quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

TFD e o caos

Rodolfo Juarez
É muito séria a questão dos que precisam se valer do Programa Tratamento Fora de Domicílio para continuar com esperança de cura, principalmente quando a doença é o câncer, que é majoritária na comparação com outros males.
Para enfrentar esse tipo de problema, além de ser autoridade pública, é preciso que a pessoa que esteja investida nesses cargos, seja sensível, reconheça a premente necessidade de que todas as outras pessoas têm para serem atendidas pelo programa e principalmente, demonstre um mínimo de respeito à pessoa humana.
Não se trata de responsabilidade de um setor, uma seção, ou uma repartição da unidade pública de saúde, se trata isso sim, do envolvimento de todos, desde o secretário de estado, ou mesmo o governador, até aquele que vai acompanhar o doente para receber o tratamento que o Estado, como ente, não consegue oferecer.
Está claro que, economicamente, tudo indica que tomar as providências para que o Estado possa atender a sua população é o caminho mais certo e que, os casos excepcionais, esses sim, sejam tratados em centros mais avançados.
É importante o agente público que é responsável por qualquer parte do atendimento ao necessitado doente, entenda que está preservando um direito que está posto nas regras definidas na Constituição Federal, aceita pelos governantes e esperança dos contribuintes.
Não podem os agentes públicos, continuarem errando tanto, deixando as questões se avolumarem, ao ponto de criar mais problemas para aqueles que já têm um problema maior – um problema de saúde.
A situação problemática do tratamento fora de domicilio não é de agora, deste governo, é seguramente um problema de estado e que ganha prioridade devido às condições que foram permitidas chegar o cenário.
Agora uma coisa é certa, um governo que não consegue domar um problema dessa monta está muito longe de domar problemas mais graves e que precisam de decisões difíceis e feitas no limite da regra. Esse não. É um problema escancarado, no âmago do governo e que consegue alimentar as dificuldades da administração e a gordura da rejeição dos governantes.
Otimizar o tempo é uma das providências iniciais dos gestores públicos. Em regra não há tempo a perder com problemas que estariam resolvidos se bem cuidados fossem. Afinal ninguém quer sofrer, ninguém quer dor, mas ninguém quer também, ser deixado pelos cantos, abandonado pelo Estado.
Um problema que se resolve apenas com boa vontade, com dedicação, com responsabilidade.
Entender que não tem tempo para esperar deve ser a regra dos que assumiram a responsabilidade, sem ter que alegar as regras, acordos feitos com quem pode pela metade, muito menos que isso, com agentes públicos que não estão lotados na área de saúde.
Se não tiver capacidade de compreender a necessidade dos doentes, que compreenda a dor que eles sentem e das respectivas famílias.

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