A
população de Macapá, como de resto de todo o Estado, está assustada com o
cenário que foi construído por parte da imprensa e das redes sociais, em nível
nacional e que chega filtrada pelos interesses, às vezes escusos, de pessoas
que dão a impressão que querem adotar o caos como referência.
Ninguém
tem o conhecimento perfeito do novo coronavírus ou o suficiente para propor uma
instrução que seja a melhor. Todos, mesmo os leigo, se baseiam em conhecimentos
científicos ou empíricos para dar a sua opinião sobre um assunto que ninguém
ainda conhece direito.
É claro
que os estados com maior população no Brasil como São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, entre outros apresentam o maior número de confirmação e de
suspeitos de estar contaminado, e os de menor número de habitantes, como é o
caso do Amapá, um número menor, mantendo a média histórica.
Muito
embora essa situação não sirva de alento para a população local ou de desculpas
para as autoridades sanitárias, aqueles por confiar na sua imunidade em
decorrência do habitat onde mora e, estes, por não dar conta, sequer, das
rotinas de saúde e, com mais dificuldades, com o incremento de pacientes
infectados pelo coronavírus.
O fato
é que todos têm que cuidar para melhorar a higiene e incorporar esse “exagero
atual” na sua rotina “de sempre” e, quem sabe, permanecer com esse
comportamento daqui em diante.
Não
servem de exemplos aqueles que majoraram o preço dos produtos indicados eficaz
na prevenção, principalmente. Estes não estão compreendendo o que está
acontecendo e, certamente, terão problemas, no futuro, para resolver com o seu
próprio, agora cliente, que apontará o endereço do inconsequente como aquele a
ser evitado.
As dificuldades
locais são maiores que as de outros centros. A disponibilidade de leitos sairá
caro para o contribuinte que já pagou várias vezes esses leitos hospitalares e
não conseguiu tirar proveito, isso por vários motivos, mas um se destaca e se
mostra como uma verdadeira desgraça – a corrupção.
A
população do Estado do Amapá tem sido maltratada e mal atendida, quando precisa
dos serviços de saúde pública. E não é por desconhecimento da realidade ou
inapetência dos profissionais, mas pelo tratamento que é dado ao setor de saúde
no estado, onde os ambientes hospitalares e as condições de trabalho não têm
sido prioridade para o Governo do Estado.
Mesmo
nesse momento, quando há grande apelo pela saúde pública, os gestores parecem
que têm dificuldades para tomar iniciativa, ou não se preocupam em alinhar o
que falam com a realidade. Os problemas do dia-a-dia já seriam suficientes para
grande preocupação. Imaginem agora com esse aditivo imposto pelo coronavírus.
Até
mesmo os materiais que são exaustivamente indicados como necessários para
evitar a contaminação pelo novo coronavírus não são disponibilizados nas
próprias casas de saúde administradas pelo Governo do Estado. Apenas como
exemplo, o álcool gel a 70% sugerido para a desinfecção das mãos, não é
oferecidos, sequer para os profissionais de saúde. Os enfermeiros, auxiliares
de enfermagem e técnicos de enfermagem, estão usando álcool impróprio para a
limpeza das mãos. Esta situação está provocando alergias, com coceiras que
transformam a pele das costas das mãos daqueles profissionais e preocupação aos
pacientes e acompanhantes.
As
máscaras são as mesmas, sem a segurança recomendada, e por várias razões, entre
as quais a impossibilidade de troca a cada 4 horas.
Os
gestores do município de Macapá fazem um grande esforço para melhorar o
atendimento nas unidades básicas de saúde mas, para atender às exigências
atuais, em tempo de coronavírus, não tem dado conta.
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