segunda-feira, 21 de abril de 2025

A "pedrinha nos sapatos" dos que estão cuidando da exploração do petróleo na costa do Amapá

Rodolfo Juarez

Na semana passada, as comunidades  políticas e econômicas que militam no Estado do Amapá, pelo menos aquelas partes que estão demonstrando fazer esforços e despertar interesse para que, em prazo razoável, se torne realidade a exploração do petróleo na costa do Amapá, foram balançadas por mais uma “pedrinha no sapato de couro”, senão observe!

O deputado federal pelo Estado de São Paulo, o estado mais rico do Brasil, Ivan Valente, protocolou o Projeto de Lei n.º 1725/25 que busca proíbe a oferta de novos blocos para exploração de petróleo e gás natural na Amazônia e obriga a recuperação ambiental das áreas com projetos de exploração em andamento na região.

O projeto de lei apresentado pelo deputado federal em exercício, Ivan Valente, do PSOL, aconteceu quando a Câmara dos Deputados analisa a proposta, que altera a Política Energética Nacional, definida pela Lei n.º 9.478/1997.

Autor do projeto, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) cita, em suas justificativas, desastres ambientais recentes envolvendo vazamentos de óleo na Baía de Guanabara, em 2000, Campo de Frade, em 2011, e costa brasileira, em 2019, argumentando que a abertura de uma nova fronteira na região amazônica contraria alertas climáticos emitidos pelas autoridades brasileiras e abre caminho para degradar ainda mais a área da floresta.

Nas justificativas o projeto de lei n.º 1725/2025 cita ainda que “áreas de exploração ainda são ofertadas ou estudadas na Amazônia brasileira por meio de leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, a ANP. Alguns blocos têm sido ofertados na Bacia da Foz do Amazonas e na Bacia do Parecis e há blocos em estudo na Bacia do Solimões, na Bacia do Amazonas, na Bacia do Tacutu e em outras bacias brasileiras", sustenta o deputado.

O deputado cita ainda no projeto que a suspensão da exploração de óleo e gás já é realidade na Antártica e na Costa Rica, com discussões em andamento no Equador e na Colômbia, e suspensões temporárias nos Estados Unidos durante o governo Joe Biden segundo as informação da Agência Câmara de Notícias.

Ivan Valente está no PSOL desde 2005, e sempre representando o partido como deputado federal eleito por São Paulo. Também foi presidente do partido entre 2011 e 2013, candidato a prefeito da capital paulista em 2008 e a vice-prefeito na chapa encabeçada por Luiza Erundina em 2016.

Junto com Guilherme Boulos, Erika Hilton, Sâmia Bomfim, Luiza Erundina e Professora Luciene Cavalcante, faz parte dos eleitos e eleitas pelo PSOL para representar São Paulo na Câmara dos Deputados.

Em 2023 Ivan Valente assumiu a Câmara Federal em 2023 pós receber 44.424 votos nas eleições de 2022, não sendo eleito. Na qualidade de suplente na legenda da Federação PSOL/REDE, assumiu o mandato de deputado federal por São Paulo após Sonia Guajajara se licenciar para assumir o comando do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas do governo Lula.

Ivan Valente é professor de Matemática e Engenheiro Civil, nasceu em 5 de julho de 1946, e a maior votação obtida durante toda a sua trajetória política foi em 2010 quando somou 189.014 votos e foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1988, quando foi votado por 40.413 paulistano, assumiu a titularidade como deputado federal (PT/SP). Foi eleito, em seguida, por 5 mandatos: 2 pelo PT/SP e 3 pelo PSOL/SP. No último pleito ficou como suplente da federação PSOL/REDE e assumiu nessa condição, estando deputado federal. Continua filiado ao PSOL

Recentemente o PSOL participou das Eleições Municipais de 2024, em uma coligação de duas federações, (PT/PCdoB/PV) e (PSOL/REDE), apresentando como candidato a Prefeito de Macapá, Paulo Lemos (PSOL) que, com o apoio explícito do Governador do Estado, Clécio Luis, obteve 23.491 votos, correspondendo a 9,78% dos 238.282 votos válidos apurados. O PSOL tem um vereador na Câmara de Macapá, Daniel Teodoro, que obteve 4.542 votos, o segundo mais votado para a Câmara Municipal de Macapá.

Outro nome com densidade na política amapaense, hoje filiado ao PT e que, em 2010, com 203.254 votos foi eleito, pelo PSOL, para ser senador da República representando o Estado no Congresso Nacional, é Randolfe Rodrigues que se reelegeu em 2018 pelo partido Rede Sustentabilidade, quando obteve a maior votação individual de todos os tempos no Amapá, 264.798 sufrágios.  Neste momento está filiado ao PT.

De olho nisso! 

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