Rodolfo Juarez
Um dos maiores e mais graves problemas da saúde pública
no está do Amapá começa a dar sinal, outra vez, de que se prepara para acabar
com a invisibilidade de tantos pacientes renais que, até são cuidados, mas não
são vistos.
O dia 13 de março, segunda quinta-feira do mês de março,
é reservado, no calendário de eventos do Ministério da Saúde e de outras
organizações brasileiras, como Sociedade Brasileira de Nefrologia, para
realizar encontros de grupos sociais, grupos temáticos e grupos de gestão, com
o objetivo de minimizar sofrimentos presentes e futuros, e tornar visível os
problemas enfrentados pelos pacientes renais crônicos (PCR) em todo o Brasil e,
especialmente, no Amapá.
No Amapá a situação atual é muito grave. No Brasil, o
Estado do Amapá é o único estado da Federação Brasileira que, em 2023 e 2024,
não teve registrada a realização de transplante de órgão, muito embora seja, o
transplante de órgão, uma política nacional e integrada do Sistema Único de
Saúde (SUS).
Os pacientes renais crônicos daqui, têm que tomar a
decisão de procurar o transplante que precisa, em um estado, abandonando todas
as suas facilidades e dificuldades e enfrentando, em condições precárias, um
desconhecido caminho e um desconhecido lugar, mas quem sabe, apesar de tudo,
ali realimentar a sua esperança dando mais uma oportunidade para si mesmo e sua
família.
A Associação Amapaense dos Renais e a Assembleia
Legislativa do Estado do Amapá, estão programando uma audiência pública para o
dia 13 de março, com o objetivo de debater o assunto com as autoridades do
setor da saúde local, envolvendo aqueles que estão no Governo do Estado, na
Prefeitura de Macapá, na Prefeitura de Santana, além de contar com o apoio da
Comissão de Direitos Humanos da Seccional do Amapá da Ordem dos Advogados do
Brasil e, ainda, esperam os pacientes renais crônicos, contar com a participação
do promotor de justiça que atua na área da saúde do Ministério Público do
Amapá, assim como, dos órgãos afins que estão sediados no Tribunal de Justiça
do Estado do Amapá.
Os mais de 600 pacientes renais crônicos, aqueles que
fazem hemodiálise 3 vezes por semana, quatro horas por vez, estão precisando
serem vistos e cuidados antes que morram.
A campanha deste ano está focada na prevenção.
Depois de conhecer as dificuldades administrativas, lidar
com as limitações médicas e com as condições para continuar sobrevivendo, os
pacientes renais crônicos se esforçam para contarem com decisões importantes no
sentido de dar condições para que seja realizado, no Amapá, os transplantes que
estão levando para longe daqui, para Porto Alegre, Curitiba, Santa Catarina,
São Paulo, Fortaleza, São Luis, Belém e outros lugares, aqueles que precisam
alongar a sua sobrevivência e deixar de depender de uma máquina, como a de
hemodiálise (HD) ou hemodiafiltração (HDF), para viver.
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