Rodolfo Juarez
O
Estado do Amapá já ultrapassou a marca dos oitocentos mil habitantes e a cidade
de Macapá já supera a marca dos quatrocentos e cinquenta mil.
Números
que exigem maior concentração de esforços e mais profissionalismo na solução
dos problemas que vêm se acumulando desde quando essa unidade da Federação
ganhou o status de Estado.
As
eleições de 2018 são para o Amapá a mais importante de todos os tempos, não só
pela realidade que está posta, mas pela necessidade de definir qual a
estratégia de desenvolvimento que servirá de orientação para os próximos dez
anos.
Estamos
desacostumados de trabalhar com planos. Qualquer plano!
Deixamos
tudo para ser resolvido sem a definição metas ou de referências que possam
medir o desempenho da gestão pública. O que interessa para todos. As soluções
são departamentalizadas, as ações são pontuais, quando são, e essa estratégia
não tem oferecido resultados satisfatórios, tanto que os problemas de antes,
continuam problemas de antes e sempre se cria novos problemas e isso em todas
as áreas da administração do Estado do Amapá.
Não
existe a capacidade de coordenar interesses, definir prioridades ou, pelo
menos, indicar caminhos comuns, mesmo que as responsabilidades continuem
separadas, divididas, ou individualizadas.
Prevalece
a desconfiança, o atendimento pela metade, a satisfação imediata. Está muito
difícil de trabalhar uma ação conjunta para que haja uma recompensa estável e
duradoura para a população.
Os
exemplos estão nos serviços prestados, onde a população já separa, no mesmo
Estado, órgãos que funcionam e órgãos que não funcionam. Percebe que o
coordenador geral que escolheu não coordena nada, está submetido, por uma série
de circunstâncias às indicações de outros que, em tese, teria o mesmo interesse
que o coordenador.
Nem os
próprios auxiliares imediatos agem em nome de todos. Dá a clara preferência
para agir em nome de grupos, às vezes responsáveis pela indicação para um cargo
público chave na gestão ou para receber um gordo salário.
Foi
assim que o Estado perdeu a distribuição de energia, está sem condições de
melhora o serviço de distribuição de água, de coletar esgoto, de melhorar o
sistema estadual de saúde, de dar condições para o sistema estadual de
educação, a segurança pública se vira pelo profissionalismo e pela necessidade
do cumprimento de rígido regulamento.
As
obras paradas, a incapacidade de assumir qualquer plano municipal, prejudicam o
ambiente urbano estadual e a insegurança nas regras ambientais locais freia o
desenvolvimento do setor e de outros que lhes são diretamente dependentes e que
tateiam nos labirintos burocráticos difíceis de serem superados.
Os
administradores amapaenses, de todas as áreas, precisam descobrir a melhor
forma de trabalhar em conjunto, de buscar o mesmo objetivo, pois, nesse momento
o que menos interessa para a população daqui é a supremacia de um órgão sobre
o outro, pois, sabe, que o setor mais frágil é aquele que precisa ser manter
incólume, uma vez que a corrente é a mesma.
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