sábado, 22 de outubro de 2011

AS PRAÇAS

Rodolfo Juarez
Entendo que não é demais insistir em uma coisa que é importante para toda a população – a necessidade de se ter um plano de desenvolvimento urbano para as cidades do Estado do Amapá.
Macapá precisa; Santana precisa; Laranjal do Jari precisa; Oiapoque precisa; e todas as outras cidades precisam dispor de um plano para que haja contenção dos problemas que hoje já superam a capacidade das prefeituras municipais resolvê-los.
Já passou da hora das autoridades do Estado, inclusive os deputados estaduais, compreender o que está acontecendo e estabelecer limites técnicos e legais para que o governador, os prefeitos, os vereadores e a população possam ter um sentido que indique como a cidade pode crescer sem prejudicar mais o já prejudicado sistema urbano.
Apenas a guisa de exemplo, hoje é dia da praça, um dos equipamentos mais importantes do sistema urbano de qualquer cidade, de qualquer parte do mundo.
Nas praças estão as garantias de que a qualidade de vida de uma determinada área da cidade não vai ser prejudicada e, mais, que há grandes possibilidades dessa mesma qualidade de vida ser melhorada, desde que se dote a praça dos elementos que possam estar a serviço dessa melhoria.
Mas, lamentavelmente, em nenhuma das principais cidades do Estado do Amapá se tem qualquer trabalho que indique que há projeção para a implantação de praça ou reserva de áreas para implantação delas.
Uma cidade não pode viver apenas de moradias, de ruas e avenidas, de carros, de locais de negócios. A cidade precisa ser preparada para as pessoas.
Em Macapá, a construção da Praça do Forte – o lugar bonito – foi a última investida feita pelos gestores no sentido de melhorar o ambiente na cidade. E o resultado foi espetacular e só não está melhor por causa do desleixo dos responsáveis pela manutenção do que foi entregue para a população no dia da inauguração.
Outros exemplos, conforme o tempo e o tamanho da população são lembrados todos os dias como a Praça Barão, desde a sua primeira implantação, a Praça da Bandeira, a Praça Floriano Peixoto, a Praça Nossa Senhora da Conceição, o Complexo do Araxá.
Mas já estão sendo completados 10 anos que não se inicia qualquer obra nesse sentido. As praças, ao contrário, foram mal interpretadas, na sua função, pelos administradores que acabaram reduzindo a sua utilização para os peladeiros nas tais “arenas” que não cumpriram nem a restrita finalidade incorporada nos projetos.
E não venham com a justificativa de que a construção de praças é uma atribuição da Prefeitura do Município.
Qual das grandes praças foi construída com verbas do Município?
Nenhuma delas.
Todas as praças começaram a ser construídas pela sensibilidade dos gestores da época: Janary, Henning, Barcellos, João Capiberibe. O governador Barcellos chegou a ser chamado de “Zé pracinha” por aqueles que não entendiam o compromisso público que ele tinha e a responsabilidade que sabia ser sua para resolver um problema importante e que era de todos.
Os gestores de agora: ou lembram as praças ou serão esquecidos para sempre.

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