segunda-feira, 17 de outubro de 2011

CARTA ABERTA

Rodolfo Juarez
Senhores dirigentes que têm interesse e ingerência, direta ou indireta no desenvolvimento do Estado do Amapá, especialmente aqueles que estão com atribuições conferidas pela população, que lhes deu mandato eletivo, prestem a atenção para o atual estágio em que se encontra o Amapá.
Governador, vice-governadora, senadores, deputadas e deputadas federais, deputados e deputadas estaduais, vereadoras e vereadores, prefeitas e prefeitos, vice-prefeitas e vice-prefeitos, as senhoras e os senhores ocupam 221 cargos eletivos conferidos pelos eleitores, todos de igual relevância e cada um com um papel bem definido nas Leis Orgânicas Municipais, na Constituição do Estado do Amapá e na Constituição Federal.
As disputas pessoais não estão servindo para nada de bom. O resultado dessas disputas pessoais, a cada dia, apresenta resultados duvidosos e que não correspondem às necessidades da população.
O governador do Estado, Camilo Capiberibe, que assumiu no começo do ano, dá a impressão que enfrenta um fantasma, do qual não consegue se libertar – o tamanho do Governo; a vice-governadora Dora, não convenceu o próprio governador Camilo, que pode ser um bom parceiro, atuando proativamente e decidindo questões próprias do Governo.
Entre os senadores, a disputa que está instalada na luta direta por uma das vagas, entre Gilvan Borges e João Capiberibe, emperra a confiança dos demais agentes públicos e, até, dos dois parlamentares que ficam de mãos atadas e sem condições de decidir, inclusive as questões atuais.
Os outros dois senadores, um ocupadíssimos com a gestão da República e o novel, ainda procurando a altura da sua voz para influir nas decisões dos executivos do Governo Federal.
Os deputados federais, em outros tempos, já apresentaram melhores resultados. Foram mui mais ativos. Até quando era apenas um, ou quando foram dois, ou quatro, os resultados eram muito mais eficazes. O momento dos deputados federais do Estado do Amapá não é dos melhores.
Entre os deputados estaduais a questão não está bem sincronizada, apesar do esforço muito grande para “vender” a imagem para a população e até para os outros poderes de que tudo vai muito bem, se sustentando na hipótese – que é verdadeira – de que as coisas estão melhores do que na legislatura anterior. Mas isso não é suficiente.
Os deputados estaduais têm tido dificuldades para apoiar as medidas que o Governo precisa tomar no sentido de estruturar o Estado para poder desenvolver-se de acordo com as suas potencialidades e as suas necessidades.
Os prefeitos nunca estiveram tão dependentes do Governo do Estado. Dá a impressão que muitos gostam dessa situação, mesmo que as administrações tenham as suas mãos atadas cada vez mais e as suas bocas fechadas a maior parte do tempo, para não aborrecer o governador de plantão.
Os vereadores deixaram de ser aquela parcela de representantes que os eleitores mandaram para as respectivas Câmaras de Vereadores para representá-los. Não conseguem mais nada, a não ser aprovar as regras municipais de caráter obrigatório. Não há qualquer novidade ou qualquer inovação.
Todos os senhores precisam avaliar a situação do Estado do Amapá, especialmente como está o seu povo e o seu governo, fazer uma trégua, colocar todos para trabalhar com o objetivo de devolver ao Estado, ao Governo e ao povo a confiança que há muito se foi.

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