quarta-feira, 2 de maio de 2018

Amapá marca passo enquanto a população cresce


Rodolfo Juarez
O Estado do Amapá já ultrapassou a marca dos oitocentos mil habitantes e a cidade de Macapá já supera a marca dos quatrocentos e cinquenta mil.
Números que exigem maior concentração de esforços e mais profissionalismo na solução dos problemas que vêm se acumulando desde quando essa unidade da Federação ganhou o status de Estado.
As eleições de 2018 são para o Amapá a mais importante de todos os tempos, não só pela realidade que está posta, mas pela necessidade de definir qual a estratégia de desenvolvimento que servirá de orientação para os próximos dez anos.
Estamos desacostumados de trabalhar com planos. Qualquer plano!
Deixamos tudo para ser resolvido sem a definição metas ou de referências que possam medir o desempenho da gestão pública. O que interessa para todos. As soluções são departamentalizadas, as ações são pontuais, quando são, e essa estratégia não tem oferecido resultados satisfatórios, tanto que os problemas de antes, continuam problemas de antes e sempre se cria novos problemas e isso em todas as áreas da administração do Estado do Amapá.
Não existe a capacidade de coordenar interesses, definir prioridades ou, pelo menos, indicar caminhos comuns, mesmo que as responsabilidades continuem separadas, divididas, ou individualizadas.
Prevalece a desconfiança, o atendimento pela metade, a satisfação imediata. Está muito difícil de trabalhar uma ação conjunta para que haja uma recompensa estável e duradoura para a população.
Os exemplos estão nos serviços prestados, onde a população já separa, no mesmo Estado, órgãos que funcionam e órgãos que não funcionam. Percebe que o coordenador geral que escolheu não coordena nada, está submetido, por uma série de circunstâncias às indicações de outros que, em tese, teria o mesmo interesse que o coordenador.
Nem os próprios auxiliares imediatos agem em nome de todos. Dá a clara preferência para agir em nome de grupos, às vezes responsáveis pela indicação para um cargo público chave na gestão ou para receber um gordo salário.
Foi assim que o Estado perdeu a distribuição de energia, está sem condições de melhora o serviço de distribuição de água, de coletar esgoto, de melhorar o sistema estadual de saúde, de dar condições para o sistema estadual de educação, a segurança pública se vira pelo profissionalismo e pela necessidade do cumprimento de rígido regulamento.
As obras paradas, a incapacidade de assumir qualquer plano municipal, prejudicam o ambiente urbano estadual e a insegurança nas regras ambientais locais freia o desenvolvimento do setor e de outros que lhes são diretamente dependentes e que tateiam nos labirintos burocráticos difíceis de serem superados.
Os administradores amapaenses, de todas as áreas, precisam descobrir a melhor forma de trabalhar em conjunto, de buscar o mesmo objetivo, pois, nesse momento o que menos interessa para a população daqui é a supremacia de um órgão sobre o outro, pois, sabe, que o setor mais frágil é aquele que precisa ser manter incólume, uma vez que a corrente é a mesma.

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