terça-feira, 1 de abril de 2025

Primeiro de abril, Dia da Mentira.

Rodolfo Juarez

Hoje, dia 1.º de abril, é o Dia da Mentira. O que você leitor, observador das questões nacionais e locais, acha disso?

O Dia da Mentira, não faz tempo, pelo menos e por tudo aquilo que lembramos, era um dia de pregar peças com perguntas inocentes, especialmente entre irmãos e entre colegas, hoje em dia está diferente, as mentiras, ao que parece, são mais descaradas, algumas inusitadas, outras repetidas várias vezes.

Há quem sustente que, uma mentira dita repetidamente, vira verdade. Me nego a acreditar nisso: mentira é mentira, verdade é verdade.

Não existe a “meia-mentira”. A meia-mentira é uma mentira inteira, assim como não existe a meia-verdade, existe a verdade.

Para muitos “alguns”, a mentira ganhou um espaço grande no dia a dia das pessoas. Observa-se o fenômeno por todos os lados e, especialmente, em meios e momentos que não se justificam a presença da mentira. Mesmo assim, temos os contumazes contadores de mentira que sabem que estão mentindo, mas que insistem na mentiram esperando que ela vire verdade.

Mentira não vira verdade! Mentira é mentira!

Quem conhece um mentiroso (e quem não conhece?!) já se acostumou com ele e seus artifícios de convencimento, que já nem discute mais, pois, de antemão, sabe que está lidando com um mentiroso.

Há, entretanto, o mentiroso oficial, aquele que tem a incumbência de propagar a mentira, sabendo que é mentira, mas, como é pago para isso, insiste na conversas e as informações mentirosas.

Hoje está difícil definir uma classe ou categoria de pessoas que mente mais ou que mente menos. Mesmo assim, lá no subconsciente de cada pessoa há uma lista daqueles que sabe ser os mentirosos.

É certo que a mentira vem de longas datas, mesmo naquele tempo em que se reservava apenas um dia, o dia 1.º de abril, para usar como o Dia da Mentira.

A instituição, pelo Concilio de Trento, o Conselho Ecumênico da Igreja Católica, do Calendário Gregoriano que dividiu o ano em 12 meses, tendo cada ano 365 dias e 6 horas e sendo o primeiro dia do mês de janeiro, também o primeiro dia do ano.

A decisão do Concílio de Trento foi contestada por vários povos que, em represália, instituíram o dia 1.º de abril como o dia em que, mentirosamente, se comemorava o primeiro dia do ano. Desde esse tempo e por causa disso, o dia primeiro de abril virou Dia da Mentira.

No Brasil, a tradição foi introduzida em 1828, com o noticiário impresso mineiro “A Mentira”, que trazia em sua primeira edição a morte de Dom Pedro I na capa e foi publicado justamente em 1º de abril.

Por outro modo de ver de alguns, a mentira é um comportamento que pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo da situação e das intenções da pessoa. A mentira positiva tem a ver: 1) com uma arma de preservação social; 2) com uma reação protocolar, como um "tudo bem"; 3) com uma forma de preencher lacunas na memória; 4) com uma forma de criar memórias fascinantes; e 5) como uma forma de encorajar a criatividade.

A mentira negativa pode ser um comportamento antiético; pode quebrar a confiança construída em relações; pode causar problemas de ordem social, psicológica e até legal; e pode ser um comportamento que revela a falta de confiança.

Infelizmente, a mentira é uma prática comum e até mesmo inevitável entre os seres humanos. A verdade é subjetiva e a mentira também. A realidade é o que aquilo representa para a pessoa no momento. 

É importante ter limites e saber quando a mentira pode se tornar uma doença. 

  

quinta-feira, 27 de março de 2025

A morte de Edir Juarez

Rodolfo Juarez

A terça-feira que passou, dia 25 de março de 2025, ficou marcada com uma data para ser lembrada com tristeza. Naquele dia, meu irmão e meu colega de profissão, Edir Juarez deixava, para sempre, sua família e todos nós depois de viver 64 anos, pois havia nascido no dia 27 de janeiro de 1961.

O Edir nasceu em Macapá, no Elesbão, uma referência que não chegou a ser bairro. Uma casa alugada pelo meu pai, mas, era a nossa casa, a primeira em Macapá, na região do, hoje, final da Rua São José, entre as avenidas Ataíde Teive e Pedro Baião. Foi o primeiro macapaense nato da família.

Estudou desde o maternal até o último ano do colégio aqui em Macapá. Fez o vestibular para a Faculdade de Engenhara da Universidade Federal do Pará, onde recebeu o grau de Engenheiro Civil e, voltou para Macapá iniciando a sua vida profissional na Prefeitura de Macapá até receber a autorização para a transposição para o Governo Federal, que o designou para exercer suas atividades de funcionário público no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, na Superintendência do Estado do Amapá, onde, recentemente, foi designado para responder pela Superintendência do órgão.

No final do ano passado, depois de ser diagnosticado com problemas no coração, lhe foi colocado dois stents no sistema coronário. Essa necessidade, combinado com o diabetes e a pressão alta, provocaram-lhe a falência renal, com necessidade de fazer hemodiálise três vezes por semana, quatro horas por vez.

No dia 25, quando buscava atendimento médico no Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá, passou mal, o coração não aguentou, ainda no carro, quando vinha para a UPA mais próxima, deu o último suspiro e morreu nos braços da esposa que estava com ele e em todos os outros momento.

Era o irmão número nove. Se foi aos 64 anos completados no dia 27 de janeiro.

Ainda estamos levantando todos os detalhes dessa perda que, para a família, é triste e irreparável.

Algumas hipóteses já estão com luz, mas, ainda faltam as certezas para que, mais tarde, não se velha atribuir a emoção como uma questão que definiu a interpretação do que realmente aconteceu.

Vale lembrar que ele morreu quando era paciente renal crônico. Um paciente recente que, nos primeiros meses e no primeiro ano, no mínimo, precisa de acompanhamento psicológico, alimentar, médico e psicoterapêutico, entre aqueles que precisam ser preventivos no sentido de orientar a vida nova que precisa ser vivida pelo paciente.

O Edir, flamenguista, morreu deixando esposa, cinco filhos, dez irmãos, além de outros familiares e muita saudade! 

segunda-feira, 24 de março de 2025

Dia Mundial da Água - Seminário no Amapá não discutiu a difícil situação local

Rodolfo Juarez

No sábado que passou, 22 de março, foi comemorado, em todo o planeta, o Dia Mundial da Água. Foi nesse dia e mês que, em 1992, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um documento conhecido como Declaração Universal dos Direitos da Água, apresentando pontos importantes sobre esse recurso hídrico na preservação da vida de todos e de tudo.

O Dia Mundial da Água surgiu como uma oportunidade marcante para debater a preservação e a gestão dos recursos hídricos. Por isso, a cada ano, a ONU define um tema básico e o mais amplo possível.

Em 2025 escolheu como tema básico "Salvem Nossos Glaciares", propondo lembrar a importância desses gigantes congelados para o equilíbrio do planeta, como reservas essenciais de água doce que regulam o clima e sustentam ecossistemas e comunidades por todo o mundo.

Para cuidar da água do planeta Terra, podemos: 1) economizar água, 2) proteger os mananciais, 3) reflorestar as margens dos rios, 4) tratar os esgotos, e 5) manter as matas ciliares. 

No Brasil, a água é utilizada para irrigação de lavouras, abastecimento público, atividades industriais, geração de energia, extração mineral, aquicultura, navegação, turismo e lazer. Cada uso depende e requer condições específicas de quantidade e de qualidade das águas.

A responsabilidade de fornecer água tratada à população é dos estados e dos dos municípios, através dos serviços de saneamento constante da Política Nacional de Saneamento definida na Lei Federal n.º 11.445/2007 que regula os serviços de saneamento e onde está incluído o abastecimento de água. 

A Constituição Federal de 1988 não prevê expressamente o direito à água potável, mas este está incluído no direito à dignidade da pessoa humana, por isso, a Política Nacional de Recursos Hídricos considera a água um bem de domínio público e um recurso natural limitado. 

Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano. 

A Constituição Federal também prevê que o Poder Público deve atuar de modo adequado e concentrado para efetivar os direitos sociais, como a saúde, a alimentação, a moradia, o trabalho, entre outros.

Uma PEC tramita no Congresso Nacional desde 2018. É a PEC 4/2018 que propõe a inserção do acesso à água potável no rol de direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição, aumentando a responsabilidade do Poder Publico no sentido de garantir água tratada e tratamento de esgoto para toda a população brasileira. 

O entendimento é de que a constitucionalização do direito à água potável fortaleceria o marco regulatório doméstico e reforçaria políticas públicas voltadas à universalização do acesso à água no Brasil.

O Estado do Amapá, neste momento,  se apresenta como o estado brasileiro com menor cobertura no fornecimento de água tratada e na coleta de esgoto.

Segundo o Instituto Trata Brasil, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), formada por empresas com interesses nos avanços do saneamento básico e na proteção dos recursos hídricos em todo o país, no Amapá, da população residente, apenas 34% (trinta e quatro porcento) é atendida com água tratada e apenas 4% é atendida com tratamento de esgoto. É o menor índice de atendimento entre todas as Unidades Federativas que forma o Brasil.

A Lei 9.433/97, de 8 de janeiro de 1997, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (SINGREH). 

Define como principais objetivos: 1) regular o inciso XIX do artigo 21 da Constituição Federal; 2) estabelecer a água como bem de domínio público; 3) priorizar o consumo humano e a dessedentação de animais em situações de escassez; 4) proporcionar o uso múltiplo das águas; 5) descentralizar a gestão dos recursos hídricos; e 6) integrar a gestão das águas com as demais políticas públicas ambientais e de saúde pública.

Esses temas, entretanto, não foram debatidos ou tiveram luz colocadas sobre eles durante o seminário promovido pelo Governo Estadual.

 

quinta-feira, 20 de março de 2025

A comunicação que levanta, também derruba!

Rodolfo Juarez

A comunicação é o ato de trocar informações entre duas ou mais pessoas, por meio de signos e regras semióticas compreendidas por todos. A palavra comunicação vem do latim communicatio, que significa "compartilhar", "dividir", "distribuir". Ela, a comunicação, é eficiente quando o receptor entende tudo o que foi passado no menor tempo possível. 

Sabe-se que a comunicação pode ser verbal, não verbal, escrita, por meio de desenhos ou esquemas. Pode ser visual por meio de imagens, como fotografias, desenhos, gráficos, infográficos, tabelas e arte. Pode ser exercitada por meio de registros físicos ou virtuais, como e-mails, blogs, anúncios, cartas, redes sociais. Pode ser corporal, por meio de postura, gesticulação, expressões faciais, olhares. Pode ser não verbal, por meio de vestimenta, modo de agir, de sentar-se, de mover o corpo, tom de voz, entre outros. 

A comunicação tem como objetivo partilhar uma ideia, a fim de tornar uma informação comum para uma ou mais pessoas. 

A comunicação falha quando a mensagem não é transmitida com clareza ou não é entendida corretamente pelo receptor. Isso pode levar a mal-entendidos, desinformação e decisões equivocadas. 

São várias as causas de falha na comunicação. Algumas delas: falta de clareza na mensagem, uso de termos técnicos ou jargões, mensagem passada de forma incompleta e, também, quando há os “conhecidos” ruídos de comunicação, quando há falta de feedback do receptor, quando o comunicador é despreparado,

A comunicação falha quando o comunicador não sabe lidar com as diversidades dos setores e perfis profissionais ou é difícil a comunicação entre as equipes que buscam o mesmo objetivo. Por isso, é importante evitar termos vagos ou complexos demais, ser organizado e preparado e, fundamentalmente, admitir quando não está cem por cento seguro.

O presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, no momento, é o maior produtor de memes nas redes sociais, principalmente naqueles que se dedicam à análise de desempenho dos políticos e, por quê? Por comunicação ruim!

Questões recente como:

1. "Se o cara é corintiano, tudo bem", dito no dia 16 de julho 2024, durante uma reunião no Palácio do Planalto, querendo lamentar uma pesquisa que mostrava o aumento da violência quando mulher, veio com essa: “se o cara é corintiano, tubo bem”.

2. "Quando vai fechar a porteira?", dita durante a entrega de apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida, em Maceió, questionando uma senhora que tinha 5 filhos.

3. "Uma máquina de lavar roupa é uma coisa muito importante para as mulheres": querendo destacar as tarefas domésticas das mulheres.

4. "Que monstro vai sair do ventre dessa menina?" Questionando por que uma menina é obrigada a ter um filho de um homem que a estuprou.

5. "Desequilíbrio de parafuso". Em um discurso feito após um ataque a uma creche em Blumenau (SC), Lula afirmou que cerca de 15% da população poderia ter "problemas de desequilíbrio de parafuso", relacionando deficiência intelectual à violência.

6. "Banco Central: a única coisa desajustada do Brasil". Durante uma entrevista à rádio CBN, em 18 de junho, quando o presidente criticava a política de juros do Banco Central.

E as  mais recentes: “se está caro não compre”, “quero saber quem está passando a mão no ovo”, chegando a afirmar que colocou uma “mulher bonita” na articulação política para conversar com Hugo Mota e Davi Alcolumbre.

O presidente jura que “não quis dizer isso”, mas disse. Resultado: comunicação ruim, resultado duvidoso!

  

segunda-feira, 17 de março de 2025

Varejo de fogão

Rodolfo Juarez

A liberação, pelo Ibama, da licença para que a sonda de limpeza da Petrobras se desloque para a região onde estão os poços de petróleo na costa do Amapá e, ali começar os serviços necessários e que antecedem as perfurações que vão levantar o tamanho das reservas de petróleo que estão naquela área é reflexo, também, da eleição do senador amapaense Davi Alcolumbre para a Presidência da Mesa Diretora do Senado da República.

Claro que a eleição do senador Davi para entrar na linha sucessória do presidente da República pesa – e pesa muito -, especialmente quando, tecnicamente mostra-se promissora e, economicamente, resolvedora de questões nacionais, em um momento que o governo brasileiro está precisando de boas notícias para acalmar a população que está vendo as dificuldades aumentarem a cada dia.

Mesmo que os reflexos práticos, como emprego e receita, ainda só sejam percebidos a médio prazo, a perspectiva, por se tratar de algo extremamente positivo para o País, para o Estado do Amapá e para o extremo Norte do Brasil, alimenta a população de esperança e acalma o mercado com a possibilidade de haver futuro.

Não há nada pior do que a falta de perspectiva para o futuro. No momento a população e o Governo estão debatendo e discutindo o varejo de fogão, quando destacam o preço do ovo.

Isso é muito pouco para um País tão grande, tão promissor e que conta com uma população que tem na paz social o seu principal objetivo.

Não resta dúvida que as autoridades Executivo Central se debatem, também, com a falta de popularidade e, cada vez que tenta explicar o seu futuro passo para conter os desgastes e a queda de popularidade mais perde o contato com a realidade.

Em tempo de internet, de realidade virtual, de tantas inovações técnicas, os velhos procedimentos para experimentar comunicação a maioria das fezes não funciona.

Rever princípios, atualizar-se para melhor interrelação com os interlocutores é necessário e absolutamente indispensável.

No momento, ainda com a consolidação do modo em andamento, há de se entender que essa necessidade é absoluta, ainda mais quando a população brasileiro lhe é permitida caminhar apenas por dois caminhos: o da direita e o da esquerda, sem meio termo.

Enquanto isso, os erros vão se somando, a banalização vai tomando conta, a falta de autoridade vai influenciando nos resultados e a população percebendo – e tendo medo -, que alguns fantasmas, como o da inflação, do preço do dólar e do custo dos alimentos, começam a pairar sobre suas cabeças.

Todas essas incertezas podem ser amainadas pelo Norte do Brasil, começando pelo Amapá (ora veja!) a partir das reservas de petróleo que precisam deixar de ser reservas e se transformar em valores que possa melhora o PIB, acalmar a população, devolver autoridade à quem as perdeu e dela precisa, diminuir a vontade dos que têm pensamentos totalitários, realimentar a democracia para que todos voltem a respeitar a Constituição e as leis e, também, pensar no Brasil e no povo brasileiro. 

quinta-feira, 13 de março de 2025

Audiência Pública revela dados assustadores do assunto transplante de rim no Amapá

Rodolfo Juarez

Ontem, dia 13 de março, quinta-feira, foi realizada uma Audiência Pública, na Assembleia Legislativa do Estado do Amapá, com o objetivo de discutir quatro pontos escalados como principais para o grupo de mais de 600 pessoas que são PCR – pacientes Renais Crônicos e que estão passado por situações que precisam ser melhoradas.

Constaram da pauta: 1) a realidade dos PCRs no Estado do Amapá; 2) :Considerações sobre o TFD (Tratamento Fora de Domicílio); 3) transplante de rim no Estado do Amapá; e 4) Programa Habitacional e os PCRs vindos do interior do Estado.

A mesa dos trabalhos foi formada pelas seguintes autoridades: na Presidência o deputado estadual R. Nelson, que chamara a Audiência Pública. Do seu lado esquerdo, sentaram (na seguinte ordem): Whashington Picanço, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB; Amanda Bastos, presidente da AAMAR; e Edilene Sampaio, coordenadora da AAMAR. Do lado direto da presidência da Mesa, Gracilene Lobato, médica nefrologista do Hcal; Alonso de Sá Ribeiro, médico nefrologista do Hospital Estadual de Santana.

O presidente da Mesa, depois de abrir a sessão, entregou o comando da reunião para o cerimonial da AL que chamou para os pronunciamentos, na ordem, os seguintes participantes da mesa: Edilene Pantoja, Amanda Basto, Alonso de Sá Ribeiro e Washington Picanço que, antes a palestra da Dra. Gracilene Lobato, procuraram contribuir com o tema.

A palestra principal foi proferida pela médica nefrologista Gracilene Lobato que desenvolveu, satisfatoriamente, o tema que tinha para apresentar, falando sobre o Dia Mundial do Rim, e provocou a plateia que aplaudia a cada informação relevante.

Depois da palestra da médica, que falou sobre o Dia Mundial do Rim, tivemos a oportunidade de demonstrar pontos críticos que são visíveis no processo de atendimento aos pacientes renais crônicos no Amapá, considerando aspectos como os do Tratamento Fora de Domicílio (TFD), a falta que o transplante faz e s dificuldades que os pacientes que vêm do interior do estado para Macapá, para fazer hemodiálise.

Deixando tudo para traz, inclusive familiares dos quais nunca havia se separado e bens materiais como carro, casa, emprego, amigos e amigas e trazendo saudades, sacrifícios, prejuízos.

Ficou claro que os pacientes renais, por ser o Estado do Amapá o único estado da Federação que não faz transplante, querem providências para que isso se transforme em realidade, aliás, uma realidade que vem sendo prometida há mais de 10 anos.

Foram lidas manchetes de jornais antigos que revelam a falta de cumprimento de promessa para a população por parte da Secretaria de Estado da Saúde. Manchetes nas seguintes datas e com os seguintes teores:

“Promotoria da Saúde aciona estado para garantir serviço de transplante renal” – Site do Ministério Público do Amapá, em 11/03/2014.

“Profissionais discutem implantação de comissão para transplante de órgãos” – Agência de Notícias do Amapá, em 27/01/2017; e

- “Sem ações no Sistema Nacional, Amapá não transplanta órgãos, nem tem doadores por falta de estrutura” – G1/Amapá, em 27/09/2018.

O presidente da Mesa, avaliando o que fora a Audiência Pública, afirmou que vai ficar atento quando da leitura, discussão e votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e no Projeto de Lei do Orçamento Anual (LOA) como medidas que possam sanear o processo de transplante no Amapá.

 

quinta-feira, 6 de março de 2025

O ano só começa depois do Carnaval!

Rodolfo Juarez

Mais um carnaval se foi deixando estórias para serem comentadas e, até, confirmadas, dados os seus inacreditáveis motivos, sejam ligados ao próprio Carnaval, seja por nada ter a ver com a folia.

Mesmo assim, o dito popular de que “o ano só começa depois do Carnaval”, está sendo confirmado. Por ser o dito popular uma frase curta que transmite conhecimento e experiências sobre a vida, passando de geração em geração, é importante destaca-lo.

Estes primeiros 25 anos do século XXI, no Brasil e, especialmente no Amapá, tem sido assim. Todos esperam o Carnaval passar para, então, começar a desenvolver os seus projetos, estratégicos ou não, imaginados para todo o ano. Foram mais dois meses de espera pelo começo do ano produtivo, administrativo, fiscalizador, cobrador e tantas outras coisas. Precisamente 68 dias se passaram com as pessoas voltadas muito mais para as celebrações e festas do que para o trabalho.

Está certo que neste período de 68 dias de espera tivemos como polo dias como: o Dia da Confraternização Universal, nove sábados, nove domingos, uma terça-feira gorda para, afinal, chegar a quinta esperada, dia 6 de março, ontem, depois de passados 18,6% do ano de 2025.

Durante estes 18,6% do tempo do ano de 2025, estiveram em função por aqui artistas nacionais, regionais e locais, com as despesas pagas com dinheiro dos tributos cobrados da população, a Justiça parou por um período e com ela os advogados, os promotores, os defensores, entre outros. O governador viajou para Brasília e outras capitais brasileiras e para o exterior, houve férias gerais nos parlamentos. O presidente da república e seus ministros falaram coisas que vivaram memes e viralizaram na internet e, até, uma barreira teria caído e poluído importantes rios do Amapá.

Mas finalmente chegamos à confirmação do dito popular e ao esperado começo produtivo do ano de 2025. Agora sai, por exemplo, o Orçamento Público que os brasileiros esperam.

Agora é “mão na massa”, “arregaçando as mangas” sabendo que “para um bom entendedor, meia palavra basta” e que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.

Podemos esperar, desde agora, então, “cada macaco no seu galho”, pois não dá mais para alegar que “a pressa é inimiga da perfeição”, afinal de contas “águas passadas não movem moinho” e reconhecendo que “cão que ladra não morde”.

Por outro lado e querendo avançar, sei que “gato escaldado tem medo de água fria” e que “cavalo dado não se olha os dentes”, ainda não vale a pena ser daqueles que “antes só do que mal acompanhado”. Nestes tempos de grandes mudanças de uma geração para outra, sei que o “pior cego é aquele que não quer ver”.

Os tempos estão em mudanças rápidas e completas, valendo o dito popular que carimba “quem semeia vento, colhe tempestade”, que “pimenta nos olhos dos outros é refresco” e, por isso, é preciso dar “a Cesar o que é de César, a Deus o que é de Deus”, mas, sabendo que “as aparências enganam”.

As nossa convicções, algumas delas bastante atacadas, estão sustentadas no dito de que “as aparências enganam” e a “voz do povo é a vós de Deus”.

No Amapá um dos ditos mais repetidos é aquele que propõe: “em terra de cego, quem tem um olho é rei” mesmo acreditando nas máximas de que “quem cala consente”, “santo de casa não faz milagre” e de que “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”.

Por fim, sei que “não adianta chorar sobre o leite derramado”.