Rodolfo Juarez
Hoje, dia 1.º de
abril, é o Dia da Mentira. O que você leitor, observador das questões nacionais
e locais, acha disso?
O Dia da Mentira,
não faz tempo, pelo menos e por tudo aquilo que lembramos, era um dia de pregar
peças com perguntas inocentes, especialmente entre irmãos e entre colegas, hoje
em dia está diferente, as mentiras, ao que parece, são mais descaradas, algumas
inusitadas, outras repetidas várias vezes.
Há quem sustente
que, uma mentira dita repetidamente, vira verdade. Me nego a acreditar nisso:
mentira é mentira, verdade é verdade.
Não existe a
“meia-mentira”. A meia-mentira é uma mentira inteira, assim como não existe a
meia-verdade, existe a verdade.
Para muitos
“alguns”, a mentira ganhou um espaço grande no dia a dia das pessoas. Observa-se
o fenômeno por todos os lados e, especialmente, em meios e momentos que não se
justificam a presença da mentira. Mesmo assim, temos os contumazes contadores
de mentira que sabem que estão mentindo, mas que insistem na mentiram esperando
que ela vire verdade.
Mentira não vira
verdade! Mentira é mentira!
Quem conhece um
mentiroso (e quem não conhece?!) já se acostumou com ele e seus artifícios de
convencimento, que já nem discute mais, pois, de antemão, sabe que está lidando
com um mentiroso.
Há, entretanto, o
mentiroso oficial, aquele que tem a incumbência de propagar a mentira, sabendo
que é mentira, mas, como é pago para isso, insiste na conversas e as
informações mentirosas.
Hoje está difícil
definir uma classe ou categoria de pessoas que mente mais ou que mente menos.
Mesmo assim, lá no subconsciente de cada pessoa há uma lista daqueles que sabe
ser os mentirosos.
É certo que a
mentira vem de longas datas, mesmo naquele tempo em que se reservava apenas um
dia, o dia 1.º de abril, para usar como o Dia da Mentira.
A instituição, pelo
Concilio de Trento, o Conselho Ecumênico da Igreja Católica, do Calendário
Gregoriano que dividiu o ano em 12 meses, tendo cada ano 365 dias e 6 horas e
sendo o primeiro dia do mês de janeiro, também o primeiro dia do ano.
A decisão do
Concílio de Trento foi contestada por vários povos que, em represália,
instituíram o dia 1.º de abril como o dia em que, mentirosamente, se comemorava
o primeiro dia do ano. Desde esse tempo e por causa disso, o dia primeiro de
abril virou Dia da Mentira.
No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com
o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a
morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.
Por outro modo de ver de alguns, a mentira é um
comportamento que pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da
situação e das intenções da pessoa. A mentira positiva tem a ver: 1) com uma
arma de preservação social; 2) com uma reação protocolar, como um "tudo
bem"; 3) com uma forma de preencher lacunas na memória; 4) com uma forma
de criar memórias fascinantes; e 5) como uma forma de encorajar a criatividade.
A mentira negativa pode ser um comportamento antiético;
pode quebrar a confiança construída em relações; pode causar problemas de ordem
social, psicológica e até legal; e pode ser um comportamento que revela a falta
de confiança.
Infelizmente, a mentira é uma prática comum e até
mesmo inevitável entre os seres humanos. A verdade é subjetiva e a mentira
também. A realidade é o que aquilo representa para a pessoa no
momento.
É importante ter limites e saber quando a mentira
pode se tornar uma doença.