Rodolfo Juarez
Na semana passada
completei, no dia 19 de maio, 77 anos de idade. Nasci em 1946, no interior do
município de Afuá, entranhas da Amazônia, onde permaneci até completar 8 anos
quando a família veio para a sede do município, no final do ano de 1954.
Estou dizendo isso
para poder entrar no tema do artigo de hoje que vai se referir a mais uma
demonstração do pouco caso com o desenvolvimento da Região Amazônia.
Parece até uma
repetição de tantos outros projetos importantes para o desenvolvimento local,
especialmente relacionados ao Estado do Amapá, mas que também feriu de morte o
próprio Território Federal do Amapá.
Desta feita foi o
Ibama e sua incapacidade de compreender que o Amapá, desde muito, vem se
esforçando para ser a Unidade da Federação capaz de servir de exemplo para o
resto do Brasil e do Mundo, quando se trata do meio ambiente natural.
É conhecido e
reconhecido como a Unidade da Federação que tem o maior percentual de
preservação de suas florestas, serrados e campos, mas, ao que parece, isso não
tem servido de nada, principalmente quando se refere às interpretações
ambientais por parte de quaisquer órgãos da União.
O fato de o Ibama
não ter deferido a licença para que a Petrobrás explore as jazidas de petróleo
e gás natural na costa do Amapá, que foram identificadas como economicamente
viáveis, das quais a Petrobrás não hesitou quando teve que assumir os custos
preliminares e as compensações apontadas como equilibrantes para as sociedades
do Estado do Amapá e do Estado do Pará.
Não é a primeira
vez que isso acontece. Foi assim com a Zona de Livre Comércio de Macapá e
Santana, com a Zona Franca Verde e com tantos outros projetos que ou morreram
no nascedouro, ou nunca chegaram a ter a sua implantação completa ou, noutros
casos iniciados.
O que parece estar
diferente desta vez é a representação política. O acontecimento da negativa da
licença do Ibama, levantou os parlamentares amapaenses, em Brasília, sob a
coordenação do senador Davi, para primeiro pedir explicações e, depois, exigir
recompensas para que, mais uma esperança se vá e, sobre aqueles que insistem em
jogar mais uma pá de cal nas esperanças do povo, podem, desta vez, ser
responsabilizados por seus atos.
O senador Davi afirmou
que vai pedir explicações, inicialmente aos dirigentes do Ibama, e depois de
quem for identificado como responsável por essa manobra que prejudica o Amapá e
toda a sua população. Disse que vai ‘para cima’, usando de toda a sua
habilidade política e influência do seu mandato e de todos aqueles da bancada
federal do Amapá, uma vez que, de forma unânime, se dispuseram a assim
proceder, tão logo tomaram ciência de tão injusta decisão.
Exatamente quando o
povo do Amapá, através de suas representações e direções, se esforça para dar
novo ritmo para a marcha das conquistas locais, exatamente os ‘iluminados’ do
Ibama vem com essa absurda negativa para o licenciamento da exploração do
petróleo na costa do Amapá, que deixaria royalties e aumentaria as chances de melhorar
a qualidade de vida dos que aqui vivem.
Quando foi feita a
divisão da Amazônia em Amazônia Oriental e Amazônia Ocidental, se criou uma
imensa rede que sufoca os resultados ou deixa cansados os participantes das
‘pelejas’.
Repito: foi assim
com a Área de Livre Comércio de Macapá e Santana, que manquitola até hoje, e
mais recentemente, com a Zona Franca Verde. Agora com o petróleo e o gás que
estão na costa do Estado.
Apesar de ter
completado 77 anos, ainda haverei de ver a retirada dessa rede da ‘quadra’
Amazônia e verei os bons projetos de desenvolvimento econômico e social serem
concretizados para o bem e a paz da população amapaense.
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