Rodolfo Juarez
O final
de um mandato de governador de um estado dá oportunidade para que a comunidade
que tem condições de analisar cenários se pronuncie, em nome da população que
quer apenas o melhor, venha o governo que vier.
Mesmo
quando o administrador que sai tem pouco interesse em deixar as contas públicas
como é orientado pelas regras previstas em lei e noutras orientações com peso
de lei, é possível começar a nova gestão com noutro rumo, noutra direção,
sabendo que aquela adotada até agora, pouco ou nada se alinhou com o que
expectava a população.
O que a
equipe do governador Waldez Góes precisa ter em mente é que de nada vale
lamentar o passado ou dela fazer apoio para suas próprias iniciativas
administrativas, como também é preciso ter condições de reconhecer aqueles
pontos que estão orientados no rumo certo.
Ignorar
tudo. Partir para revanche. É um caminho que nunca deu certo, pois a estrutura
de uma administração estadual (ou municipal, ou federal) não reserva tempo para
revanche, uma vez que todo o tempo disponível é para enfrentar as necessidades
atuais e quanto mais novas, mais exigentes e mais avassaladoras.
Então,
seguir olhando para frente desde o primeiro minuto do tempo que assumir a
responsabilidade pelas questões do Estado deve ser uma regra a ser considerada.
O
governador deve desconfiar daqueles que deram errados em outras oportunidades,
evitar aqueles que dizem que têm solução para tudo, daqueles que não querem
discutir os detalhes da solução dos problemas, pois, certamente, estes estão de
frente para o passado, olhando o que se foi e sem saber o que tem pela frente.
Apesar
de todas as crises que são anunciadas por aliados do governo que começa no dia
primeiro de janeiro, o Estado do Amapá ainda tem jeito, basta tratar os
assuntos olhando para a população, reconhecer todas as suas estratificações,
mas, principalmente, atender às necessidades daqueles mais pobres que apesar de
nada dizerem, são os que mais precisam.
Enxugar
a máquina pública, juntando as competências e concentrando os gastos para que
os resultados apareçam, não para os administradores, mas para a população que
está – e com toda a razão – cansada de ver as promessas serem feitas e não
cumpridas ou pelo menos lembradas.
O povo
do Amapá já tem seus próprios problemas, mas também tem aqueles que conhecem
esses problemas e que sempre estiveram dispostos a contribuir com os
administradores, aproveitando o conhecimento e a competência que têm e que já
foram ou não exercitadas.
O
governo sozinho não dá conta de resolver os seus problemas. Nesse momento todas
as forças da sociedade, ativas ou inertes, precisam ser direcionadas para ficar
na corrente de desenvolvimento que pode levar o Estado para um lugar
minimamente seguro e com aeração adequada à vida de sua população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário