segunda-feira, 28 de abril de 2025

Os paciente renais continuam invisíveis no Amapá

Rodolfo Juarez

Está confirmado para o dia 14 de maio, uma quarta-feira, a realização de audiência pública na Câmara Municipal de Macapá, quando serão destacados e levados ao conhecimentos dos representantes dos residentes em Macapá, os vereadores, de pontos referentes ao atual estágio em que se encontram os pacientes renais crônicos, tanto os moradores daqui como aqueles que, pelas circunstâncias da doença, têm que vir dos outros municípios, para a Capital, buscar atendimento de hemodiálise.

A falência dos rins é um assunto recorrente tanto em Macapá como no interior do estado. Essa comorbidade, antes conhecida como “barriga d’água” e, assim, letal durante muito tempo e em muitos lugares, principalmente da região Norte do Brasil, agora conta com clinicas nefrológicas para amenizar o sofrimento do pacientes e da família do paciente renal crônico.

Uma doença que, no município de Macapá, não conta com programa de prevenção, muito embora seja perfeitamente cabível, entretanto ignorado por todos os 16 sistemas municipais de saúde do Amapá e no próprio sistema de saúde do Estado.

Com tratamento financiado, em sua integralidade, pelo Sistema Único de Saúde – SUS, desde os primeiros exames até o transplante do rim, isso não anima os dirigentes no Amapá,  mesmo nessa condição e sem conhecimento estatístico do número de óbitos, os pacientes renais crônicos continuam invisíveis e em vertiginoso crescimento, devido a absoluta falta de prevenção.

O objetivos da audiência pública na Câmara Municipal de Macapá é levar o assunto ao conhecimentos dos vereadores. Destacando o status em que se encontra o atendimento aos pacientes renais crônicos e a absoluta necessidade de se criar um prevenção, perfeitamente possível e economicamente viável, além de cumprir - os vereadores -, com um dos papéis que lhes reserva a Lei Orgânica do Município de Macapá, a Constituição do Estado do Amapá e a Constituição Federal.

Vale lembrar que o Amapá é um dos poucos estados da República Federativa do Brasil que não tem o programa de transplante instalado no sistema estadual de saúde, como também o município de Macapá.

No Brasil são mil e duzentos centros de transplante de órgãos e, assim, são 1.200 centros de transplante de rim, não tendo nenhum desses centros resolvendo os problemas dessa comorbidade no Estado, prejudicando dois dos mais importantes programas do sistema de saúde projeta para todo o Brasil: o programa de transplante de órgãos e o programa de doação de órgãos.

As autoridades têm permanecidas surdas para o assunto aqui, muito embora tenham estrutura administrativa para enviar os pacientes que precisam fazer o transplante de rim para outros estados, especialmente para as cidades de Belém, no Pará; Fortaleza, no Ceará; São Paulo, em São Paulo; Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, entre outras que os própria pacientes propõe, conforme o seu melhor entendimento.

Ressalte-se que municípios com menor população que Macapá fazem transplante de rim, como Santarém, no Pará. Para se ter uma ideia, só em São Paulo são 168 centros de transplante instalados e funcionando.

Espera-se que, na audiência pública da Câmara de Vereadores de Macapá, compareçam os vereadores e contrariem o que aconteceu na audiência pública realizada na  Assembleia Legislativa sobre o mesmo assunto, onde apenas um deputado estadual mostrou interesse e participou da audiência pública que aconteceu no dia 13 de março.

Apenas à guisa de exemplo: no Pará tem cinco hospitais que realizam transplantes de rim, sendo três em Belém, um em Redenção e outro no Hospital Regional do Baixo Amazonas em Santarém. 

quinta-feira, 24 de abril de 2025

Operação "Sem Desconto" e a fábula do escorpião

Rodolfo Juarez

Ao INSS, Instituto Nacional do Seguro Social, cabe controlar a arrecadação dos contribuintes e o pagamento dos diversos benefícios previdenciários, feitos aos segurados que contribuíram para a Previdência Social. 

Esses benefícios incluem aposentadorias, pensões, auxílios (como o auxílio-doença), benefícios acidentários, salário-maternidade e benefícios assistenciais. 

Mas, o Instituto Nacional do Seguro Social precisa de pessoas para processar  o recebimento das contribuições previdenciais, bem como analisar e proceder o pagamento de benefícios concedidos, verificado o direito do beneficiário.

A Previdência Social é um seguro público, considerado obrigatório para todos aqueles que exercem uma atividade remunerada. Ou seja, os trabalhadores são obrigados a pagarem uma contribuição mensal, em contrapartida, todos podem ter direito a diversos benefícios, inclusive a aposentadoria.

Portanto, os benefícios da Previdência Social são prestações financiadas pelas contribuições.

De forma resumida, a Previdência Social é um seguro no qual os trabalhadores são obrigados a pagar contribuições para ter direito a benefícios, como a aposentadoria.

Aquelas pessoas que o INSS precisa para processar o recebimento das contribuições previdenciárias, bem como, analisar e proceder o pagamento de benefícios, nem sempre agem com honestidade e, das mais variadas formas, permitem o solapamento do patrimônio constituído pelas contribuições de empregados e empregadores, através de variadas formas.

Desta feita, conforme proposto pela operação “Sem Desconto” a inventividade dos que deveriam administrar as contribuições financeiras feitas pelos patrões e empregados não foi excepcional, mas, suficientemente efetiva para que os solapadores enricassem tirando uma parte do que pertence ao patrimônio dos contribuintes.

Foi assim que, em pouco tempo, mas de forma continuada, fossem retirados do patrimônio do contribuinte uma fortuna equivalente a seis bilhões e trezentos milhões de reais.

A ação efetiva, tanto da Polícia Federal como da Controladoria Geral da União só veio depois que, em torno de um milhão e meio de reclamações, feitas pelos prejudicados, chegassem ao INSS e à Justiça Federal. 

Isso chama a atenção daqueles que trabalham com o ofídio e que devem saber que, ao menor descuido, podem ser picados. O gênero de ser, não muda sua natureza mesmo conforme quem acaricia a serpente.

Lembram-se da fábula do escorpião e o elefante? 

Ela só vem demonstrar que, o que é nato em algo ou alguém, no máximo pode ser dissimulado, nunca mudado. Infelizmente a operação policial “Sem Desconto” é a comprovação da fábula, senão vejamos:

Um dia, estava o escorpião à beira de um riacho, calado e acabrunhado. O elefante se aproximou, e, solidário, perguntou: “o que tens, escorpião, com essa carinha tão cabisbaixa?”

Expressando tristeza ainda maior, o escorpião disse: “queria atravessar esse riacho… Mas não sei nadar… ”. O Elefante, em gigante generosidade disse: “não seja por isso, suba às minhas costas, que eu te levo até lá. Mas prometa-me, que não vai me ferroar!”

“Prometo, prometo, claro que sim”, respondeu o escorpião feliz, subindo nas costas do elefante. Em quatro passadas já estavam do outro lado.

O elefante, então, baixou a tromba até o chão, para o escorpião descer.
Ao começar a descida, já na altura do meio dos olhos do elefante, ele mostrou a sua calda elegantemente, introduzindo seu ferrão venenoso na carne dura do elefante, e disse: “desculpe-me elefante, eu não queria te ferir, mas é da minha natureza… Entende?”

O elefante, em olhar triste, não teve tempo nem de responder.

Assim, se pode dizer que os afastados em decorrência da operação policial “Sem Desconto” não terão a mesma sorte, vão responder a um processo criminal e, dependendo do julgador, podem até ser inocentado e premiado com uma aposentadoria compulsória, sendo “obrigado” a receber na conta, os vencimentos aos quais deveriam renunciar, mas, jamais farão isso.

  

segunda-feira, 21 de abril de 2025

A "pedrinha nos sapatos" dos que estão cuidando da exploração do petróleo na costa do Amapá

Rodolfo Juarez

Na semana passada, as comunidades  políticas e econômicas que militam no Estado do Amapá, pelo menos aquelas partes que estão demonstrando fazer esforços e despertar interesse para que, em prazo razoável, se torne realidade a exploração do petróleo na costa do Amapá, foram balançadas por mais uma “pedrinha no sapato de couro”, senão observe!

O deputado federal pelo Estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, Ivan Valente, protocolou o Projeto de Lei n.º 1725/25 que busca proíbe a oferta de novos blocos para exploração de petróleo e gás natural na Amazônia e obriga a recuperação ambiental das áreas com projetos de exploração em andamento na região.

O projeto de lei apresentado pelo deputado federal em exercício, Ivan Valente, do PSOL, aconteceu quando a Câmara dos Deputados analisa a proposta, que altera a Política Energética Nacional, definida pela Lei n.º 9.478/1997.

Autor do projeto, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) cita, em suas justificativas, desastres ambientais recentes envolvendo vazamentos de óleo na Baía de Guanabara, em 2000, Campo de Frade, em 2011, e costa brasileira, em 2019, argumentando que a abertura de uma nova fronteira na região amazônica contraria alertas climáticos emitidos pelas autoridades brasileiras e abre caminho para degradar ainda mais a área da floresta.

Nas justificativas o projeto de lei n.º 1725/2025 cita ainda que “áreas de exploração ainda são ofertadas ou estudadas na Amazônia brasileira por meio de leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP. Alguns blocos têm sido ofertados na Bacia da Foz do Amazonas e na Bacia do Parecis e há blocos em estudo na Bacia do Solimões, na Bacia do Amazonas, na Bacia do Tacutu e em outras bacias brasileiras", sustenta o deputado.

O deputado cita ainda no projeto que a suspensão da exploração de óleo e gás já é realidade na Antártica e na Costa Rica, com discussões em andamento no Equador e na Colômbia, e suspensões temporárias nos Estados Unidos durante o governo Joe Biden segundo as informação da Agência Câmara de Notícias.

Ivan Valente está no PSOL desde 2005, e sempre representando o partido como deputado federal eleito por São Paulo. Também foi presidente do partido entre 2011 e 2013, candidato a prefeito da capital paulista em 2008 e a vice-prefeito na chapa encabeçada por Luiza Erundina em 2016.

Junto com Guilherme Boulos, Erika Hilton, Sâmia Bomfim, Luiza Erundina e Professora Luciene Cavalcante, faz parte dos eleitos e eleitas pelo PSOL para representar São Paulo na Câmara dos Deputados.

Em 2023 Ivan Valente assumiu a Câmara Federal em 2023 pós receber 44.424 votos nas eleições de 2022, não sendo eleito. Na qualidade de suplente na legenda da Federação PSOL/REDE, assumiu o mandato de deputado federal por São Paulo após Sonia Guajajara se licenciar para assumir o comando do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas do governo Lula.

Ivan Valente é professor de Matemática e Engenheiro Civil, nasceu em 5 de julho de 1946, e a maior votação obtida durante toda a sua trajetória política foi em 2010 quando somou 189.014 votos e foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1988, quando foi votado por 40.413 paulistano, assumiu a titularidade como deputado federal (PT/SP). Foi eleito, em seguida, por 5 mandatos: 2 pelo PT/SP e 3 pelo PSOL/SP. No último pleito ficou como suplente da federação PSOL/REDE e assumiu nessa condição, estando deputado federal. Continua filiado ao PSOL

Recentemente o PSOL participou das Eleições Municipais de 2024, em uma coligação de duas federações, (PT/PCdoB/PV) e (PSOL/REDE), apresentando como candidato a Prefeito de Macapá, Paulo Lemos (PSOL) que, com o apoio explícito do Governador do Estado, Clécio Luis, obteve 23.491 votos, correspondendo a 9,78% dos 238.282 votos válidos apurados. O PSOL tem um vereador na Câmara de Macapá, Daniel Teodoro, que obteve 4.542 votos, o segundo mais votado para a Câmara Municipal de Macapá.

Outro nome com densidade na política amapaense, hoje filiado ao PT e que, em 2010, com 203.254 votos foi eleito, pelo PSOL, para ser senador da República representando o Estado no Congresso Nacional, é Randolfe Rodrigues que se reelegeu em 2018 pelo partido Rede Sustentabilidade, quando obteve a maior votação individual de todos os tempos no Amapá, 264.798 sufrágios.  Neste momento está filiado ao PT.

De olho nisso! 

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Conjecturas comportamentais do eleitor amapaense para 2026

Rodolfo Juarez

Na semana passada, no dia do dia 11/04, tratamos do momento político decisivo em relação à definição dos pré-candidatos aos cargos de governador do Estado e dos dois senadores da República, e nos concentramos nos primeiros pontos sobre a eleição para a formação da bancada do Amapá no Senado, para o período 2027/2030 devido, em 2026, estarem em disputa duas das três vagas para a Casa Alta do Legislativo Federal.

A bancada do Amapá, no Senado, é formada por três senadores e, até o dia 31 de janeiro de 2027, está formada por Davi Alcolumbre (UB), que tem mandato até janeiro de 1931, e por Randolfe Rodrigues (PT) e Lucas Barreto (PSD), que têm mandatos até o dia 31 de janeiro de 2027. Estes dois atuais senadores já anunciaram que vão disputar novo mandato nas eleições do dia 4 de outubro de 2026.

Os dois senadores, Randolfe Rodrigues e Lucas Barreto, já deixaram os partidos pelos quais foram eleitos, respectivamente, Rede Sustentabilidade e o PTB. A Rede, continua registrada no TSE e no Tribunal Regional do Amapá, mas, o PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) não. O PTB foi extinto depois da fusão com o PATRIOTA, ação que originou o PRD (Partido da Renovação Democrática).

Atualmente o senador Randolfe Rodrigues está filiado ao PT (Partido dos Trabalhadores) e o senador Lucas Barreto, ao PSD (Parido Social Democrático).

Nas eleições de 2018, quando foram eleitos os dois senadores referidos, Randolfe Rodrigues, ainda Rede, obteve  264.798 votos (46,20% do total de votos válidos), a maior votação individual dada a um candidato no Amapá, enquanto Lucas Barreto, ainda no PTB, foi eleito com 128.186 votos (22,39% do total de votos válidos), segundo colocado na eleição para o senado em 2018.

O quadro atual indica que teremos em torno de 10 candidatos para as duas vagas do Amapá no Senado da República. E candidatos considerados muito forte, daí as conjecturas que sugerem possibilidade de vitória para outros candidatos que não os que vão trabalhar para renovar o mandato.

Nas eleições de 2022 o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, anunciou que, em todo o Estado, estavam aptos a votar 550.697 eleitores, naquele ano deixaram de comparecer para votar 107.234 eleitores que estavam aptos (19,52% de abstenção). O total de votos válidos dados aos candidatos ao cargo de senador, já descontados os votos brancos e os votos nulos, chegou a 400.159, que foram distribuídos entre os 8 (oito) postulantes ao cargo.

Nas eleições de 2026, o eleitor apto a votar e que comparecer à sessão eleitoral no dia da votação, vai poder votar, para dois candidatos ao Senado, mas, isso não significa que, simplesmente se dobra o número de eleitores que comparecerem para votar. Na prática esse percentual fica entre 65% e 69%, ou seja, há uma expectativa de que, mantida a abstenção da eleição passada, os votos válidos dobrados podem chegar a, no máximo, 780.000 mil, votos que serão distribuídos entre todos os candidatos ao Senado e eleitos apenas os dois candidatos mais votados.

As listas de pré-candidatos que está em discussão entre partidos que estão ou sem aliança, além de incluir os dois atuais senadores, um do PT e outro do PSD, estes dois partidos ainda não elegeram, no histórico das eleições no Amapá, um dos seus filiados para ocupar uma das vagas destinadas ao Amapá no Senado da República.

Os partidos que já elegeram filiados para exercer o cargo de senador, nesta ordem: PMDB (2 para 4 mandatos); PTB (3 para 3 mandatos); PSB (2 para dois mandatos); PFL, PDT, PSOL, REDE, DEM e UNIÃO BRASIL (1 para 1 mandato). 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

No Amapá, o momento político é decisivo para definição dos pré-candidatos de 2026

Rodolfo Juarez

Há 540 dias das eleições regionais de 2026, já se percebe movimentação especial, principalmente entre os pré-candidatos, dirigentes políticos e, até eleitores que se apressam em apresentar-se às suas lideranças para serem vistos e, quem sabe, serem lembrados durante o desenvolvimento de eventual mandato.

Em 2026 serão eleitos, aqui no Amapá, 1 governador, 1 vice-governador, 2 senadores e 4 suplentes de senador, 8 deputados federais, 24 deputados estaduais. São 40 cargos em oferta no pleito que será dirigido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amapá e que tem data para ser realizado: o primeiro turno em 04 de outubro de 2026 e, caso seja necessário, o segundo turno para os cargos de governador e vice-governador no dia 25 de outubro daquele ano.

Estão registrados no Tribunal Superior Eleitoral 29 (vinte e nove) partidos políticos e, no momento, aptos às disputas de outubro de 2026. No Amapá são 20 (vinte) os partidos, até esta data, regularizados no Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Amapá.

Até a eleição de 2022 estavam regularizados e aptos a disputar as eleições regionais 24 partidos. Quatro deles não estão mais, são eles: o DEMOCRATAS (extinto por fusão com o PSL, originando o União Brasil); o PARTIDO SOCIAL CRISTÃO (extinto por incorporação ao PODEMOS), o PARTIDO SOCIAL LIBERAL (extinto por fusão com o DEM, originando o União Brasil) e PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO (extinto por fusão com o PATRIOTA, originando o PRD).

As duas vagas para o Senado da República são consideradas de grande cobiça no momento, rivalizando com o cargo de governador que sempre chamou mais atenção, não se sabe se pelo “fetiche” do segundo turno ou se pela seleção que os partidos políticos fazem para chegar à honra de governar um estado.

Na disputa pelo Governo do Estado do Amapá, entre todos os que estavam no cargo e disputaram as reeleições para governador, não há histórico de virada na apuração do 2.º turno, senão vejamos: em 1998, Capiberibe, disputando a reeleição, venceu Waldez Góes no primeiro turno e no segundo turno; em 2006, Waldez venceu Capiberibe no primeiro turno (53,69% dos votos válidos); em 2014, Waldez Góes venceu Camilo no primeiro turno fazendo mais de 50% dos votos válidos, sendo Camilo Capiberibe, o primeiro governador, no cargo, que perdeu uma eleição; em 2022, Waldez não disputou a eleição e trabalhou para eleger  o seu substituto, Clécio Luis.

Na disputa pelas duas vagas no Senado, Randolfe Rodrigues e Lucas Barreto que estão no exercício do cargo, devem tentar a reeleição. Randolfe, em 2018 foi eleito com 264.798 votos (46,20% dos votos válidos), recorde de votos em uma votação individual em todo o Estado do Amapá, e Lucas Barreto foi eleito com 128.186 votos (22,39% dos votos válidos). Randolfe está em seu segundo mandato (vai completar 16 anos no cargo) e Lucas Barreto no primeiro mandato (vai completar 8 anos no cargo).

Se observa, atualmente, um forte movimento de partidos que observam os seus pré-candidatos, entre estes pré-candidatos estão prefeitos em exercício, deputados federais que querem mudar de Casa e disputar uma das vagas oferecidas pelo Senado, entre outros.

A expectativa é grande e os eleitores estão observando desde agora, cada um daqueles que espera que sejam candidatos e saiam para pedir o seu voto.

O tempo mostrará. 

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Doação e transplante de órgãos, programas fora do protocolo de saúde no Amapá

Rodolfo Juarez

No dia primeiro de abril de 2025, um minuto depois da dezoito horas, foi assinado o relatório da audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, no dia 13 de março de 2025, uma quinta-feira, Dia Mundial do Rim.

Durante a reunião foram abordados temas como: 1) prevalência das doenças renais crônicas; 2)  fontes de risco; 3) prevenção e diagnóstico precoce; 4) tratamento e políticas públicas; e 5) apresentação de conclusão com proposta sumária dos assuntos debatidos.

A audiência reforçou a necessidade de maio atenção às doenças renais crônicas, destacando a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, questões que estão ausentes do protocolo do sistema de saúde do Estado do Amapá, que oferece apenas e tão somente a hemodiálise.

A hemodiálise não significa tratamento como algumas referências são feitas, o que a hemodiálise faz é apenas e tão somente, evitar que os pacientes morram intoxicados com as toxinas presente no sangue, retirando o liquido que permanece no organismo, uma vez que o paciente renal crônico não expele, pela urina, os “venenos” que permanecem no sangue, devido  incapacidade funcional do rim.

Essa questão, entre outras, levou à conclusão de que “a implementação de programa de conscientização e investimento em infraestrutura de saúde são fundamentais para reduzir a incidência em todos os viventes e os impactos nos pacientes renais crônicos”.

Durante a audiência pública foram feitas denúncias que envolvem o Tratamento Fora de Domicílio, no Estado do Amapá, por não realizar o pagamento antes do deslocamento do paciente para outro estado e, quando paga, os valores disponibilizados não são suficientes para cobrir as despesas feitas longe de casa.

O valor pago, depois do retorno do paciente, que deveria ser para cobrir as despesas com alimentação, transporte e alojamento no estado destino, não dá para o transporte. Com o título de diária o TFD paga o valor de R$ 24,50 (vinte e quatro reais e cinquenta centavos) através de depósito na conta do paciente ou do acompanhante.

Os pacientes renais crônicos definiram, durante a audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado, como principal bandeira a realização dos transplantes no Estado do Amapá, considerando a situação peculiar de não se fazer transplante no Amapá de qualquer tipo de órgão e, por isso, não ser possível desenvolver um programa como o da doação de órgãos.

Também durante a audiência pública foi destacado a situação dos pacientes renais crônicos que, originalmente, residiam em municípios que não Macapá ou Santana. Essa situação faz com que os pacientes que vêm dos municípios mais distantes da Capital, como Oiapoque, no extremo Norte; Laranjal do Jari e Vitória do Jari, no extremo Sul do Estado e, quando chegam a Macapá não têm onde ficar e alugam locais para morar, muito abaixo das condições que foram forçados a deixar nas cidades onde moravam.

Esse assunto merece especial atenção dos prefeitos de cada um dos municípios do Estado e, especialmente, dos prefeitos de Macapá e Santana, destino desses brasileiros-amapaenses, sem opção nas cidades onde residem e sem ter onde ficar na cidade onde estão as máquinas de hemodiálise (Macapá e Santana)

Esta situação levou os pacientes renais crônicos, através da Associação dos Renais Crônicos, a requerer uma audiência pública na Cãmara Municipal de Macapá para que as questões dos renais no Amapá sejam conhecidas e resolvidas. 

quinta-feira, 3 de abril de 2025

7 de Abril, Dia do Jornalista

Rodolfo Juarez

A próxima segunda-feira, dia 7 de abril, é o Dia do Jornalista, o profissional que, em junho de 2009, soube que o Supremo Tribunal Federal, no dia 17 daquele mês, derrubou a exigência do diploma, para o exercício da profissão voltando, assim, ao status quo do tempo em que não havia o curso e muito menos faculdade de jornalismo.

Naquele período os profissionais que exerciam o Jornalistas lutavam para que fosse instituído o Conselho Nacional de Jornalismo e instalados  os Conselho Regionais correspondentes, a exemplo do que outras profissões reconhecidas dispunham e continuam dispondo.

O Jornalismo pode ser definido como a coleta, investigação e análise de informações para a produção e distribuição de relatórios sobre a interação de eventos, fatos, ideias e pessoas que são notícia e que afetam a sociedade em algum grau.

O Jornalismo é exercido por jornalistas no desempenho do seu mister com o dever de coletar e repassar para a sociedade informações relevantes que, de alguma forma, impactam a vida das pessoas. Este trabalho pode ser feito por meio de plataformas como TV, rádio, podcast, sites, redes sociais, revistas, jornais impressos, entre outros veículos.

Naquele ano de 2009 e um pouco antes, os jornalistas formandos em faculdade de Jornalismo perderam o cabo de guerra para as empresas e para os “figurões sem diploma” que tinham como objetivo principal e matéria prima dos seus resultados econômicos, as notícias e a forma de entrega-las para a população.

No Amapá, o exercício do jornalismo local possibilitou o conhecimento de vários títulos de jornais impressos, de programas de rádio e de noticiosos da televisão, bem como revelou, para os residentes no Amapá e na área de influência, principalmente do rádio, nomes que se tornaram inesquecíveis e assim continuam prestando inestimáveis cooperação no desenvolvimento social da população.

Hoje, cada uma das sedes dos 16 municípios amapaenses tem, pelo menos, uma rádio onde um jornalista presta o seu profissionalismo informando o que é notícia para aquela a respectiva comunidade.

Há uma relação característica entre o jornalista e o jornal impresso. Ali, no jornal impresso, ainda são bem divididas as tarefas entre o repórter, o colunista e o articulista entre outros, noutras funções. Por outro lado, o jornal impresso, com a popularização da internet e o surgimento de novas plataformas que não o rádio e a TV, perderam parte do seu público e estão migrando para o Jornal Eletrônico, mais uma vez aproveitando as ofertas da internet.

A tendência hoje de um grupo de comunicação é juntar tudo em um só lugar e com todos os meios que a atualidade oferece: TV, rádio, jornal, Youtube, WattApp, X, Facebook, TikTok como outros meios que possibilitem a comunicação imediata entre quem produz a notícia e quem é o alvo da notícia.

O jornalista nunca se aposenta, sempre está em busca da melhor informação. A experiência parece que dota esses profissionais de uma inteligência que não cansa de pensar e querer, para o seu semelhante uma comunidade melhor, um município melhor, um estado melhor, um país melhor e um mundo melhor. 

  

terça-feira, 1 de abril de 2025

Primeiro de abril, Dia da Mentira.

Rodolfo Juarez

Hoje, dia 1.º de abril, é o Dia da Mentira. O que você leitor, observador das questões nacionais e locais, acha disso?

O Dia da Mentira, não faz tempo, pelo menos e por tudo aquilo que lembramos, era um dia de pregar peças com perguntas inocentes, especialmente entre irmãos e entre colegas, hoje em dia está diferente, as mentiras, ao que parece, são mais descaradas, algumas inusitadas, outras repetidas várias vezes.

Há quem sustente que, uma mentira dita repetidamente, vira verdade. Me nego a acreditar nisso: mentira é mentira, verdade é verdade.

Não existe a “meia-mentira”. A meia-mentira é uma mentira inteira, assim como não existe a meia-verdade, existe a verdade.

Para muitos “alguns”, a mentira ganhou um espaço grande no dia a dia das pessoas. Observa-se o fenômeno por todos os lados e, especialmente, em meios e momentos que não se justificam a presença da mentira. Mesmo assim, temos os contumazes contadores de mentira que sabem que estão mentindo, mas que insistem na mentiram esperando que ela vire verdade.

Mentira não vira verdade! Mentira é mentira!

Quem conhece um mentiroso (e quem não conhece?!) já se acostumou com ele e seus artifícios de convencimento, que já nem discute mais, pois, de antemão, sabe que está lidando com um mentiroso.

Há, entretanto, o mentiroso oficial, aquele que tem a incumbência de propagar a mentira, sabendo que é mentira, mas, como é pago para isso, insiste na conversas e as informações mentirosas.

Hoje está difícil definir uma classe ou categoria de pessoas que mente mais ou que mente menos. Mesmo assim, lá no subconsciente de cada pessoa há uma lista daqueles que sabe ser os mentirosos.

É certo que a mentira vem de longas datas, mesmo naquele tempo em que se reservava apenas um dia, o dia 1.º de abril, para usar como o Dia da Mentira.

A instituição, pelo Concilio de Trento, o Conselho Ecumênico da Igreja Católica, do Calendário Gregoriano que dividiu o ano em 12 meses, tendo cada ano 365 dias e 6 horas e sendo o primeiro dia do mês de janeiro, também o primeiro dia do ano.

A decisão do Concílio de Trento foi contestada por vários povos que, em represália, instituíram o dia 1.º de abril como o dia em que, mentirosamente, se comemorava o primeiro dia do ano. Desde esse tempo e por causa disso, o dia primeiro de abril virou Dia da Mentira.

No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.

Por outro modo de ver de alguns, a mentira é um comportamento que pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da situação e das intenções da pessoa. A mentira positiva tem a ver: 1) com uma arma de preservação social; 2) com uma reação protocolar, como um "tudo bem"; 3) com uma forma de preencher lacunas na memória; 4) com uma forma de criar memórias fascinantes; e 5) como uma forma de encorajar a criatividade.

A mentira negativa pode ser um comportamento antiético; pode quebrar a confiança construída em relações; pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal; e pode ser um comportamento que revela a falta de confiança.

Infelizmente, a mentira é uma prática comum e até mesmo inevitável entre os seres humanos. A verdade é subjetiva e a mentira também. A realidade é o que aquilo representa para a pessoa no momento. 

É importante ter limites e saber quando a mentira pode se tornar uma doença.