domingo, 11 de setembro de 2016

Eleições 2016 no Estado do Amapá: "puxadores" e "buchas"

Rodolfo Juarez
As eleições do dia 2 de outubro se aproximam celeremente para os candidatos e apoiadores e vagarosamente para o eleitor.
São dois pontos de vistas que bem demonstram o sentimento atual que tem o eleitor e a população, no enfrentamento desse momento, tão importante, mas que carrega uma carga de dúvidas muito grande, devido os últimos acontecimentos que estão comprometendo políticos importantes e partidos de ponta da política nacional.
Esse comprometimento avança sobre o entendimento do eleitor que demonstra não querer errar, mas sabe que não tem o tempo que precisaria para avaliar cada candidato.
A campanha dos candidatos poderia ser mais esclarecedora, entretanto, o que se vê são os mesmos promesseiros de outros tempos, sem que seja notada a presença de cientistas ou estudiosos políticos que possam estrutura uma campanha que desperte o interesse da população.
Equívocos são ditos pelos candidatos nos programas ditos gratuitos da televisão, mas que são pagos com o dinheiro da população na forma de cota partidária para as campanhas e que constam do orçamento da União, alimentadas pelos contribuintes que estão tendo dificuldades para comprar o “pão de cada dia”.
Mas, pelo menos nestas eleições, ainda é assim.
Até agora sem grandes novidades ou elementos que possam indicar mudança futuras de curto prazo ou de qualquer prazo. As figurinhas carimbadas, influentes nos partidos políticos, continuam mostrando a sua força e o seu domínio no momento da indicação e, pior, não alimentando as medidas que possam modernizar a campanha política e facilitar a escolha do eleitor.
Está evidente nessa campanha a vontade dos que estão no poder em eleger os seus xerimbabos, não pensando na missão institucional que o povo lhe incumbe, mas na próxima eleição, para usá-lo como cabo eleitoral e mantê-lo no privilegiado cargo em que se encontra e que pouco compromisso tem com a população e com as organizações democráticas.
A profusão de candidatos ao cargo de vereador na Câmara Municipal de Macapá é o resultado desse modo de fazer campanha: “primeiro os meus interesses depois, se der, os interesses da população”.
As vinte e três cadeiras (ou poltronas) que estão no Plenário da Câmara Municipal de Macapá esperam pelos 23 candidatos escolhidos pelo povo no dia 2 de outubro.
Essa escolha será feita obedecendo uma regra – muitas vezes contestadas – mas que persiste: a regra da proporcionalidade. Isso quer dizer que pode acontecer de um candidato ser mais votado que o outro, mas não será considerado eleito. Essa é a regra e que todos os concorrentes devem conhecer e o eleitor precisa entender.
Este ano as disputas para as cadeiras (ou poltronas) de vereador serão realizadas em 13 grupos: 10 coligações e 3 partidos que não coligaram e, por isso, disputam as vagas sem alianças – são os conhecidos partidos “solteiros”.
Esta amplitude pode levar a eleições pelas intrincadas contas que começam com o quociente eleitoral estimado, para as eleições deste ano no município de Macapá, entorno de nove mil e oitocentos votos válidos.

É o período das contas, dos “puxadores”, dos “buchas”. Com relação aos importantes, mas precisa de cuidado para não se transformar em um “puxador”.

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