segunda-feira, 21 de maio de 2018

O Amapá tem a maior taxa de desemprego do País


Rodolfo Juarez
No final do mês de abril, no dia 27, o Brasil conheceu os dados extraídos da PNAD Contínua referente ao primeiro trimestre de 2018. Se os números não foram bons para o Brasil, para o Amapá, foram especialmente preocupantes.
O Estado do Amapá apresentou a maior taxa de desocupação entre todas as unidades da Federação com 21,5% (vinte e um, virgula cinco, pontos percentuais).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica como desocupadas as pessoas sem trabalho no período que está sendo analisado, que tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência e que estavam disponíveis para assumi-lo. Também, segundo o OBGE, são considerados como desocupadas as pessoas sem trabalho no período em referência que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período porque já havia conseguido trabalho mais ainda não tinham começado.
A taxa de desocupação é a mesma taxa de desemprego e, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), refere-se à proporção entre a população desempregada e a população economicamente ativa.
A taxa de desocupação apurada para o primeiro trimestre de 2018 no Brasil e divulgada no dia 27 de abril, foi de 13,1%, o suficiente para que fosse alertados todos os setores econômicos e sociais do País. A imprensa chamou especialistas, os jornais levantou o assunto em editorias e as revistas reservaram espaços nas suas páginas mais nobres para analisar a situação.
Aqui no Amapá, onde está a maior taxa de desocupação de todo o Brasil, com os insuportáveis 21,5%, foram raras as análises feitas pela imprensa e absolutamente irrelevante a manifestação do Governo do Estado, até mesmo pela fatia da pizza administrativa que deveria cuidar da economia, do emprego e do planejamento no Estado.
Uma pena que isso aconteça!
Dá a impressão que não há compreensão da situação, ainda mais quando se observa que o Norte do Brasil não é a Região que carrega o maior índice de desocupação, mas sim o Nordeste, mas o Amapá, um estado do Norte, atrai para si o pior resultado.
É preciso estudar esse momento. Afinal de contas quase 1/4 da força de trabalho economicamente ativa do Estado está desempregada, isso é grave, precisa ser enfrentado por todos, especialmente pelos governos.
O discurso atual não está dando certo!
De pouco adianta fazer ouvido de mercador para essa constatação, pois, ela é implacável, afeta o trabalhador e sua família, destrói o futuro dos nossos jovens trabalhadores e se transforma em problema social que pressiona qualquer governante.
Ninguém pode esconder-se dessa realidade. Ela pode transformar para pior uma sociedade que ainda não tem o maior contingente de desalentados.

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