sábado, 6 de dezembro de 2014

Mais uma chance

Rodolfo Juarez
A administração pública amapaense tem, outra vez, uma grande chance de se apresentar para a população e para o Brasil como administração eficiente, moderna e adequada aos tempos que exigem completa transparência dos gastos públicos.
Já faz algum tempo que o discurso não representa a prática dos administradores que, querendo ser populares acabam por adotar medidas que centralizam as decisões e dificultam o desenvolvimento de todos os setores.
Nem mesmo aqueles setores que são de direta responsabilidade do Estado, como o setor de serviços públicos, consegue ser modelo e apresentar-se como referência para aqueles setores que dependem de outras forças, principalmente as forças políticas e as forças empresariais.
A transparência, ao contrário do que é apresentada hoje, é uma necessidade administrativa muito mais eficiente para evitar os erros do que para apresentar esses erros para a população. Os erros podem ser maquiados, protegidos e enlatados ao ponto de nem serem percebidos. A prática de esconder ou dissimular os erros é muito presente e suficientemente estudado para ser eficiente.
É lamentável que seja assim!
Dessa forma a administração dispensa, sumariamente, a contribuição que a população pode dar a qualquer processo administrativo que esteja sendo colocado em prática, sem a retroalimentação necessária ao mais simples sistema de planejamento.
Aparentemente não há razão para se trabalhar com uma transparência tão embaçada, tão difícil de ser entendida, a não ser quando se buscam a desavença e a discórdia, temas que foram preferidos de alguns administradores nestes últimos anos da administração pública amapaense.
Para tornar eficiente a máquina estatal é preciso agir no começo dos mandatos, pois, de outra forma, quando a equipe “se acostumar com o padrão” as dificuldades serão bem maiores.
Abusar da simplicidade deve ser a regra. Aliás, faz tempo que a administração pública no estado do Amapá se mostra muito mais pela aparência do que pela eficiência.
Agora mesmo, no Natal, imaginando diminuir os pecados administrativos praticados durante todo o ano, os órgãos se apressam para parecerem interessados no povo, fazendo campanha de doações, cantatas natalinas e outras coisas do gênero.
Apesar de caber esse tipo de ação, seria muito melhor cultivar a racionalidade nos comportamentos e uma busca continuada da paz entre as pessoas que são responsáveis pela gestão dos órgãos do Estado e reconhecesse as dificuldades de todos, equalizando os comportamentos e deixando o individualismo de lado, entendendo as dificuldades que o povo está passando e, até empregados diretos e indiretos do Estado que estão tendo dificuldades para receber os seus salários.
Simplificar a administração amapaense, juntar o Amapá Real ao Amapá Virtual, que está desenhado na cabeça dos administradores, é uma necessidade que se impõe sob pena de continuar a perda de tempo, a pioria da qualidade de vida da população, o desentendimento entre os administradores e a falta de confiança nas propostas que são apresentadas pelos governantes.

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