Rodolfo Juarez
O
resultado de eleição no Brasil, seja a eleição para escolha de presidente de
associação de moradores, seja para escolha presidente da República, sempre é
contestada pelos perdedores que, por todos os meios – e são muitos – procuram
motivos para não aceitar os resultados ou fazem questão de dizer que não
gostaram daquele resultado e estão dispostos a tudo para desmoralizar o
vencedor, ou criar problemas para que sua administração não tenha sucesso.
O interessante
é que todos os perdedores, em regra, se dizem democratas, mesmo não aceitando o
resultado, por mais transparente que seja o processo e por apresentar melhores
condições políticas para governar a associação ou a República.
Consultando
o dicionário, lá está escrito que democracia
é o governo em que o povo exerce a soberania, e que é um sistema político em
que os cidadãos elegem o seu dirigente por meio de eleições periódicas.
Como,
por definição, a soberania é do povo, dever-se-ia respeitar a vontade do povo,
sem contestação, sem argumentos e, ainda, alinhando seus pensamentos conforme o
pensamento do povo. São esses momentos que justificam os limites de mandatos,
pois, como é de se esperar, o povo pode mudar de opinião, afinal é o soberano
da história.
No
Brasil ficou consolidado que os perdedores podem se arrumar em um bloco, que
chamam de oposição, e de lá, continuam querendo fazer prevalecer as propostas
que já foram rechaçadas nas urnas. A oposição ignora a soberania do povo e se
entrincheira nos blocos e, de lá, continua defendendo as teses que não foram
aceitas pelo eleitor durante a campanha eleitoral.
A
imprensa, em regra, também é tendente a embarcar na “canoa” da oposição. De lá
é mais fácil continuar com sua artilharia, mudando apenas alguns nomes e
definindo alvos ocasionais para justificar a sua posição e ainda dizer que não
está alinhada com a situação ou a oposição.
A
imprensa tem disso: sempre está alinhada, mas nunca reconhece esse alinhamento
para poder dizer que é “independente”. Com as redes sociais, muitos
influenciadores digitais, atuando como jornalistas ou financiados por grupos de
interesse, escolhem os seus alvos, a partir do princípio de que está em uma
democracia e que, por isso, tem o direito de opinar, de divergir e de mostrar o
seu ponto de vista.
Acontece
que os extremistas, além de serem inconformados, assumem uma cegueira política
e imaginam que podem tudo, inclusive burlar a lei, atacar direta ou
indiretamente a soberania do povo, que deve ser defendida por todos, mas que,
no momento do extremista, ele faz questão de ignorar.
A
imprensa, depois da revogação da Lei de Imprensa por não ser recepcionada pela
Constituição Federal, não conta com nenhum regulador e, assim, defende-se a
informação, mesmo obtida por meios fraudulentos, como possíveis de serem
repassadas muito embora afronte soberania do povo, viga mestra da democracia
brasileira e que precisaria ser observada por todos.
As
confusões são alimentadas no Brasil pelo desrespeito à soberania popular que
fez foi obrigada a fazer a sua escolha, e fez.
Os que
se alinham na oposição, para enfrentar a situação, defendem teses já
descartadas pelo eleitor, mesmo assim, em nome da democracia, mas
desrespeitando a soberania popular, ela insiste nas teses que foram derrotadas e
ainda se organizam, lançam manifestos e enfrentam a situação, em um desperdício
de tempo que custa caro para o próprio povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário