Rodolfo Juarez
A
população brasileira começa a perceber a importância das políticas pública que
os governos, em todos os níveis adotam.
Bastaram
três dias de paralisação nos meios de transportes de bens essenciais, inclusive
os perecíveis, para que houvesse o surgimento de desvios de conduta, como uma
espécie de vingança do povo contra os erros que os governos acumularam nos
últimos anos.
Está
claro demais que o motivo atual é a falta de contrapesos na política de preços
adotada pelo Petrobras, no sentido de mostrar-se viável e de vingar-se do mal
que lhe foi imposto pelos seus dirigentes anteriores e que formam no primeiro
time dos punidos pela Operação Lava-Jato.
A alta
automática do combustível pode ser comercialmente um caminho, mas mostra-se
socialmente injusta e não pode ser considerado um assunto indiscutível.
Afinal,
onde está o principio social da empresa?
A
resolução do problema da Petrobrás não se reduz à aritmética, ou pode ser
resolvido por uma equação do primeiro grau. A situação é complexa e como tal
exige soluções complexas para recuperação do prestígio e do próprio patrimônio,
mas sem acabar com o patrimônio da população ou inviabilizar a atual qualidade
de vida do povo que, convenhamos, não está ente as melhores do mundo.
Quem
tem razão não é o caso. O caso é dos dirigentes que estão instalados no
diversos governos na Federação, entre eles presidente da República,
governadores de Estado e prefeitos municipais, além dos parlamentares que
adotaram a criminosa conduta de não votar as regras que poderiam ter evitado
essa situação.
Mesmo
nesse turbilhão onde até os alimentos são atingidos, seja na comercialização,
seja na qualidade ou na quantidade, ainda há políticos que continuam pensando
na reeleição, querendo esconder a sua incompetência para contribuir com a
solução do problema que não foi conhecido agora, mas desde muito tempo tinha
por obrigação de estar observando.
A
paralisação dos transportadores de carga é o única meio que encontraram para
ser ouvidos. Já fazia tempo que viam seus caminhões serem levados por bandidos
e “desovados” sob o olhar daqueles que deveriam estar prontos para evitar os
saques.
No final a população vai arcar com esse
prejuízo, o vai absorver deixando de comprar o que precisa para a própria
alimentação, não só porque o preço vai subir, mas também por sempre estar
disposto a acreditar que o Brasil pode melhorar.
Os
donos de postos de combustíveis, em muitos casos e em diversos lugares do país,
aproveitam a oportunidade para extorquir o consumidor, praticando preços
injustos sob qualquer aspecto analisado.
Os mais
de 200 milhões de brasileiros mesmo atentos a tudo, estão sempre tendo que
assumir os resultados ruins de uma política injustificada, praticada por aproveitadores
e administradores incapazes de resolver os problemas quando eles dominam a
cena.
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