo. Aos filhos
proporciona o kit básico: saúde, alimentação, transporte e educação, com menos
gasto possível. Alguns se fazem de herói fazendo o filho acreditar que o kit é
pesado e que está no limite.
O terceiro são aqueles que não
reconhecem a paternidade. Humilham e prejudicam os filhos. Não são pais, talvez
progenitores.
Meu desejo é que todos nós pais, sejamos
pais felizes todos os dias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário