Rodolfo Juarez
O
governo que vai assumir no dia primeiro de janeiro comando por Jair Bolsonaro
deverá propor mudanças profundas na gestão dos interesses públicos nacionais,
aproveitando o recado dado pelo eleitor, mas também, o ambiente favorável que
vai encontrar para tomar decisões que podem dar outro rumo para o Brasil.
Como
ninguém governa só, alguns dos seus auxiliares diretos terão que ser avalista
das ideias do presidente, entretanto, também terão as atribuições para sugerir
medidas que possam acelerar as resposta que forma prometidas durante a
campanha.
Um
ponto parece estar sendo bem cuidado: o equilíbrio que deve haver nas decisões,
sem permitir que haja mais de um Brasil, ou seja, as medidas terão que ser
tomadas levando em consideração o equilíbrio social decorrente das medidas.
É claro
que algumas categorias estão muito favorecidas e outras completamente sem
função na nação. Esse status não pode perdurar, precisa ser combatido para que haja
igualdade e similaridade nas decisões.
Não há
espaço para que se corrija apenas uma face da moeda. É preciso que a correção
seja na mesma intensidade e tempo, tanto em uma como em outra face.
O
exemplo está no que vem sendo anunciado por um dos ministros do futuro governo,
quando avalia as consequências, para os trabalhadores, da retirada da
obrigatoriedade da contribuição sindical obrigatória. Entende o futuro ministro
da Economia que também precisa ser ajustado o montante transferido para o
Sistema S.
Então
essa é uma forma de mostrar que o novo governo vem com a disposição de
enfrentar os problemas em qualquer campo, por mais protegido e minado que seja,
deverá insistir nessa estratégia de gerência e organizar um sistema de pesos e
contrapesos adequados para definir uma política de gestão que seja compreendida
pela maioria.
Esse
exemplo dado para o sistema S e para a contribuição sindical obrigatória se
estende a todos os privilégios. Tomara que surja por esse caminho o sentimento
de brasilidade onde o patriotismo volte a prevalecer nessa nação que ainda não
tem sua identidade perfeitamente definida.
Não dá
para seguir os exemplos dos artistas endinheirados que entendem que não dá para
educar e criar os filhos aqui no Brasil, onde o palco serve para as milionárias
arrecadações e o enriquecimento desses poucos.
O
Estado do Amapá está caminhando na contramão da realidade em decorrência, é
verdade, da vontade do eleitor daqui que preferiu reeleger o governador que,
por necessidade e até coerência, precisa manter a forma com que governava,
mesmo compreendendo que precisa fazer mudanças radicais em alguns pontos para
poder desenvolver uma gestão adequada aos tempos atuais e às necessidades dos
brasileiros que vivem no Amapá.
Apesar
do que foi divulgado, dando o Estado do Amapá como aquele estado da Federação
que estaria em melhor condição para enfrentar a realidade a partir de 2019, com
mais de 9 bilhões em caixa, há um inexplicável equívoco e a realidade é um
Governo sem condições de pagar, de uma só vez, o salário dos funcionários
públicos, entre os quais, quase 3 mil são admitidos em forma precária através
de contrato administrativo.
No
momento Roraima está em situação de intervenção federal e o Acre, através do
novo governo que assumira em janeiro, deve cortar gastos, eliminando cargos e
contratos administrativos. É para o Amapá colocar “as barbas no molho”.
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