terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Não há tempo para revanche

Rodolfo Juarez
O final de um mandato de governador de um estado dá oportunidade para que a comunidade que tem condições de analisar cenários se pronuncie, em nome da população que quer apenas o melhor, venha o governo que vier.
Mesmo quando o administrador que sai tem pouco interesse em deixar as contas públicas como é orientado pelas regras previstas em lei e noutras orientações com peso de lei, é possível começar a nova gestão com noutro rumo, noutra direção, sabendo que aquela adotada até agora, pouco ou nada se alinhou com o que expectava a população.
O que a equipe do governador Waldez Góes precisa ter em mente é que de nada vale lamentar o passado ou dela fazer apoio para suas próprias iniciativas administrativas, como também é preciso ter condições de reconhecer aqueles pontos que estão orientados no rumo certo.
Ignorar tudo. Partir para revanche. É um caminho que nunca deu certo, pois a estrutura de uma administração estadual (ou municipal, ou federal) não reserva tempo para revanche, uma vez que todo o tempo disponível é para enfrentar as necessidades atuais e quanto mais novas, mais exigentes e mais avassaladoras.
Então, seguir olhando para frente desde o primeiro minuto do tempo que assumir a responsabilidade pelas questões do Estado deve ser uma regra a ser considerada.
O governador deve desconfiar daqueles que deram errados em outras oportunidades, evitar aqueles que dizem que têm solução para tudo, daqueles que não querem discutir os detalhes da solução dos problemas, pois, certamente, estes estão de frente para o passado, olhando o que se foi e sem saber o que tem pela frente.
Apesar de todas as crises que são anunciadas por aliados do governo que começa no dia primeiro de janeiro, o Estado do Amapá ainda tem jeito, basta tratar os assuntos olhando para a população, reconhecer todas as suas estratificações, mas, principalmente, atender às necessidades daqueles mais pobres que apesar de nada dizerem, são os que mais precisam.
Enxugar a máquina pública, juntando as competências e concentrando os gastos para que os resultados apareçam, não para os administradores, mas para a população que está – e com toda a razão – cansada de ver as promessas serem feitas e não cumpridas ou pelo menos lembradas.
O povo do Amapá já tem seus próprios problemas, mas também tem aqueles que conhecem esses problemas e que sempre estiveram dispostos a contribuir com os administradores, aproveitando o conhecimento e a competência que têm e que já foram ou não exercitadas.

O governo sozinho não dá conta de resolver os seus problemas. Nesse momento todas as forças da sociedade, ativas ou inertes, precisam ser direcionadas para ficar na corrente de desenvolvimento que pode levar o Estado para um lugar minimamente seguro e com aeração adequada à vida de sua população.

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