Rodolfo Juarez
No
final do mês de abril, no dia 27, o Brasil conheceu os dados extraídos da PNAD
Contínua referente ao primeiro trimestre de 2018. Se os números não foram bons
para o Brasil, para o Amapá, foram especialmente preocupantes.
O
Estado do Amapá apresentou a maior taxa de desocupação entre todas as unidades
da Federação com 21,5% (vinte e um, virgula cinco, pontos percentuais).
O
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica como
desocupadas as pessoas sem trabalho no período que está sendo analisado, que
tomaram alguma providência efetiva para consegui-lo no período de referência e
que estavam disponíveis para assumi-lo. Também, segundo o OBGE, são
considerados como desocupadas as pessoas sem trabalho no período em referência
que não tomaram providência efetiva para conseguir trabalho no período porque
já havia conseguido trabalho mais ainda não tinham começado.
A taxa
de desocupação é a mesma taxa de desemprego e, de acordo com a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), refere-se à proporção entre a
população desempregada e a população economicamente ativa.
A taxa
de desocupação apurada para o primeiro trimestre de 2018 no Brasil e divulgada
no dia 27 de abril, foi de 13,1%, o suficiente para que fosse alertados todos
os setores econômicos e sociais do País. A imprensa chamou especialistas, os
jornais levantou o assunto em editorias e as revistas reservaram espaços nas
suas páginas mais nobres para analisar a situação.
Aqui no
Amapá, onde está a maior taxa de desocupação de todo o Brasil, com os
insuportáveis 21,5%, foram raras as análises feitas pela imprensa e
absolutamente irrelevante a manifestação do Governo do Estado, até mesmo pela
fatia da pizza administrativa que deveria cuidar da economia, do emprego e do
planejamento no Estado.
Uma
pena que isso aconteça!
Dá a
impressão que não há compreensão da situação, ainda mais quando se observa que
o Norte do Brasil não é a Região que carrega o maior índice de desocupação, mas
sim o Nordeste, mas o Amapá, um estado do Norte, atrai para si o pior
resultado.
É preciso
estudar esse momento. Afinal de contas quase 1/4 da força de trabalho
economicamente ativa do Estado está desempregada, isso é grave, precisa ser
enfrentado por todos, especialmente pelos governos.
O
discurso atual não está dando certo!
De
pouco adianta fazer ouvido de mercador para essa constatação, pois, ela é
implacável, afeta o trabalhador e sua família, destrói o futuro dos nossos
jovens trabalhadores e se transforma em problema social que pressiona qualquer
governante.
Ninguém
pode esconder-se dessa realidade. Ela pode transformar para pior uma sociedade que
ainda não tem o maior contingente de desalentados.
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