Rodolfo Juarez
As
eleições do dia 2 de outubro se aproximam celeremente para os candidatos e
apoiadores e vagarosamente para o eleitor.
São
dois pontos de vistas que bem demonstram o sentimento atual que tem o eleitor e
a população, no enfrentamento desse momento, tão importante, mas que carrega
uma carga de dúvidas muito grande, devido os últimos acontecimentos que estão
comprometendo políticos importantes e partidos de ponta da política nacional.
Esse comprometimento
avança sobre o entendimento do eleitor que demonstra não querer errar, mas sabe
que não tem o tempo que precisaria para avaliar cada candidato.
A
campanha dos candidatos poderia ser mais esclarecedora, entretanto, o que se vê
são os mesmos promesseiros de outros tempos, sem que seja notada a presença de
cientistas ou estudiosos políticos que possam estrutura uma campanha que
desperte o interesse da população.
Equívocos
são ditos pelos candidatos nos programas ditos gratuitos da televisão, mas que
são pagos com o dinheiro da população na forma de cota partidária para as
campanhas e que constam do orçamento da União, alimentadas pelos contribuintes
que estão tendo dificuldades para comprar o “pão de cada dia”.
Mas,
pelo menos nestas eleições, ainda é assim.
Até
agora sem grandes novidades ou elementos que possam indicar mudança futuras de
curto prazo ou de qualquer prazo. As figurinhas carimbadas, influentes nos
partidos políticos, continuam mostrando a sua força e o seu domínio no momento
da indicação e, pior, não alimentando as medidas que possam modernizar a
campanha política e facilitar a escolha do eleitor.
Está
evidente nessa campanha a vontade dos que estão no poder em eleger os seus
xerimbabos, não pensando na missão institucional que o povo lhe incumbe, mas na
próxima eleição, para usá-lo como cabo eleitoral e mantê-lo no privilegiado
cargo em que se encontra e que pouco compromisso tem com a população e com as
organizações democráticas.
A
profusão de candidatos ao cargo de vereador na Câmara Municipal de Macapá é o
resultado desse modo de fazer campanha: “primeiro os meus interesses depois, se
der, os interesses da população”.
As
vinte e três cadeiras (ou poltronas) que estão no Plenário da Câmara Municipal
de Macapá esperam pelos 23 candidatos escolhidos pelo povo no dia 2 de outubro.
Essa
escolha será feita obedecendo uma regra – muitas vezes contestadas – mas que
persiste: a regra da proporcionalidade. Isso quer dizer que pode acontecer de
um candidato ser mais votado que o outro, mas não será considerado eleito. Essa
é a regra e que todos os concorrentes devem conhecer e o eleitor precisa
entender.
Este
ano as disputas para as cadeiras (ou poltronas) de vereador serão realizadas em
13 grupos: 10 coligações e 3 partidos que não coligaram e, por isso, disputam
as vagas sem alianças – são os conhecidos partidos “solteiros”.
Esta
amplitude pode levar a eleições pelas intrincadas contas que começam com o
quociente eleitoral estimado, para as eleições deste ano no município de
Macapá, entorno de nove mil e oitocentos votos válidos.
É o
período das contas, dos “puxadores”, dos “buchas”. Com relação aos importantes,
mas precisa de cuidado para não se transformar em um “puxador”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário