Rodolfo Juarez
Os
políticos brasileiros, com raras exceções para justificar a regra, estão
realmente sem noção ou iludidos por uma realidade que só eles conseguem ver, e
a partir dela servir de fantoche para os interesses inconfessáveis de uma mídia
que se acostumou, em todas as localidades do Brasil, a defender seus próprios
interesses, independente do veículo que utiliza, valendo-se de uma regra
constitucional favorável e da qual faz trincheira para defender-se quando
enfrentada ou contrariada.
O
coronavírus é uma coisa séria, atual, e que precisa ser enfrentada por todos:
jovens e idosos, conhecedores ou não do problema. Infelizmente vem sendo usado
para queda de braço entre políticos ambiciosos, oportunistas, aproveitadores e
que não respeitam ninguém do povo, e seriam aqueles que têm a obrigação de
encontrar solução conjunta para defender a população do ataque grave de um só
“soldado” – o do novo coronavírus.
Uma
disputa de governadores, com egos inflados por um criminoso oportunismo que
está desviando a atenção da população e fazendo essa mesma população desconfiar
de tudo o que é dito e que ouve.
Os
idosos (coitados!), mesmo aqueles que não têm casa, são mandados para casa (?),
cristalizando, de forma enfática, uma discriminação em nome de uma falsa
proteção, tendo em vista que, ao mesmo tempo em que ordenam o recolhimento e
botam as forças policiais para agir, repressivamente, não lhe presta qualquer
assistência ou lhe dá qualquer cobertura para, mesmo disfarçada, justificar
procedimento tão repetido, burro e injustificável.
Cada
governador quer proceder como se fosse um rei, querendo gastar dinheiro e
transferindo a satisfação de sua vontade para outros, muito embora, em todo o
passado recente, não tenham reservado um real para atender às necessidades
advindas dos serviços de saúde pública.
Valem-se,
esses governadores, da mesma regra quando da ocorrência de qualquer desastre
nos limites do estado que disse que ia governar. A primeira providência que
toma é declarar um estado de exceção para, em seguida, fazer o pedido de
recursos para a União, com a desculpa da urgência e que precisa comprar sem
licitação.
Daí em
diante os administradores “se arrumam”, a imprensa jabazeira se anima, falando,
todos os dias, as mesmas coisas, às vezes sem mudar, sequer, o número das
tabelas estatísticas, que passam a ser o seu principal instrumento de apoio às
suas intervenções.
Enquanto
isso, aqueles que são apontados como principal alvo do novo vírus, os idosos,
estes estão pelos cantos, assustados e desconfiando de tudo e de todos, como
também, desprotegidos e ignorados, mas sabendo que estão orientando os netos
para ficarem longe deles. Uma verdadeira desumanidade!
Esquecem
esses governadores, que eles foram e são os responsáveis pela falta de
hospitais, unidades de saúde, equipes de saúde (médicos, enfermeiros, auxiliar
de enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas e todos os demais
profissionais que formam uma equipe).
O Amapá
e muitos outros estados da Federação são exemplo acabados e perfeitos dessa
esculhambação, dessa falta de responsabilidade, que deixa um povo entregue à
própria sorte, sendo pisoteado por insanos e falsos políticos, aplaudidos e
nominados pelas suas respectivas claques instaladas nas confortáveis e
iluminadas estúdios de apresentadores de TV e rádio, e nas redações de jornais
impressos.
Assim,
conseguiram parar o Brasil e assustar a população! Mas vem o troco.
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