Rodolfo Juarez
É muito
séria a questão dos que precisam se valer do Programa Tratamento Fora de
Domicílio para continuar com esperança de cura, principalmente quando a doença
é o câncer, que é majoritária na comparação com outros males.
Para
enfrentar esse tipo de problema, além de ser autoridade pública, é preciso que
a pessoa que esteja investida nesses cargos, seja sensível, reconheça a
premente necessidade de que todas as outras pessoas têm para serem atendidas
pelo programa e principalmente, demonstre um mínimo de respeito à pessoa
humana.
Não se
trata de responsabilidade de um setor, uma seção, ou uma repartição da unidade
pública de saúde, se trata isso sim, do envolvimento de todos, desde o
secretário de estado, ou mesmo o governador, até aquele que vai acompanhar o doente
para receber o tratamento que o Estado, como ente, não consegue oferecer.
Está
claro que, economicamente, tudo indica que tomar as providências para que o
Estado possa atender a sua população é o caminho mais certo e que, os casos
excepcionais, esses sim, sejam tratados em centros mais avançados.
É
importante o agente público que é responsável por qualquer parte do atendimento
ao necessitado doente, entenda que está preservando um direito que está posto
nas regras definidas na Constituição Federal, aceita pelos governantes e
esperança dos contribuintes.
Não
podem os agentes públicos, continuarem errando tanto, deixando as questões se
avolumarem, ao ponto de criar mais problemas para aqueles que já têm um
problema maior – um problema de saúde.
A
situação problemática do tratamento fora de domicilio não é de agora, deste
governo, é seguramente um problema de estado e que ganha prioridade devido às
condições que foram permitidas chegar o cenário.
Agora
uma coisa é certa, um governo que não consegue domar um problema dessa monta
está muito longe de domar problemas mais graves e que precisam de decisões
difíceis e feitas no limite da regra. Esse não. É um problema escancarado, no
âmago do governo e que consegue alimentar as dificuldades da administração e a gordura
da rejeição dos governantes.
Otimizar
o tempo é uma das providências iniciais dos gestores públicos. Em regra não há
tempo a perder com problemas que estariam resolvidos se bem cuidados fossem.
Afinal ninguém quer sofrer, ninguém quer dor, mas ninguém quer também, ser
deixado pelos cantos, abandonado pelo Estado.
Um
problema que se resolve apenas com boa vontade, com dedicação, com
responsabilidade.
Entender
que não tem tempo para esperar deve ser a regra dos que assumiram a
responsabilidade, sem ter que alegar as regras, acordos feitos com quem pode
pela metade, muito menos que isso, com agentes públicos que não estão lotados
na área de saúde.
Se não
tiver capacidade de compreender a necessidade dos doentes, que compreenda a dor
que eles sentem e das respectivas famílias.
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