Rodolfo Juarez
Depois da seleção
eleitoral feita pelos mais de 400 mil eleitores que compareceram às urnas em
outubro e votaram, de forma válida, nos candidatos que tiveram o pedido de
registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral para o pleito de 2022,
se conheceu o governador, o vice-governador e, depois de empossados, anunciaram
os seus escolhidos para comandar os órgãos que compõem o Governo do Estado,
dando como concluída essa primeira etapa, correspondendo à formação da equipe
que vai operar o serviço público estadual.
O chapa Clécio
Luis/Teles Jr. venceu as eleições no primeiro turno, com os eleitores lhe dando
a quantidade necessária dos votos, suficientes para que fosse descartado o
segundo turno de votação.
Este prefácio das
eleições de 2022, sem a necessidade da realização do segundo turno de votação,
escrito pelo conjunto dos apoios políticos que a chapa Clécio/Teles Jr.
amealhou e pela aceitação da proposta de governança que apresentou à Justiça
Eleitoral e detalhou durante a campanha eleitoral, não exigiu dos então
candidatos, as adesões de última hora, evitando os conchavos que sempre eclodem
na administração.
Como passou ao
largo dos compromissos de última hora, para viabilizar a vitória, pode
confirmar os compromissos há muito entabulados e consolidados com o resultado.
Houve, assim, tempo para dedicar-se à escolha dos seus auxiliares e a conhecer
as condições de como receberia o comando da gestão e, inclusive, programar a sua
continuidade.
Se compreende as
dificuldades para definir, claramente, como se encontra cada um dos setores,
especialmente aqueles de menor apelo administrativo ou resultado apurado até
agora, positivo ou negativo.
Um desses setores é
o do Turismo.
Tido e havido como
de grande potencial no Estado do Amapá, o Turismo sempre ganha espaço nos
discursos dos governantes, mas, quando colocado na lista de prioridades, salvo
as raras exceções, sempre fica fora da primeira preferência quando comparado
com os setores da Saúde, Educação e Segurança, nas ações de ponta e, nas ações
meio, quando comparado com Administração, Finanças e Planejamento.
Esta situação tem
deixado o Turismo fora das prioridades da gestão dos governos, inclusive sem um
plano que tenha possibilidade de ser desenvolvido conforme as suas necessidades
e com operadores com autonomia para desenvolver todas as suas potencialidades.
O Estado do Amapá
tem sítios turísticos interessantes por todos os municípios, entretanto, dá a
impressão que ainda não encontrou uma forma para explorá-lo e torná-lo fatores
de atração de pessoas para que adquira índice importante para a arrecadação
estadual.
O rio Amazonas, o
monumento da Fortaleza de São José, a preservação ambiental superior a 50%, a
fronteira de Oiapoque com departamento francês, o rio Araguari e sua história,
o rio Oiapoque e sua história, os rios Cajari e Jari, o arquipélago do
Bailique, a orla de Macapá, proximidade com o arquipélago do Marajó, o trapiche
Eliezer Levy e tantos outros pontos que são identificados como turísticos e que
não entram no catálogo turístico do Estado.
Como também não
entram, no catálogo, a reconhecida culinária amapaense, com tantas vitórias nas
disputas nacionais, o açaí, a bacaba e tantos outros títulos que não entram no
mesmo catálogo.
Priorizar este
setor pode trazer retornos importantes para o governo e a sociedade como aquele
experimentado com as melhorias do entorno da Fortaleza de São José de Macapá,
nos idos de 2006, que se popularizou com o nome de Lugar Bonito.
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