Rodolfo Juarez
Estamos
vivendo um período da historia do Amapá onde os objetivos não são definidos, os
gestores estão sem rumo e a população observando que, com esse modelo de
gestão, as perspectivas não existem.
Noutros
tempos, quando ainda nem éramos território federal, tínhamos o grande plano de
sermos uma unidade da Federação, com a população sendo tratada como uma
sociedade que necessitava avançar no rumo do progresso.
O
resultado desse objetivo foi criação do Território Federal do Amapá em setembro
de 1943 e assim passamos 47 anos sempre sonhando em ser um Estado da Federação
o que aconteceu com a Constituição de 1988 e o governo provisório de sete meses
até a posse do primeiro governador eleito, o que aconteceu no primeiro dia do
ano de 1991.
De lá
para cá a população tinha o sonho de ver estruturado o Estado, com o pleno
funcionamento dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, além dos órgãos
auxiliares como o Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público do
Estado. Isso aconteceu.
Percebam:
sempre um objetivo, sempre uma busca pela estruturação dos organismos que
poderiam dar à sociedade a certeza de que valia a pena trabalhar e contribuir.
Evidente
que nessa construção foram explorados vários modelos, várias ideologias.
Algumas se fortaleceram, outras ficaram pelo caminho, descartadas pela
sociedade, por não ter se adaptado às necessidades da população.
As
organizações federais foram recepcionadas e se instalaram com estruturas
preliminares, mas com planos e objetivos de crescimento. E isso aconteceu... Ai
estão: a Justiça Federal, a Justiça do Trabalho, o Ministério Publico Federal,
a Polícia Federal e outros organismos que completavam os objetivos definidos
pela população.
Completamos
25 anos de emancipação política e, neste momento, estamos ao que parece,
completamente sem rumo. Não está claro o que a sociedade quer para o futuro, a
não ser que seja dado um basta na gastança em um Estado que se agigantou como
resultado de uma obra que não teve acabamento e que ainda precisa de alguns
ajustes para satisfazer as necessidades dela mesma.
O nosso
conjunto estrutural já foi melhor. A sociedade já esteve mais satisfeita, mas
agora debate-se em reclamações de todas as ordens, inclusive aquelas que jamais
imaginaram proteger como, por exemplo, a certeza de que o servidor público não
teria problema para receber os seus salários.
O mais
grave é que o desmantelo que era localizado está se distribuindo pelas áreas
mais sensíveis das administrações e que sempre receberam o carimbo de
prioritárias como a saúde, a educação e a segurança pública.
Quando
esse tripé não funciona, todos os comportamentos sociais são afetados, a
desesperança toma conta da população e a agonia se instala nas administrações
que muda a linguagem de planejamento para crise, escondendo a incompetência de
uma equipe que pode estar até preparada para atuar individualmente, mas que se
vê em um labirinto difícil de encontra as saídas e sem qualquer repartição de
responsabilidade.
Os descuidos
se transformam em erros e as esperanças desaparecem, inclusive naqueles que
estão com a responsabilidade de mostra que o Amapá continua viável e ainda pode
encontrar o rumo certo.
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