quinta-feira, 24 de maio de 2018

A injusta política de preços da Petrobrás


Rodolfo Juarez
A população brasileira começa a perceber a importância das políticas pública que os governos, em todos os níveis adotam.
Bastaram três dias de paralisação nos meios de transportes de bens essenciais, inclusive os perecíveis, para que houvesse o surgimento de desvios de conduta, como uma espécie de vingança do povo contra os erros que os governos acumularam nos últimos anos.
Está claro demais que o motivo atual é a falta de contrapesos na política de preços adotada pelo Petrobras, no sentido de mostrar-se viável e de vingar-se do mal que lhe foi imposto pelos seus dirigentes anteriores e que formam no primeiro time dos punidos pela Operação Lava-Jato.
A alta automática do combustível pode ser comercialmente um caminho, mas mostra-se socialmente injusta e não pode ser considerado um assunto indiscutível.
Afinal, onde está o principio social da empresa?
A resolução do problema da Petrobrás não se reduz à aritmética, ou pode ser resolvido por uma equação do primeiro grau. A situação é complexa e como tal exige soluções complexas para recuperação do prestígio e do próprio patrimônio, mas sem acabar com o patrimônio da população ou inviabilizar a atual qualidade de vida do povo que, convenhamos, não está ente as melhores do mundo.
Quem tem razão não é o caso. O caso é dos dirigentes que estão instalados no diversos governos na Federação, entre eles presidente da República, governadores de Estado e prefeitos municipais, além dos parlamentares que adotaram a criminosa conduta de não votar as regras que poderiam ter evitado essa situação.
Mesmo nesse turbilhão onde até os alimentos são atingidos, seja na comercialização, seja na qualidade ou na quantidade, ainda há políticos que continuam pensando na reeleição, querendo esconder a sua incompetência para contribuir com a solução do problema que não foi conhecido agora, mas desde muito tempo tinha por obrigação de estar observando.
A paralisação dos transportadores de carga é o única meio que encontraram para ser ouvidos. Já fazia tempo que viam seus caminhões serem levados por bandidos e “desovados” sob o olhar daqueles que deveriam estar prontos para evitar os saques.
 No final a população vai arcar com esse prejuízo, o vai absorver deixando de comprar o que precisa para a própria alimentação, não só porque o preço vai subir, mas também por sempre estar disposto a acreditar que o Brasil pode melhorar.
Os donos de postos de combustíveis, em muitos casos e em diversos lugares do país, aproveitam a oportunidade para extorquir o consumidor, praticando preços injustos sob qualquer aspecto analisado.
Os mais de 200 milhões de brasileiros mesmo atentos a tudo, estão sempre tendo que assumir os resultados ruins de uma política injustificada, praticada por aproveitadores e administradores incapazes de resolver os problemas quando eles dominam a cena. 

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