quinta-feira, 7 de julho de 2022

Deputado estadual: se conhecer 2018 pode abrir uma janela para 2022

Rodolfo Juarez

Na semana passada discorri, aqui mesmo neste espaço, sobre as eleições para deputado federal, rememorando as ocorrências das eleições de 2018 e projetando o que pode acontecer em 2022.

Houve pedido, repetidos, para que também fosse apresentado, na mesma linha, um trabalho referente a deputado estadual. É o que pretendo fazer daqui em diante.

Em 2018 estavam aptos a votar para deputado estadual 511.824 eleitores, destes 85.442 se abstiveram, 7.100 votaram em branco e 37.337, votaram nulo o que implicou na apuração, para deputado estadual, de 381.945 votos válidos. Estes votos válidos são aqueles que definiram o quadro de eleitos em 2018.

A disputa para deputado estadual contou, em 2018, com 8 coligações e 8 partidos que concorreram “solteiros”, isto é, não coligaram. Este ano não será mais permitida a coligação e, assim, os partidos ou concorrerão “solteiros” ou em federação, o novo modo de agrupar partidos para a eleição, com a diferença de que é para todo o mandato.

Os votos válidos foram assim distribuídos:

Coligação 1: obteve 50.300 votos, sendo: PDT (12) com 24.838 votos; MDB (15) com 9.872 votos; DC (27), com 8.854 votos e PRB (10) com 6.736. Foram Eleitos 4 deputados estaduais: Marília Góes (PDT), Carlos Oliveira (PRB), Jory Oeiras (DC) e Jacy Amanajás (MDB).

Coligação 2: obteve 42.794 votos, sendo: DEM (25) 25.324votos; PSDB (45) 16.918; AVANTE (70) 552 votos. Foram eleitos: Alliny Serrão (DEM), Júnior Favacho (DEM) e Telma Nery (PSDB).

Coligação 3: obteve 21.611 votos, sendo PV (43) com 11.041, PMN (33) 441 votos e PSOL (50) 10.156 votos. Foi eleito Paulo Lemos (PSOL)

Coligação 4: obteve 22.229 votos, sendo PROS (90) 8.041, PTB (14) 15.030 e PMB (35) 10.158 votos. Foram eleitos: Antônio Furlan (PTB) e Diogo Senior (PMB).

Coligação 5: obteve 34.706 votos, sendo Rede (18) 24.973 e PPL (54) 9.733 votos. Foram eleitos: Aldire Matos (PPL) e Vitor André (REDE).

Coligação 6: obteve 51.967 votos, sendo PR (22) 45.966 e PHS (31) 6.001. Foram eleitos Kaká Barbosa, Luciana Gurgel, Paulo Ramos e Charly Jhonny, todos do PR,

Coligação 7: obteve 24.274 votos, sendo PC do B (65) 8.611 e PRP (44) 15.663. Foi eleita deputada estadual Telma Gurgel (PRP).

Coligação 8: obteve 26.479 votos, sendo SOLIDARIEDADE (77) 7.672 e PSD (55) 18.907. Esta coligação elegeu dois deputados: Edna Ausier (PSD) e Max da ABB (SOLIDARIEDADE).

A seguir os partidos que disputaram as eleições de 2018 “solteiros” com os seus respectivos totais de votos e os candidatos eleitos:

PTC (36), obteve 26.476 votos e elegeu dois deputados: Jaime Peres e Jesus Pontes; PSL (17) obteve 1.909 votos e não elegeu ninguém; PP (11), obteve 23.842 votos e elegeu um deputado estadual, Alberto Negrão; PT (13) obteve 0 votos e não elegeu deputado estadual; PSTU (16) obteve 833 votos e não elegeu deputado estadual; PODEMOS (19) obteve 6.238 e não elegeu deputado estadual; PSC (20) obteve 20.473 e elegeu José Tupinambá; e PSB (40) obteve 18.801 e elegeu a deputada Cristina Almeida.

Assim, é muito provável que o número de votos válidos para as eleições de 2022, para deputado estadual, ficará entre 405.000 e 460.200 e, como consequência o quociente eleitoral (QE), para deputado estadual, ficará entre 16.875 e 19.175 votos.

Depois de computadas as vagas para os partidos pelo quociente partidário (QP) e se ainda houver vagas para serem distribuídas, a definição das vagas será feita depois de serem verificados os cortes. Estes cortes serão feitos da seguinte forma: 80% para os partidos e/ou federações e, 20% para os candidatos.

Então, para esta hipótese, os partidos que irão disputar as vagas precisaram estar com votação entre, 13.500 votos e 15.340 e os candidatos para entrar na disputa precisam estar com votação entre 3.375 e 3.835 votos. 

  

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