Rodolfo
Juarez
O país
e naturalmente o Amapá, está vivendo uma das maiores crises políticas,
econômicas e éticas já registradas neste século. Os problemas se agigantam com
a diminuição da capacidade de reação do Governo Central e a permanente ameaça
de aumento de impostos e queda na qualidade dos serviços para os contribuintes
que ficam sem saber o que fazer.
Aliás,
até que poderiam saber o que precisam fazer, mas sempre esperam que os seus
dirigentes e representantes se antecipem e ajam por eles, conforme está
disposto nas regras administrativas do Brasil.
O
dragão da inflação se apresenta voraz depois de ter sido mantido distante dos
interesses dos brasileiros por muito tempo. Desperta com vontade e testa o
sempre descuidado e desprevenido gestor brasileiros que, voltado para um “tal”
Plano de Poder, deixa de se preparar para as emergências e de entender que nem
sempre dá para continuar no rumo que tinha escolhido para orientar o governo
que tem a responsabilidade de dirigir.
O
problema desce para as partes do Brasil e seus entes federativos que, da mesma
forma como os da administração federal, também são apanhados desprevenidos e
insistindo no enfrentamento a nova “guerra” com as armas que não tem na
atualidade.
Ninguém
abdica dos seus projetos pessoais. Ninguém larga os meios que a mordomia dos
cargos que ocupam oferece. Dá a impressão que os problemas são apenas dos
outros e nada têm a ver com a Administração do Estado.
Qualquer
dos que formam a população amapaense estão dispostos ao sacrifício desde que
observem que o Governo do Estado e seus vinculados também demonstrem que estão
dispostos a modificar os hábitos, adaptando-os à realidade.
Retirar
a mordomia, em tempo de necessidades como agora, onde a Receita Pública teima
em não chegar aos patamares previstos, deixando o tacho raspado todo final de
mês, seria uma das medidas possíveis e imediatas.
Enxugar
os salários seria outra medida que ofereceria imediato resultado como também
extinguir as diárias, ajuda de custo, disponibilidade de combustível para
burocratas e os veículos que usam e são pagos com o dinheiro do contribuinte,
também seria uma medida desejada e possível, sem qualquer sacrifício para as
famílias.
O
Governo, como as demais instituições mantidas com orçamento cuja receita tenha
origem no que paga o contribuinte em tributos, tinha que adaptar aos tempos
atuais, redefinindo as suas condições para continuar existindo, exatamente como
estão fazendo as famílias e as empresas.
As
famílias estão dando o grande exemplo para os gestores!
Os
chefes de família estão se desdobrando, procurando alternativas, cortando
despesas e buscando novas receitas para que o padrão de vida não modifique; os
empresários estão cortando custos, trinando melhor as suas equipes; aprimorando
o seu processo de compras e, de todas as formas, buscando a eficácia das suas
ações.
Por que
o Estado não faz isso?
Os
prefeitos dos pequenos municípios, tão acostumados a viver no limite, já
conhecem bem os termos carência e crise. Sabem que não poder oferecer emprego,
não poder contratar e não fazer o até o que precisa ser feito; as dificuldades
agora são para os demais prefeitos e os governadores e suas respectivas
equipes.
Por que
é muito difícil para estes dirigentes?
O
clientelismo ou a “tal” da governabilidade são mais fortes do que às
necessidades da população?
Por que
construir um estado fantasioso, ou um município fantasioso, onde os problemas
são jogados para debaixo dos tapetes, sem tentar encontrar as soluções para os
problemas?
Os
governantes do Amapá vivem essa crise de identidade, dando a impressão que não
percebem o que está acontecendo, a não ser no final do mês quando soma as
colunas da receita e da despesa e vê, de olhos arregalados, que as despesas
estão maiores que as receitas.
Um choque
de realidade é necessário para salvar o resta, inclusive a raspa da confiança
da população em seus dirigentes.
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