Rodolfo Juarez
Está confirmado para o dia 14 de maio, uma quarta-feira,
a realização de audiência pública na Câmara Municipal de Macapá, quando serão
destacados e levados ao conhecimentos dos representantes dos residentes em
Macapá, os vereadores, de pontos referentes ao atual estágio em que se
encontram os pacientes renais crônicos, tanto os moradores daqui como aqueles
que, pelas circunstâncias da doença, têm que vir dos outros municípios, para a
Capital, buscar atendimento de hemodiálise.
A falência dos rins é um assunto recorrente tanto em
Macapá como no interior do estado. Essa comorbidade, antes conhecida como
“barriga d’água” e, assim, letal durante muito tempo e em muitos lugares,
principalmente da região Norte do Brasil, agora conta com clinicas nefrológicas
para amenizar o sofrimento do pacientes e da família do paciente renal crônico.
Uma doença que, no município de Macapá, não conta com
programa de prevenção, muito embora seja perfeitamente cabível, entretanto
ignorado por todos os 16 sistemas municipais de saúde do Amapá e no próprio
sistema de saúde do Estado.
Com tratamento financiado, em sua integralidade, pelo
Sistema Único de Saúde – SUS, desde os primeiros exames até o transplante do
rim, isso não anima os dirigentes no Amapá,
mesmo nessa condição e sem conhecimento estatístico do número de óbitos,
os pacientes renais crônicos continuam invisíveis e em vertiginoso crescimento,
devido a absoluta falta de prevenção.
O objetivos da audiência pública na Câmara Municipal de
Macapá é levar o assunto ao conhecimentos dos vereadores. Destacando o status
em que se encontra o atendimento aos pacientes renais crônicos e a absoluta
necessidade de se criar um prevenção, perfeitamente possível e economicamente
viável, além de cumprir - os vereadores -, com um dos papéis que lhes reserva a
Lei Orgânica do Município de Macapá, a Constituição do Estado do Amapá e a
Constituição Federal.
Vale lembrar que o Amapá é um dos poucos estados da
República Federativa do Brasil que não tem o programa de transplante instalado
no sistema estadual de saúde, como também o município de Macapá.
No Brasil são mil e duzentos centros de transplante de
órgãos e, assim, são 1.200 centros de transplante de rim, não tendo nenhum
desses centros resolvendo os problemas dessa comorbidade no Estado,
prejudicando dois dos mais importantes programas do sistema de saúde projeta
para todo o Brasil: o programa de transplante de órgãos e o programa de doação
de órgãos.
As autoridades têm permanecidas surdas para o assunto
aqui, muito embora tenham estrutura administrativa para enviar os pacientes que
precisam fazer o transplante de rim para outros estados, especialmente para as
cidades de Belém, no Pará; Fortaleza, no Ceará; São Paulo, em São Paulo; Porto
Alegre, no Rio Grande do Sul, entre outras que os própria pacientes propõe,
conforme o seu melhor entendimento.
Ressalte-se que municípios com menor população que Macapá
fazem transplante de rim, como Santarém, no Pará. Para se ter uma ideia, só em
São Paulo são 168 centros de transplante instalados e funcionando.
Espera-se que, na audiência pública da Câmara de
Vereadores de Macapá, compareçam os vereadores e contrariem o que aconteceu na
audiência pública realizada na
Assembleia Legislativa sobre o mesmo assunto, onde apenas um deputado
estadual mostrou interesse e participou da audiência pública que aconteceu no
dia 13 de março.
Apenas à guisa de exemplo: no Pará
tem cinco hospitais que realizam transplantes de rim, sendo três em
Belém, um em Redenção e outro no Hospital Regional do Baixo Amazonas em
Santarém.