Rodolfo Juarez
Ontem,
dia 17 de dezembro de 2018, completou 47 anos que recebi o grau de Engenheiro
Civil pela Universidade Federal do Pará. A solenidade foi realizada no Teatro
da Paz, em Belém do Pará, tendo a minha mãe, Raimunda Pureza Juarez, como minha
paraninfa e meu pai, Heráclito Juarez Filho como um dos mais entusiastas
presentes ao evento que, naquele momento, marcava a concretização de um sonho
sonhado por muito tempo.
Desde
muito sedo as ciências exatas me seduziram e me encaminharam para o caminho que
indicava, como clímax da época, a Engenharia Civil. Seguiu por aquele caminho,
claramente desafiador, mas que foi sendo domado a cada ano que me aproximava do
momento do recebimento do grau simbolizado pelo anel e pelo diploma.
À
medida que se aproximava o dia da formatura, também mantinha a agenda da volta
para Macapá, onde, no Colégio Amapaense, havia ingressado em 1960, depois da
prova de admissão, no primeiro ano do Curso Ginasial e seguiu até o terceiro
ano do Curso Científico, área de exatas, conforme a Lei de Diretrizes e Base
organizava o ensino naquela época.
Os
cinco anos vividos em Belém, cursando Engenharia Civil, mais me aproximaram de
Macapá, muito embora as condições sociais fossem mais atraentes em Belém, mas
tinha a convicção de que poderia influenciar as melhorias possíveis na cidade
de Macapá, logo depois da graduação que receberia.
Assim
aconteceu. Voltei, ainda e dezembro de 1971, para Macapá onde comecei a
trabalhar em empresa privada, aplicando meus conhecimentos de engenharia, sendo
responsável pela construção de obras públicas importantes para o governo do
então Território Federal do Amapá, Marinha do Brasil e prédios particulares.
Em 1973
era visível a aceleração do processo de crescimento da população e a
necessidade das cidades se prepararem para melhor atender essas novas
exigências. Nesse tempo fui trabalhar na Prefeitura de Macapá, no Serviço
Municipal de Estrada de Rodagem com a incumbência de assumir a responsabilidade
técnica da construção de estradas municipais, entre elas, a Rodovia
Fazendinha/Santana que estava sendo construída por administração direta. Ainda
em 1973 a obra foi concluída. O prefeito da época era Lourival Benvenuto da
Silva
Em 1974
houve troca de prefeito de Macapá, assumindo o cargo Cleyton Figueiredo de
Azevedo que me incumbiu de ser o representante da Prefeitura nas tratativas do
Plano de Desenvolvimento Urbano de Macapá, Santana e Porto Grande, coordenado
pela Fundação João Pinheiro, uma organização mineira.
Essa
responsabilidade me rendeu a indicação para participar, durante o ano de 1975,
do Curso de Engenharia de Sistemas Urbanos, no Rio de Janeiro, promovido pela
Fundação Getúlio Vargas e operacionalizado pelo IBAM – Instituo Brasileiro de
Administração Municipal.
Na
volta, em 1976 foi aprovada a reestruturação administrativa da Prefeitura
Municipal de Macapá com a criação das áreas de desenvolvimento urbano para que
fossem aplicadas as recomendações do PDU – Plano de Desenvolvimento Urbano de
Macapá, Santana e Porto Grande. Nessa época Santana e Porto Grande eram
distritos do município de Macapá.
Esse
foi o começo e uma experiência antes de ingressar na equipe do Governo do então
Território Federal do Amapá.
São 47
anos de intensos trabalhos em retribuição à essa comunidade que me deu essa
chance. Obrigado!
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