Rodolfo Juarez
Neste artigo, aqui
e acolá, vou falar na primeira pessoa devido aos meus 77 anos de idade,
suficientes para viver tantas quizilas sangrentas entre os homens, ditos civilizados,
e as nações habitadas por esses mesmos homens civilizados.
Alguns episódios
que vieram e não saíram da memória desde quanto, ainda em tenra idade, tenho
lembranças dos fragmentos dos episódios relacionados à segunda guerra mundial
como: Guerra da Coreia (1950-1953), Crise dos Misseis (1962), Guerra Fria
(período de maior tensão ocorreu em 1962), Guerra dos Seis Dias (junho de
1967), Guerra do Vietnã (1962-1975), Guerra do Afeganistão (1979-1989), Guerra
das Malvinas (de 2 de abril a 14 e3 junho de 1982), Guerra Iraque-Kuwait (2 de
agosto de 1990), Guerra Civil Iugoslava (1990), Guerra
Rússia-Chechênia (1990), Guerra do Golfo (1990), Guerra da Ucrânia (começada no
dia 24 de fevereiro de 2022) e a Guerra Síria-Faixa de Gasa (iniciada em 7 de
outubro de 2023), entre outros conflitos que a irracionalidade dos homens
continua sendo provada a cada dia.
A Guerra dos Seis Dias foi a guerra mais curta travada entre
árabes-israelenses. Foi uma ação surpresa realizada pelas forças armadas de
Israel contra o Egito, a Síria e a Jordânia.e resultou na rápida vitória israelense sobre as
tropas do Egito, Síria e Jordânia.
Com a vitória,
Israel anexou a seu território a Península do Sinai, a Faixa de Gaza, a
Cisjordânia, Jerusalém e as Colinas de Golã. Em seis dias, o território
israelense saltou de 20.720 km² para 73.635 km².
Fora o terceiro
conflito armado entre os países do Oriente Médio contra Israel desde a criação
do Estado israelense, em 1948. Repito que foi o mais rápido de todos os
conflitos entre árabes e israelenses na região. Um dos principais motivos para
a vitória israelense é atribuído a superioridade da tecnologia bélica detida
pelos israelenses, fortemente amparados pelos EUA.
O mais recente
conflito nasceu com a invasão surpresa por parte dos militantes terroristas da
Faixa de Gasa, uma região marcada por pobreza e superpopulação.
De acordo com a
ONU, Gaza tem uma população de aproximadamente 2,2 milhões de habitantes,
distribuída por um território de 365 Km2, com mais de 6.027 habitantes/km2, uma
das densidades mais altas do mundo. Destes, mais de 1,7 milhões de pessoas são
refugiados palestinos.
Para efeito de
comparação, o Estado do Amapá, com os seus 733.508 habitantes e uma área de
142.815 km2, uma densidade de 5,13 habitantes/km2, ou seja, 1.174 vezes maior
que a do Estado do Amapá.
Cerca
de 80% da população de Gaza depende da ajuda internacional, sendo que 1 milhão
de pessoas dependem de ajuda alimentar diária. Originalmente ocupada pelo
Egito, Gaza foi tomada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e entregue
aos palestinos em 2005.
A
área está sob o controle do grupo terrorista Hamas desde 2007, quando as forças
do então governo da Autoridade Palestina foram violentamente expulsas. Desde
então, as restrições impostas por Israel e Egito à população de Gaza ficaram
ainda mais duras. Os bloqueios criam dificuldades, por exemplo, de
abastecimento de produtos básicos, como remédios e comida para a população ou
de energia. Quem mora ali tem uma vida de limitações.
Hamas
e Israel vivem há anos em conflito, de que são exemplos as disputas ocorridas
em 2014 e em 2021. Em 2014 a Faixa de Gaza sofreu uma ação terrorista do Hamas e, em
sua defesa, o exército de Israel respondeu aos ataques. Em 16 dias, quase 700 pessoas morreram em meio às ofensivas
de 2014.
O atual conflito bélico entre Israel e o
grupo Hamas teve início justamente quando a
Arábia Saudita estava prestes a reconhecer Israel oficialmente como um estado
autônomo e independente. O acordo, apoiado pelos
Estados Unidos, não agrada ao Irã, que é uma potência nuclear e não reconhece
Israel como país.
Para
tentar contornar os bloqueios fronteiriços, o Hamas construiu uma rede de
túneis subterrâneos, para que o grupo possa transportar mercadorias para a
Faixa de Gaza e manter um centro de comando. Há anos, Israel procura destruir
estas passagens e acusa extremistas de comércio clandestino e contrabando.
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