Rodolfo Juarez
É inegável que os
representantes e dirigentes, escolhidos pelo povo nas últimas eleições gerais,
vivem um bom momento e experimentam, na avaliação
da população local, os reflexos da melhoria da qualidade de vida local, com
estabilização da economia e o aproveitamento do que a natureza amazônica
oferece para o desenvolvimento.
Mesmo assim, velhos
projetos, considerados prioritários, principalmente para os menos favorecidos
economicamente, continuam engavetados e
precisando de atualizações importantes.
A referência é para
a construção de um porto fluvial para embarque e desembarque de carga e
passageiros, que saem e chegam em Macapá e Santana.
Esse oferta de
serviço abre espaço de negócio não apenas para aqueles que assumiram as rotas
com saídas e chegadas em Macapá ou Santana, mas para uma série de pequenos
empreendedores que, com certeza, utilizariam o espaço e seus reflexos para
atender às pequenas demanda no apoio àqueles que utilizariam os meios de
transporte fluvial para os núcleos urbanos das ilhas próximas, como para Belém
do Pará.
Os exemplos estão à
mostra para serem observados em Belém, Santarém e em localidades no arquipélago
do Marajó.
Essa providência
organizaria os embarques e os desembarques de passageiros e cargas,
possibilitando inclusive a fiscalização de cargas ilícitas, dificultando o
provável
corredor por onde
drogas ilícitas poderiam estar escapando da vigilância das forças de segurança,
garantindo, assim, tranquilidade para a população.
A construção de um
terminal de passageiro e carga possibilitaria mais efetividade no controle da
lista de passageiros e romaneio de carga em processo de transporte na
embarcação, permitindo mais tranquilidade aos passageiros e aos proprietários
ou responsáveis pela embarcação.
A base na
iniciativa estatal estaria coerente com as leis a que estão sujeitos os donos
das embarcações e permitiria aos órgãos públicos a definição de rotas obrigatórias
quando do transporte dos passageiros, com comunicação permanente no momento das
orientações, em forma de ordem de atracamento da embarcação e a liberação do
processo de desembarque dos passageiros e das cargas.
Há muito tempo que
os portos de desembarque e embarque de passageiros e carga no Amapá são
autorizados de forma precária, reconhecendo as autoridades públicas que o porto
não é adequado ao atendimento das pessoas, tornando tudo mais difícil e menos
seguro para os usuários do sistema de transporte fluvial.
Manter um porto
fluvial na Amazônia que atenda o transporte de passageiros e de carga
corresponde, certamente, a um custo muito abaixo, por exemplo, do Aeroporto
Internacional de Macapá Alberto alcolumbre, além do que possibilitaria um
cotejo para aferir o uso dos dois modos de transporte.
Grosso modo e
considerando a capacidade das embarcações fluviais que transportam cargas e
passageiros, mesmo sem considerar os deslocamentos para os núcleos urbanos
localizados no arquipélago do Marajó, mas, direto para Belém, Santarém e
Manaus, é muito provável que a quantidade de pessoas e cargas transportadas
seja maior do que aquelas que, utilizando o transporte aéreo, se destina à
Belém e Brasília.
Cuidar desse
passageiro que prefere, por preço ou costume, utilizar as embarcações de
transporte fluvial, também é muito importante e precisa ser uma prioridade dos
governos municipais e estadual, na agenda construída a cada ano.
Vem aí 2024 e,
enquanto a coluna da despesa de o orçamento está aberta e o PPA em elaboração,
que seja lembrado a construção dos terminais de carga e passageiros, um em
Macapá e o outro em Santana, para atender os usuários do sistema de transporte
fluvial.
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