Federação
das Indústrias do Estado do Amapá está castrada
Rodolfo
Juarez
Há onze anos sem
funcionar e há 24 funcionando na base do empurrão, a Federação das Indústrias
do Estado do Amapá – Fieap está completamente inoperante, fazendo uma falta
danada, em um momento no qual o setor industrial retoma a sua importância,
direciona suas linhas e oferece emprego para muita gente em todo o Brasil,
menos no Amapá.
E não adianta
querer entender que o setor industrial amapaense pode ressuscitar sem uma
organização sindical patronal forte, que tenha como contribuir nas discussões
que visem a estrutura e sem a adequada utilização das novas tecnologias, todas
elas íntimos das indústria que aqui projetam implantar.
Um quadro que está
sem um dos lados, um cubo que está sem uma das faces e um cilindro que está com
o seu corpo circular quebrado. Esse é o retrato da Federação das Indústrias do
Amapá – Fieap, que tem presidente, mas não tem sede; tem diretoria, mas não dirige,
e tem capacidade para desenvolvimento, mas não desenvolve.
Desde quando houve
a intervenção ilegal nos departamentos regionais do SESI e do SENAI, ordenado
pelos seus respectivos Conselhos Nacionais, e do Instituto Euvaldo Lodi (esse o
nome do primeiro presidente da CNI) esta ordenada por ninguém, que a Federação
foi perdendo a sua importância, castrada que foi, por aqueles que queriam fazer
dela o seu cavalo de corrida.
A intervenção foi
ilegal porque foi feito um arranjo em um dos incisos de um dos artigos do
regimento interno de cada uma daquelas instituições regionalizadas, para no dia
31 de julho de 2013, violentarem uma luta de mais de 20 anos, de empresários e
trabalhadores, e deixarem as empresas do setor industrial completamente órfãos
dos bons serviços, educação e cuidados que prestavam para aquela camada sofrida
de trabalhadores amapaenses.
Sem contar,
evidentemente, com aqueles que trabalhavam na proópria Federação das Indústrias
do Amapá e que foram colocados na rua sem receber, pelo menos, os seus direitos
trabalhistas, considerando que não contribuíram para que o sistema chegasse ao
estágio ao qual chegou.
Todos os que
fizeram esse grande mal aos trabalhadores das indústrias locais, bem como com
os donos das empresas do setor industrial, com as próprias empresas que
ficaram, também, órfãos de defesas diretas de seus interesses, além daqueles
que, há 20 anos, prestavam o seus serviços para o engrandecimento do setor
industrial do Estado.
Agora, parece que a
Fieap não faz falta. O que houve um complô engendrado para desmoralizar a
instituição, seus dirigentes e trabalhadores.
Mas um dia essa
organização sindical de grau superior vai voltar e retomar o seu caminho, para
lutar pela recuperação do que perdeu nesse tempo junto com a população
trabalhadora desse Estado.
Os departamentos
regionais do SESI e do SENAI funcionam de forma ilegítima, atendem aqueles que
não estão no rol dos seus objetivos e se transformaram em uma instituição
pública, alimentada com o capital privado, aqueles que as empresas recolhem na
folha de pagamento todos os meses: 1,5 % para o SESI e 1,0% para o SENAI. Uma
montanha de dinheiro que desperta a voracidade de muitos, todas as vezes que
sabe de quando, um e outro, tem em conta, aplicado ou disponível na corrente.
A esperança para a
indústria local e para os que dela fazem o seu modo de ganho, é que o Sistema
Fieap volte a funcionar, retome seu verdadeiro rumo, trabalhando para o
desenvolvimento do Amapá e de seu povo.
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