Rodolfo Juarez
A
administração pública amapaense tem, outra vez, uma grande chance de se
apresentar para a população e para o Brasil como administração eficiente, moderna
e adequada aos tempos que exigem completa transparência dos gastos públicos.
Já faz
algum tempo que o discurso não representa a prática dos administradores que,
querendo ser populares acabam por adotar medidas que centralizam as decisões e
dificultam o desenvolvimento de todos os setores.
Nem
mesmo aqueles setores que são de direta responsabilidade do Estado, como o
setor de serviços públicos, consegue ser modelo e apresentar-se como referência
para aqueles setores que dependem de outras forças, principalmente as forças
políticas e as forças empresariais.
A
transparência, ao contrário do que é apresentada hoje, é uma necessidade
administrativa muito mais eficiente para evitar os erros do que para apresentar
esses erros para a população. Os erros podem ser maquiados, protegidos e
enlatados ao ponto de nem serem percebidos. A prática de esconder ou dissimular
os erros é muito presente e suficientemente estudado para ser eficiente.
É
lamentável que seja assim!
Dessa
forma a administração dispensa, sumariamente, a contribuição que a população
pode dar a qualquer processo administrativo que esteja sendo colocado em
prática, sem a retroalimentação necessária ao mais simples sistema de planejamento.
Aparentemente
não há razão para se trabalhar com uma transparência tão embaçada, tão difícil
de ser entendida, a não ser quando se buscam a desavença e a discórdia, temas
que foram preferidos de alguns administradores nestes últimos anos da administração
pública amapaense.
Para
tornar eficiente a máquina estatal é preciso agir no começo dos mandatos, pois,
de outra forma, quando a equipe “se acostumar com o padrão” as dificuldades
serão bem maiores.
Abusar
da simplicidade deve ser a regra. Aliás, faz tempo que a administração pública
no estado do Amapá se mostra muito mais pela aparência do que pela eficiência.
Agora
mesmo, no Natal, imaginando diminuir os pecados administrativos praticados
durante todo o ano, os órgãos se apressam para parecerem interessados no povo,
fazendo campanha de doações, cantatas natalinas e outras coisas do gênero.
Apesar
de caber esse tipo de ação, seria muito melhor cultivar a racionalidade nos
comportamentos e uma busca continuada da paz entre as pessoas que são responsáveis
pela gestão dos órgãos do Estado e reconhecesse as dificuldades de todos,
equalizando os comportamentos e deixando o individualismo de lado, entendendo
as dificuldades que o povo está passando e, até empregados diretos e indiretos
do Estado que estão tendo dificuldades para receber os seus salários.
Simplificar
a administração amapaense, juntar o Amapá Real ao Amapá Virtual, que está
desenhado na cabeça dos administradores, é uma necessidade que se impõe sob
pena de continuar a perda de tempo, a pioria da qualidade de vida da população,
o desentendimento entre os administradores e a falta de confiança nas propostas
que são apresentadas pelos governantes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário