Rodolfo Juarez
As
chuvas de dezembro chegaram fortes e vieram antes, trazendo preocupação para
aqueles que usam o sistema rodoviário instalado no território amapaense. As
chuvas que caíram no começo da semana foram suficientes para deixar preocupados
aqueles que precisam se deslocar pelas BRs, devido a formação dos primeiros
pontos da rodovia difíceis de serem ultrapassados.
É
inacreditável, mas a cada ano fica mais difícil confiar no que dizem as
autoridades do setor rodoviário, responsável pela manutenção e construção das
rodovias federais, como aqueles que têm a incumbência de dar condições de
trafego pelas rodovias estaduais.
Os
condutores de ônibus, caçambas, camionetes e de qualquer outro veículo que
precisam ir para a cidade de Oiapoque, saindo de Macapá, ou de Oiapoque vir
para Macapá, sabe, antecipadamente, que vai enfrentar problemas, mesmo tendo
ouvido no mês passado de que tudo está certo para a construção do trecho que
falta da BR-156 além de Calçoene até a cidade de Oiapoque.
Não é
porque a região seja extremamente difícil para receber os trabalhadores das
empresas construtoras, não é isso não, mas porque há um inexplicável “deixa pra
lá” que sempre implica no adiamento do início ou mesmo na alegação de que a
empresa não aceitou os termos do Dnit, mesmo depois de haver assinado o
contrato e recebido a ordem de serviço.
Este
ano já houve mais uma reunião de confirmação do início das obras da BR-156,
tramo norte, com a participação de deputado federal, deputado estadual, do núcleo
forte do atual governo e do Dnit, e que não se confirmou. Ficando o “dito pelo
não dito”.
Quando
se pergunta pelos serviços na mesma BR-156, agora na direção sul, aí então as
informações são as mais conflitantes, com as autoridades do Denit dizendo o
tempo que o dinheiro, para a construção do trecho, está ai, que a licitação
está feita e que a responsabilidade da construção do trecho 4 estava entregue
para o Governo do Estado, mesmo antes de ser instalada aqui, em Macapá, a
superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte.
Assim a
obra nunca é iniciada e a chegada de cada um dos períodos de chuva chega também
a “dor-de-cabeça” dos que precisam utilizar do trecho daquela rodovia federal. E
ainda falta muita coisa. A rodovia BR-156, na direção de Laranjal do Jari, está
dividida em quatro lotes de construção, e três deles são apenas planos e sem qualquer indicativo de que a curto prazo
deva começar.
O
agravante, no caso das rodovias federais, inclusive a BR-210 (perimetral norte),
é de que vai mudar o conceito e a proposta para o Dnit com o novo governo
federal. É bastante provável que haja substituição do superintendente do Dnit
em Macapá e as negociações voltem para o começo, com forte possibilidade de
“enforcar” mais um ano de trabalho e agrupar mais um ano de espera para os
usuários.
Do
mesmo mal sofre o sistema rodoviário estadual, sem planos e sem projeções, as
rodovias estaduais não estão, sequer, planejadas o que indica que ainda precisa
de tempo para se elaborar os planos técnicos e os projetos no sentido de
atender às necessidades do pequeno agricultor, do agricultor familiar e de
todos aqueles que precisam deslocar-se pelo interior do Estado.
O
Governo do Amapá não enfrenta essa luta e, ao que parece, foge dela, muito
embora saiba que, dentro do próprio Governo, existe conhecimento para mudar
essa história.
O pior é que esse fato se torna real, quando o governo esquece dos moradores e moradores esquecem de se lembrar disso
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