Rodolfo Juarez
No domingo que
passou foram realizadas as eleições regionais e apurados os votos dos eleitores
que escolheram o governador e seu respectivo vice, um senador e seus dois suplentes,
8 deputados federais e 24 deputados estaduais.
Foi a 9.ª eleição,
para governador, realizada no Estado do Amapá, resultado da transformação do
Território Federal do Amapá por ordem expressa na Carta Magna de 1988 que
definiu, em texto bem claro, que em 1990 seria realizada a primeira eleição
para governador e que, com a posse do primeiro governador eleitor, haveria a
instalação efetiva e legal do Estado do Amapá.
Com Barcellos,
primeiro governador eleitor do estado, em 1990, começava a contagem dos
governadores que se seguiriam a partir daquela data pelas eleições seguintes.
Foram eleitos: João
Capiberibe, duas vezes seguidas (1994 e 1998), Waldez Góes, quatro vezes (2002,
2006, 2014 e 2018), Camilo Capiberibe, uma vez (2010) e, agora eleito, para o
mandato que começa no primeiro dia de 2023, Clécio Luiz que já foi vereador do
município de Macapá e prefeito de Macapá e que, agora, chega ao cargo de
governador do Estado com 53,69% dos votos válidos, ou 222.168 votos, tonando-se
o 5.º governador para exercer o 9.º mandato de governador do Amapá.
O Estado do Amapá,
com 16 municípios, tem uma população de 877.613 (IBGE/2021) e uma concentração
populacional no município da capital do estado, Macapá, com 522.357 habitantes
(59,52%) onde as questões sociais se acumulam e tornam cada vez mais influentes
na tomada de decisão dos governantes.
Além disso a
infraestrutura do estado em relação ao transporte rodoviário é insuficiente e
não atraente para distribuir os recursos do orçamento, sabidamente insuficientes
para modificar em curto prazo, a condições precárias atuais. Com relação ao
transporte fluvial, uma alternativa de mobilidade a partir do estado, o setor
está completamente sem ação pública.
O setor fiscal,
espinha dorsal da receita estadual, precisa de inovação tanto no processo como
na legislação para melhorar a competitividade e vencer a barreira que afasta o
Estado do Amapá do continente, pelo fato de estar, o território do Estado, na
outra margem do continente e separado dele pela foz do maior rio do mundo.
Até o momento as
maiores parcelas do orçamento ainda são formadas pelas transferências federais
refletindo a necessidade de ações conjuntas dos representantes que a população
elege para exercer o mandato em Brasília, seja representando o Estado (caso dos
senadores) ou representando a população (no caso os deputados federais).
A capacidade
participativa das melhorias sociais, através de verbas extraordinárias,
principalmente do orçamento da União, precisa do convencimento dos técnicos dos
ministérios em Brasília.
O comportamento
político e operário dos parlamentares que o eleitor escolhe para representar o
Estado ou a população na esfera federal precisa ser proativo, construtivo e
atraente para resolver as dificuldades que não são possíveis com os tributos
que a população paga (altos) e que tem baixíssimo resultado.
O senador Davi tem
destoado deste comportamento e trabalhado no sentido de atender às necessidades
locais (que são muitas), entretanto os outros dois senadores pouco ou nada
contribuem nas respostas que a população espera. O mesmo acontece com os
eleitos, até agora, para exercer o mandato de deputado federal.
A esperança de
todos é muito grande na condução de uma frente política, em nome do Amapá, com
o governador eleito e o senador reeleito.
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