Rodolfo Juarez
Ao INSS, Instituto Nacional do Seguro Social,
cabe controlar a arrecadação dos contribuintes e o pagamento dos diversos
benefícios previdenciários, feitos aos segurados que contribuíram para a
Previdência Social.
Esses benefícios
incluem aposentadorias, pensões, auxílios (como o auxílio-doença),
benefícios acidentários, salário-maternidade e benefícios assistenciais.
Mas, o Instituto Nacional do Seguro Social precisa de pessoas
para processar o recebimento das
contribuições previdenciais, bem como analisar e proceder o pagamento de
benefícios concedidos, verificado o direito do beneficiário.
A Previdência Social é um
seguro público, considerado obrigatório para todos aqueles que exercem uma
atividade remunerada. Ou seja, os trabalhadores são obrigados a pagarem uma
contribuição mensal, em contrapartida, todos podem ter direito a diversos benefícios,
inclusive a aposentadoria.
Portanto, os benefícios da
Previdência Social são prestações financiadas pelas contribuições.
De forma resumida, a
Previdência Social é um seguro no qual os trabalhadores são obrigados a pagar
contribuições para ter direito a benefícios, como a aposentadoria.
Aquelas pessoas que o INSS
precisa para processar o recebimento das contribuições previdenciárias, bem
como, analisar e proceder o pagamento de benefícios, nem sempre agem com
honestidade e, das mais variadas formas, permitem o solapamento do patrimônio constituído
pelas contribuições de empregados e empregadores, através de variadas formas.
Desta feita, conforme
proposto pela operação “Sem Desconto” a inventividade dos que deveriam
administrar as contribuições financeiras feitas pelos patrões e empregados não
foi excepcional, mas, suficientemente efetiva para que os solapadores
enricassem tirando uma parte do que pertence ao patrimônio dos contribuintes.
Foi assim que, em pouco
tempo, mas de forma continuada, fossem retirados do patrimônio do contribuinte
uma fortuna equivalente a seis bilhões e trezentos milhões de reais.
A ação efetiva, tanto da
Polícia Federal como da Controladoria Geral da União só veio depois que, em
torno de um milhão e meio de reclamações, feitas pelos prejudicados, chegassem
ao INSS e à Justiça Federal.
Isso chama a
atenção daqueles que trabalham com o ofídio e que devem saber que, ao menor
descuido, podem ser picados. O gênero de ser, não muda sua natureza mesmo conforme
quem acaricia a serpente.
Lembram-se da
fábula do escorpião e o elefante?
Ela só vem
demonstrar que, o que é nato em algo ou alguém, no máximo pode ser dissimulado,
nunca mudado. Infelizmente a operação policial “Sem Desconto” é a comprovação
da fábula, senão vejamos:
Um dia, estava o escorpião
à beira de um riacho, calado e acabrunhado. O elefante se aproximou, e,
solidário, perguntou: “o que tens, escorpião, com essa carinha tão cabisbaixa?”
Expressando
tristeza ainda maior, o escorpião disse: “queria atravessar esse riacho… Mas
não sei nadar… ”. O Elefante, em gigante generosidade disse: “não seja por
isso, suba às minhas costas, que eu te levo até lá. Mas prometa-me, que não vai
me ferroar!”
“Prometo, prometo,
claro que sim”, respondeu o escorpião feliz, subindo nas costas do elefante. Em
quatro passadas já estavam do outro lado.
O elefante, então,
baixou a tromba até o chão, para o escorpião descer.
Ao começar a descida, já na altura do meio dos olhos do elefante, ele mostrou a
sua calda elegantemente, introduzindo seu ferrão venenoso na carne dura do elefante,
e disse: “desculpe-me elefante, eu não queria te ferir, mas é da minha
natureza… Entende?”
O elefante, em
olhar triste, não teve tempo nem de responder.
Assim, se pode
dizer que os afastados em decorrência da operação policial “Sem Desconto” não
terão a mesma sorte, vão responder a um processo criminal e, dependendo do
julgador, podem até ser inocentado e premiado com uma aposentadoria
compulsória, sendo “obrigado” a receber na conta, os vencimentos aos quais
deveriam renunciar, mas, jamais farão isso.
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