Rodolfo Juarez
Na semana passada, as comunidades políticas e econômicas que militam no Estado
do Amapá, pelo menos aquelas partes que estão demonstrando fazer esforços e despertar
interesse para que, em prazo razoável, se torne realidade a exploração do
petróleo na costa do Amapá, foram balançadas por mais uma “pedrinha no sapato
de couro”, senão observe!
O deputado federal pelo Estado de São Paulo, o estado
mais rico do Brasil, Ivan Valente, protocolou o
Projeto de Lei n.º 1725/25 que busca proíbe a oferta de novos blocos para
exploração de petróleo e gás natural na Amazônia e obriga a recuperação
ambiental das áreas com projetos de exploração em andamento na região.
O projeto de lei apresentado pelo deputado
federal em exercício, Ivan Valente, do PSOL, aconteceu quando a Câmara dos
Deputados analisa a proposta, que altera a Política Energética Nacional,
definida pela Lei n.º 9.478/1997.
Autor do projeto, o deputado Ivan Valente
(PSOL-SP) cita, em suas justificativas, desastres ambientais recentes
envolvendo vazamentos de óleo na Baía de Guanabara, em 2000, Campo de Frade, em
2011, e costa brasileira, em 2019, argumentando que a abertura de uma nova
fronteira na região amazônica contraria alertas climáticos emitidos pelas
autoridades brasileiras e abre caminho para degradar ainda mais a área da
floresta.
Nas justificativas o projeto de lei n.º
1725/2025 cita ainda que “áreas de exploração ainda são ofertadas ou estudadas
na Amazônia brasileira por meio de leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis, a ANP. Alguns blocos têm sido ofertados na Bacia da
Foz do Amazonas e na Bacia do Parecis e há blocos em estudo na Bacia do
Solimões, na Bacia do Amazonas, na Bacia do Tacutu e em outras bacias
brasileiras", sustenta o deputado.
O deputado cita ainda no projeto que a
suspensão da exploração de óleo e gás já é realidade na Antártica e na Costa
Rica, com discussões em andamento no Equador e na Colômbia, e suspensões
temporárias nos Estados Unidos durante o governo Joe Biden segundo as
informação da Agência Câmara de Notícias.
Ivan Valente está no PSOL desde 2005, e
sempre representando o partido como deputado federal eleito por São Paulo.
Também foi presidente do partido entre 2011 e 2013, candidato a prefeito da
capital paulista em 2008 e a vice-prefeito na chapa encabeçada por Luiza
Erundina em 2016.
Junto com Guilherme Boulos, Erika Hilton,
Sâmia Bomfim, Luiza Erundina e Professora Luciene Cavalcante, faz parte dos
eleitos e eleitas pelo PSOL para representar São Paulo na Câmara dos Deputados.
Em 2023 Ivan Valente assumiu a Câmara Federal em 2023 pós receber 44.424 votos nas eleições de 2022, não sendo
eleito. Na qualidade de suplente na legenda da Federação PSOL/REDE, assumiu o
mandato de deputado federal por São Paulo após Sonia Guajajara se licenciar
para assumir o comando do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas do
governo Lula.
Ivan Valente é professor de Matemática e
Engenheiro Civil, nasceu em 5 de julho de 1946, e a maior votação obtida
durante toda a sua trajetória política foi em 2010 quando somou 189.014 votos e
foi eleito deputado federal por São Paulo. Em 1988, quando foi votado por
40.413 paulistano, assumiu a titularidade como deputado federal (PT/SP). Foi
eleito, em seguida, por 5 mandatos: 2 pelo PT/SP e 3 pelo PSOL/SP. No último
pleito ficou como suplente da federação PSOL/REDE e assumiu nessa condição,
estando deputado federal. Continua filiado ao PSOL
Recentemente o PSOL participou das Eleições
Municipais de 2024, em uma coligação de duas federações, (PT/PCdoB/PV) e
(PSOL/REDE), apresentando como candidato a Prefeito de Macapá, Paulo Lemos
(PSOL) que, com o apoio explícito do Governador do Estado, Clécio Luis, obteve 23.491
votos, correspondendo a 9,78% dos 238.282 votos válidos apurados. O PSOL tem um
vereador na Câmara de Macapá, Daniel Teodoro, que obteve 4.542 votos, o segundo
mais votado para a Câmara Municipal de Macapá.
Outro nome com densidade na política
amapaense, hoje filiado ao PT e que, em 2010, com 203.254 votos foi eleito,
pelo PSOL, para ser senador da República representando o Estado no Congresso
Nacional, é Randolfe Rodrigues que se reelegeu em 2018 pelo partido Rede
Sustentabilidade, quando obteve a maior votação individual de todos os tempos
no Amapá, 264.798 sufrágios. Neste
momento está filiado ao PT.
De olho nisso!
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